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‘Os sete maridos de Evelyn Hugo’: uma biografia autorizada de uma estrela fictícia

Livro 'Os sete maridos de Evelyn Hugo', de Taylor Jenkins Reid, carrega o leitor à história conturbada de uma celebridade do cinema que nunca existiu.

Maura Martins por Maura Martins
1 de setembro de 2020
em Ponto e Vírgula
A A
Taylor Jenkins Reid, autora de Os sete maridos de Evelyn Hugo

A escritora Taylor Jenkins Reid. Imagem: Reprodução.

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Quase todo mundo adora biografias de celebridades – mesmo quando essas celebridades não existem. A proposta de Os sete maridos de Evelyn Hugo, de Taylor Jenkins Reid (do romance Daisy Jones & The Six, já resenhado na Escotilha) é nos aproximar das minúcias escondidas na vida de uma estrela de cinema, Evelyn Hugo, personagem fictício que tem algo de Elizabeth Taylor: uma beleza deslumbrante, um elemento físico incomparável (no caso de Taylor, eram os olhos cor de safira; no de Hugo, são os peitos), e uma história cercada de escândalos e múltiplos casamentos.

É uma sinopse bastante atraente: o livro gira em torno da relação de Evelyn Hugo com Monique, uma jornalista de pouco renome que trabalha em uma revista de moda, e que é escolhida a dedo pela estrela de cinema para que ela seja responsável pela sua biografia, a qual renderá milhões e só será publicada após a sua morte. Há, portanto, uma trama de mistério, que gira em torno de um suspense: por que Evelyn escolheu uma desconhecida para registrar sua história, e disse que, se Monique não topasse, não contaria sua vida a mais ninguém? O que tem Monique de tão especial e qual a relação oculta que possui com essa estrela de cinema?

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Infelizmente, o “segredo” é razoavelmente previsível para quem se atentar à leitura – e algo frustrante. Portanto, a melhor parte da trama não está nesse suspense, mas na biografia em si. Evelyn Hugo, como o próprio nome do livro sugere, viveu uma vida multifacetada, com altos e baixos, e uma relação de amor e ódio com a fama e o poder que ela traz. Sua história, portanto, é contada por meio dos seus sete casamentos – o que, obviamente, não significa que sua vida tenha sido permeada pelo romance e pelo desejo. A obra tece considerações pertinentes sobre os desafios da vida das mulheres, sobre o uso de seus corpos em prol de seus interesses e as concessões que são feitas por ela para obterem aquilo que querem. Há ainda uma discussão até intrigante sobre a natureza do poder, e o quanto pessoas famosas “sofrem” por serem quem são.

É tudo muito mastigado para não deixar a dúvida no leitor que esta é uma obra de fundo feminista. A sutileza, portanto, não é uma qualidade da obra de Taylor Jenkins Reid.

No entanto, a força de Os sete maridos de Evelyn Hugo é também sua fraqueza. Por mais que Evelyn e Monique sejam personagens cativantes, seus diálogos têm algo de inverossímil, assim como alguns personagens que a cercam. Evelyn, por exemplo, tem falas que buscam conotar sua persona empoderada, mas chegam a beirar o didatismo. Ao mencionar que sabe que é deslumbrante, Evelyn, em certo momento, diz: “ah, sei que o mundo prefere mulheres que não tem noção do próprio poder. Mas estou de saco cheio disso”. É tudo muito mastigado para não deixar a dúvida no leitor que esta é uma obra de fundo feminista. A sutileza, portanto, não é uma qualidade da obra de Taylor Jenkins Reid, que também constrói os parentes de Evelyn Hugo de forma excessivamente planas: ou como pessoas problemáticas, porém decentes bem lá no fundo, ou como devotos incondicionais à estrela.

Curiosamente, Os sete maridos de Evelyn Hugo mantém uma série de proximidades com Daisy Jones & The Six, a obra posterior da autora. Ambos se tratam de biografias fictícias que estão sendo escritas por jornalistas: no primeiro, uma estrela de cinema, no segundo, uma banda de rock. Ambos trazem um mistério referentes aos autores destas biografias. Ambos ainda trazem uma discussão de fundo acerca da natureza dos relacionamentos humanos: uma ponderação sobre a importância do amor romântico e do amor “realista”, aquele que ocorre quando as máscaras da paixão já caíram e os amantes se veem como são.

Se originalidade não é talvez a principal característica dessa escritora, ela tem como trunfo sua capacidade de construir tramas envolventes, bastante fluidas, que prendem a atenção do leitor. Se Os sete maridos de Evelyn Hugo não é tão cativante quanto Daisy Jones, o livro pelo menos consegue seduzir o leitor até o fim.

OS SETE MARIDOS DE EVELYN HUGO | Taylor Jenkins Reid

Editora: Paralela;
Tradução: Alexandre Boide;
Tamanho: 360 págs.;
Lançamento: Outubro, 2019.

Compre o livro e ajude a Escotilha

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Tags: biografiabook reviewCinemacrítica literáriaDaisy Jones & the sixEditora ParalelaliteraturaOs sete maridos de Evelyn HugoresenhaRomanceTaylor Jenkins Reid
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