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Home Música

40 anos sem Elis Regina

Há 40 anos, Elis Regina deixava a música brasileira órfã. Nome inconteste da cultura brasileira, as canções que interpretava e ela se tornaram uma coisa só.

porAlejandro Mercado
19 de janeiro de 2022
em Música
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Morte de Elis Regina completa hoje 40 anos. Imagem: Reprodução.

Morte de Elis Regina completa hoje 40 anos. Imagem: Reprodução.

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Morreu, aos 36 anos, Elis Regina. O Brasil está parado, em uma catarse coletiva. Uma multidão de fãs se aglomera por toda a extensão da Avenida Brigadeiro Luís Antônio, na altura do número 1401.

O Teatro Bandeirantes tem seu maior público num dos dias mais tristes da música popular brasileira. Elis deu entrada no pronto-socorro do Hospital das Clínicas às 11h45, já sem vida, em contraposição ao cortejo que a acompanhou até o Cemitério do Morumbi.

Brigadeiro Luís Antônio, viaduto Pedroso, 23 de maio, Rubem Berta, avenida dos Bandeirantes, Luís Carlos Berrine, ponte do Morumbi, avenida Morumbi, Professor Carlos Gama. A chegada na Deputado Laércio Corte.

Quis o destino que a última apresentação da Pimentinha percorresse a cidade que “é o túmulo do samba”, como, reza a lenda, afirmou Vincius de Moraes.

Adoniran Barbosa, responsável por “desmentir” o Poetinha, sentou no Bar da Dona Carmela, no Bexiga, em 1978, durante especial da TV Band, e cantou e foi encantado por Elis Regina. “Não é porque o samba é meu, mas você canta como eu quero”, afirmou o compositor paulistano. “Você leva a sério as coisas, não fica fazendo gracinha”. Naquele dia, entre copos de cerveja, Adoniran não titubeou. “Você é nota 11,5”. E era.

Morte de Elis Regina completa 40 anos

Cortejo para o enterro de Elis Regina
Velório foi seguido de um longo cortejo. Imagem: Agência Estado/Reprodução.

Poucas artistas conseguiram se reinventar tanto na carreira, ou mesmo trafegar por diferentes gêneros e ser tão ímpar em cima de um palco como ela.

Foi há 40 anos, mas poderia ter sido hoje. E isso só porque a cantora segue sendo uma das maiores da história deste país torto chamado Brasil. Uma comoção tomou conta do país no dia 19 de janeiro de 1982.

Quando a notícia de sua morte se espalhou, lembremos ser uma época sem internet e redes sociais, as imediações do Instituto Médico Legal (IML) paulistano ficaram abarrotadas de amigos, parentes, artistas e fãs. Dezenas de pessoas saíram de seus lares e foram tentar obter mais notícias na porta do IML, entre elas Tônica Carrero, os músicos de sua banda (Janjão e Natan, respectivamente baterista e guitarrista), Clara Nunes, Eduardo Suplicy, o compositor Eduardo Gudin.

Elis era plural, progressista, sensível à realidade do país. Amou como ninguém o mundo e a vida. Uma mulher direta, sem rodeios. Sempre gostou de falar. Por isso, o silêncio ensurdecedor causado pela ausência de sua voz ecoa até os dias atuais.

Cantora tem sido descoberta internacionalmente quatro décadas depois

Youtubers têm descoberto a imensidão de Elis Regina
Interpretações de Elis Regina têm ganhado reações de youtubers estrangeiros. Imagem: Reprodução.

O Brasil não superou Elis, e certamente não superará. Poucas artistas conseguiram se reinventar tanto na carreira, ou mesmo trafegar por diferentes gêneros e ser tão ímpar em cima de um palco como ela. E tudo isso em pouquíssimo tempo, tão pouco que a música popular brasileira já viveu mais sem a artista do que ela neste mundo.

Elis Regina tinha 36 anos quando partiu. Como legado, três filhos, todos de alguma forma envolvidos com a música, e 30 discos. Elis não teve para si a internet, a mesma que ainda consume seus vídeos. Mais recentemente, tornou-se alvo dos youtubers estrangeiros que compartilham suas reações a vídeos e têm descoberto a música feita no Brasil. A constatação é uma só: ela segue sendo genial, 40 anos depois.

Morte precoce interrompeu uma carreira sem precedentes

Partida aos 36 anos interrompeu uma carreira meteórica
Carreira de Elis Regina não tem precedentes na história da música popular brasileira. Imagem: Reprodução.

No auge de seu sucesso, Elis Regina havia assinado um contrato com a Som Livre três meses antes. A cantora e as canções que interpretava se tornaram uma coisa só.

Pensar na música nacional é vislumbrar a potência e recursos técnicos de sua voz, tão marcantes a ponto de serem uma espécie de estilo, por vezes mimetizado na MPB. Sua cinebiografia é, talvez, o desvio na curva, tamanha pequenez e conservadorismo do roteiro.

Para 2022, parte de seus discos serão remasterizados – processo que digitaliza as canções, fazendo uma limpa no material de origem e corrigindo imperfeições de modo a garantir ganhos finais em qualidade. Uma das novidades já foi lançada.

O álbum com faixas raras Essa Saudade chegou aos serviços de streaming, contendo canções como “Bolero de Satã”, em dueto antológico com Cauby Peixoto; “Pequeno Exilado”, fora de catálogo desde 1980; e uma versão alternativa de “Alô, Alô Marciano”.

Também estão na pauta alguns documentários, a serem lançados ao longo do ano, além de um musical e uma história em quadrinhos. Ainda bem que o Brasil ainda não superou Elis.

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Tags: Elis ReginaMPBMúsicaMúsica Brasileirasamba

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