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Os universos dentro de universos em ‘Eles estão por aí’

Em 'Eles estão por aí', Bianca Pinheiro e Greg Stella apresentam uma visão sobre a conexão que há entre as jornadas individuais.

Arthur Marchetto por Arthur Marchetto
27 de junho de 2019
em Ponto e Vírgula
A A
Os universos dentro de universos em ‘Eles estão por aí’

Imagem: Reprodução.

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Lançado em 2018 pela editora Todavia, Eles estão por aí é um quadrinho escrito pela dupla Bianca Pinheiro, conhecida por trabalhos como Bear (2014) e Mônica: Força (2016), e Greg Stella, autor da fanzine Nas dobras do mundo. A parceria não é nova. Como dito em uma entrevista para o blog da Itiban, o par sempre pensa os projetos em conjunto, como visto em outro fruto dessa colaboração, o quadrinho Meu pai é um homem da montanha (2015).

Nesse novo trabalho, Bianca e Greg criaram uma obra com uma narrativa mais experimental. Os dois protagonistas são uma lesma-bactéria gosmenta com cabeça de olho e uma espécie de semente recém-brotada que usa suas raízes como perna para caminhar. É justamente isso que eles fazem: andam. Caminhando rumo a um lugar desconhecido, os dois encontram outros personagens envoltos em missões igualmente infrutíferas, como uma espécie de aracnídeo que desenha padrões no chão ou um monstro gigantesco preocupado em empilhar pedras – mesmo que elas caiam depois.

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Tais personagens, interpretados sob a luz do título, Eles estão por aí, e da estética meio microbiana, passam a impressão de seres minúsculos envoltos em jornadas que podem estar acontecendo no momento exato da leitura, em camadas minúsculas da sua pele, bem na fissura do dedo que segura a página.

A obra tem uma grande potencialidade simbólica e fornece diversas leituras para aqueles que se arriscam nessa, como dito na contracapa do livro, “viagem insólita, sem rumo definido e nem regras claras”.

A impressão se acentua quando a própria narrativa apresenta outros seres ainda menores e habitam universos dentro daquele em que a história dos dois protagonistas se passa, como uma dupla de seres-pulgas que habitam as dobras da pele de um dos personagens e dialogam sobre banalidades ou uma pedra-inseto passa por uma crise espiritual. Além disso, os personagens não só cruzam seus universos, mas às vezes trocam sonhos.

As jornadas, aparentemente soltas e fracionadas, se mostram interligadas ao longo do caminho. A obsessão de cada personagem gera o cruzamento das histórias. A fragmentação do formato dá lugar a uma união orgânica, relativa a ideia de um cosmo dentro do outro, fortalecida pela imagem de uma árvore, que cresce desordenadamente ao longo do livro até que os galhos ocupem as duas páginas.

Thiago Borges, no blog “O Quadro e o risco”, trouxe uma interpretação existencialista para o quadrinho que gera outras roupagens no que foi exposto acima. Para ele, o objetivo do quadrinho é trazer uma visão sobre a pequenez da existência por meio de criaturas desorientadas que nos proporcionam a reflexão sobre temas como a vida, a morte, o amor e a fé.

Segundo Borges, “as várias tramas são protagonizadas por seres que enfrentam o abismo da vida sem se darem conta da falta de sentido de suas ações. Todos habitam o mesmo mundo, eventualmente esbarram uns nos outros, contudo mal percebem o semelhante”. Para ele, nas narrativas nós podemos perceber temas como “o tédio e a frustração gerados pela falta de perspectiva do futuro; as dúvidas causadas pela religião; a tristeza de cortar laços familiares; a ansiedade trazida pelo amor; a brutalidade da violência sem explicação; a imprevisibilidade da morte”.

Por fim, o que essas diferentes interpretações da narrativa experimental que Bianca e Greg oferecem em Eles estão por aí mostram é que a obra tem uma grande potencialidade simbólica e fornece diversas leituras para aqueles que se arriscam nessa, como dito na contracapa do livro, “viagem insólita, sem rumo definido e nem regras claras”.

ELES ESTÃO POR AÍ | Bianca Pinheiro e Greg Stella

Editora: Todavia;
Tamanho: 216 págs.;
Lançamento: Maio, 2018.

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Tags: bianca pinheirobook reviewcrítica literáriaeles estão por aígreg stellahistória em quadrinholiteraturaresenhareviewTodavia
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