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‘Meu livro violeta’: um Ian McEwan incompleto

Publicado pela Companhia das Letras, 'Meu livro violeta', de Ian McEwan não foge à mão do autor, ainda que lhe falte frescor.

Jonatan Silva por Jonatan Silva
13 de julho de 2018
em Ponto e Vírgula
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'Meu livro violeta': um Ian McEwan incompleto

Imagem: Reprodução.

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Quando Ian McEwan surgiu, em meados da década de 1970, logo chamou a atenção pela sua prosa elegante, cheia de referências, com muitos elementos macabros e um sarcasmo muito particular. Textos como o conto “Geometria”, de Primeiro amor, últimos sacramentos, e a novela O Jardim de cimento não deixam dúvidas quanto ao talento do inglês, mas foi com Reparação, em 2002, que o escritor alcançou seu ápice criativo. De lá para cá, McEwan tem conseguido administrar uma carreira regular e com muitos pontos altos, como Meu livro violeta, lançado há pouco pela Companhia de Letras para celebrar os 70 anos do escritor.

O volume consiste de duas narrativas: uma novela – que dá nome à obra – e o libreto “Por você” para a ópera de Michael Berkeley. Em ambas, McEwan destila o seu mais puro veneno. “Meu livro violeta”, escrito sob encomenda – e durante um período febril do escritor –, é a história de dois amigos, Parker Sparrow e Jocelyn Tarbet. O primeiro, o narrador, é um “romancista obscuro” e invejoso, enquanto Tarbet consegue, logo nos primeiros livros, fama e direito.

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Como em uma tragédia de Shakespeare, o que move Sparrow, um homem comum, pai de família e escritor mediano, ao crime é o desejo pelo sucesso do amigo. McEwan conduz a narrativa com sobriedade, revelando pouco a pouco a natureza oculta de seu narrador. Como em Solar ou Sábado, as casualidades levam à desgraça. O tom macabro vem muito mais dos recônditos narrativos que de qualquer violência física. Uma falha de caráter, em “Meu livro violeta”, pode ferir mais um corpo destroçado na mesa da cozinha – como em O Inocente. Qualquer detalhe a mais revela muito sobre o plot e, numa cultura contra spoilers, há sempre quem possa ficar ofendido.

O volume consiste de duas narrativas: uma novela – que dá nome à obra – e o libreto “Por você” para a ópera de Michael Berkeley. Em ambas, McEwan destila o seu mais puro veneno.

Poliedro

“Por você” é uma tragédia em dois atos. Charles Frieth é um prestigioso maestro e arranjado cujo hobby principal é seduzir suas musicistas oferecendo a elas um solo de seus instrumentos. Enquanto flerta com Joan, uma talentosa oboísta, Antonia, esposa de Frieth, está à beira da morte e acaba seduzida por Simon seu médico. Para fechar esse poliedro amoroso aparece Maria, empregada do casal Frieth e que nutre uma violenta paixão pelo patrão. Essa ciranda erótica – muito menos secreta que de Kubrick em De Olhos bem fechados – é testemunhada por Robin, assistente de Charles.

O texto não foge à mão do seu autor. É possível reconhecer os traços de McEwan em “Por você”, ainda que o leitor mais costumeiro estranhe a estrutura da narrativa, porém, é inegável que falte o frescor de Serena ou Enclausurado. Ao final da leitura, a impressão que fica é a de ausência, como se alguém não houvesse se entregado por inteiro.

MEU LIVRO VIOLETA | Ian McEwan

Editora: Companhia das Letras;
Tradução: Jorio Dauster;
Tamanho: 128 págs.;
Lançamento: Junho, 2018.

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Tags: book reviewCompanhia das LetrasCríticacrítica literáriaIan McEwanliteraturaLiteratura InglesaMeu livro violetaO Jardim de cimentoReparaçãoresenha de livrosSerenaStanley Kubrick
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