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‘List of the Lost’: romance de estreia de Morrissey é puro niilismo pop

Espécie de pulp fiction com ares de Oscar Wilde, 'List of the Lost' é Morrissey desperdiçando páginas com narrativa tísica e inverossímil.

porJonatan Silva
2 de outubro de 2015
em Literatura
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Imagem: Divulgação.

Imagem: Divulgação.

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Sexo. Casamento. Morte. Vegetarianismo. Morrissey revisita todas as suas obsessões em seu primeiro romance, List of the Lost, publicado no final de setembro na Inglaterra. Quem esperava o mesmo lirismo que o cantor britânico despejou em sua Autobiography (2013), pode ficar desapontado. O livro é uma espécie de pulp fiction à la Oscar Wilde (1854 – 1900), mas que se perde em uma narrativa tísica e pouco convincente.

Morrissey exagera ao contar a história de uma equipe de corrida de revezamento que, no alto de sua vaidade e libido, mata um demônio em uma floresta e acaba amaldiçoada. Ezra, Nails, Justy e Harri são, na verdade, o próprio cantor ou deveriam funcionar minimamente como alter egos de um homem capaz de cantar a solidão e o desajuste social com tanta verborragia e clareza, como em “The Boy With the Thorn in His Side” ou “How Soon is Now?”. Não é o que acontece.

Repleto de digressões e fluxo de consciência, List of the Lost se afasta da década de 1970, época em que se passa o livro, ao não se conectar com o espírito daqueles anos. Morrissey, que conhece com certa profundidade a cena pop a partir da invenção do rock ‘n’ roll, cria na figura dos quatro atletas um panorama ambicioso e pouco provável.

O livro é uma espécie pulp fiction a la Oscar Wilde, mas que se perde em uma narrativa tísica e pouco convincente.

Enquanto Ezra e Nails têm ascendência hispânica, Justy e Harri vivem em famílias conturbadas. Ainda assim, nenhuma dessas características parece afetar diretamente os personagens. O epicentro do terremoto narrativo é a falta de voz e viço do quarteto – que se torna coadjuvante em suas próprias existências.

Livro de aforismos

A maior preocupação do ex-vocalista do The Smiths parece ser criar um livro de aforismos e não um romance. “Pessoas magneticamente atraem outras por fraquezas similares, como anéis de casamento”, dispara. “Meus elétrons precisam dos seus para se tornar elétrons”, diz outro trecho.

Em List of the Lost, Morrissey remete a um Ian McEwan fraco – como em A Criança no Tempo (1987) ou Solar (2010) –, mas essa (má) influência é muito mais geográfica que literária.

Descrições bizarras ou, literalmente, enroladas povoam toda a obra e dão a entender que o autor pouco conhece de esporte. A cena em que Ezra e Eliza vão para cama – quando o casal se envolve “em uma montanha-russa de violento movimento sexual” – já disputa com antecipação o prêmio Bad Sex Award, do jornal britânico The Guardian.

LIST OF THE LOST | Morrissey

Editora: Penguin;
Tamanho: 128 págs.;
Lançamento: Setembro, 2015.

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Tags: Crítica LiteráriaList of the lostLiteraturaLiteratura InglesaMorrisseyThe Smiths

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