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Home Literatura Ponto e Vírgula

‘Flores Artificiais’ e a arte de Luiz Ruffato em contar histórias

Lançado em 2014, ‘Flores Artificiais’ marcou mais uma vez a grande qualidade de Luiz Ruffato em contar histórias.

Alejandro Mercado por Alejandro Mercado
23 de janeiro de 2017
em Ponto e Vírgula
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luiz ruffato flores artificiais

Luiz Ruffato, um contador de histórias. Foto: Tadeu Vilani.

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O cineasta Eduardo Coutinho dizia que ao ouvir a história das pessoas ele legitimava quem as contava. Esta é a grande matéria-prima para Flores Artificiais, obra de Luiz Ruffato lançada em 2014 pela Companhia das Letras. De alguma maneira, as histórias que o personagem da obra, engenheiro, sem família e descendente de italianos ouve e compartilha conosco são uma espécie de fio condutor para a criação de um espaço para reflexão sobre a vida, uma terapia literária.

Ruffato é um maestro na forma de tratar esses não-lugares que preenchem a alma, estabelecendo um mosaico da história e das relações humanas a partir do olhar alheio. Como dizia o mesmo Coutinho, a história contada sobre o passado é sempre mil vezes melhor que o passado em si, mas ainda que o contexto e os lugares imprimam importância às tramas, é nessa multiplicidade de vozes não necessariamente interligadas, apresentadas de maneira branda e delicada por Ruffato, que se esconde a força de Flores Artificiais.

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Ruffato é fundamental ao fusionar realidade e ficção de maneira instigante.

Ruffato e nosso personagem convidam-nos a uma comunhão, lançando mão da mais básica tradição humana: contar histórias. O autor mineiro recebeu em sua casa a correspondência de um homem desconhecido, Dório Finetto, funcionário do Banco Mundial que teve a oportunidade de, ao longo da vida, viajar por todo o mundo. De cada viagem, guardou recortes de memória que viraram inúmeros manuscritos, que relatam desde grandes histórias até pequenos acontecimentos.

Finetto, que rejeitou co-assinar a obra, é um misto de observador e agente criador, por vezes sendo a peça que interliga potenciais personagens às grandes histórias. Já Ruffato é fundamental ao fusionar realidade e ficção de maneira instigante, ainda que nem todas as histórias de Flores Artificiais resultem em momentos realmente incríveis. Mas isto não é uma fraqueza do livro. Na verdade, acrescenta camadas de realidade aos dramas alheios, que assim como na vida às vezes são tempestades em copos d’água.

Em Flores Artificiais, é notável como nem Finetto e nem Ruffato reduziram ou estigmatizaram as histórias das pessoas retratadas. Há um misto de profundo interesse e tremendo respeito pela privacidade que permeia todo o livro. E nesta dualidade, talvez até involuntária, sentimo-nos também pertencentes à obra e à vida destas pessoas.

Poucos autores contemporâneos guardam a força da literatura de Luiz Ruffato, capaz de entregar relatos completamente pungentes sobre personagens em que nós, leitores, conseguimos nos enxergar. Ruffato demonstra uma tremenda sensibilidade ao compor seus livros, traduzindo em palavras uma emoção genuína, que reivindica o poder da grande literatura brasileira e dos grandes contadores de histórias.

FLORES ARTIFICIAIS | Luiz Ruffato

Editora: Companhia das Letras;
Tamanho: 152 págs.;
Lançamento: Maio, 2014.

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Tags: Companhia das Letrascrítica literáriaEduardo CoutinhoFlores Artificiaisliteraturaliteratura brasileiraLiteratura ContemporâneaLuiz Ruffato
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