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Home Música

A aventura estética da Cavernoso Viñon

porAlejandro Mercado
8 de abril de 2015
em Música
A A
Cavernoso Viñon

Banda Cavernoso Viñon. Foto: Ramiro Pissetti.

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O que representa para uma banda cantar em um idioma que não o pátrio? Dentre inúmeras possíveis respostas a esta pergunta, duas correntes são visíveis: os defensores, que acreditam que a escolha possibilita a universalização da música e (consequentemente) da banda; e detratores, para os quais trata-se apenas de modismo que (em alguns casos) é acompanhado de um grande vexame pela falta de domínio da língua cantada.

A Cavernoso Viñon mostra com “Fakir” que tem total capacidade de marcar presença constante na cena curitibana e do Brasil. Dançante, refrões que mesmo em francês se tornam pegajosos (no bom sentido da colocação) e músicos com boa presença de palco.

E quando a escolha recai sobre um idioma como o francês? Quais seriam as motivações e as implicações deste caminho? No caso da banda curitibana Cavernoso Viñon – grupo formado por Lolo Quevedo, Lucian Araújo, Ricardo Maia, Leonardo Lotowski e Yan Lemos – esta alternativa parece se revestir muita mais de um caráter estético do que outra coisa.

Na estética – que se refere a tudo aquilo percebido pelos sentidos – a obra de arte é sempre um produto intencional do ser humano. Nisso, Fakir, recente EP lançado pela banda, representa algo belo, ou como definiu Kant, um produto que agrada “sem interesse e sem representação de nenhum conceito, no imediato juízo de gosto”.

Aos ouvidos que porventura estejam acostumados aos talentos de Serge Gainsbourg, ou à orgia espalhafatosa do estilo de Michel Polnareff (autor do clássico “Love Me Please Love Me”), sintam-se brindados com o rock à francesa da Cavernoso Viñon.

Com canções que refletem a essência marselhesa, trazendo aos ouvintes temas como o submundo da noite e todas as suas implicações (boemia, drogas e demais excessos), a banda faz um rock contagiante e dançante.

Há escondida nas letras do grupo uma efervescência pop que torna a Cavernoso Viñon um produto fácil de ser digerido, excluindo qualquer possibilidade de que o idioma se torne uma barreira.

A faixa que abre o EP, “Ouvre La Gorge”, é digna de ser trilha de qualquer episódio de Matt Helm, seriado de espionagem a la 007, transmitido pela emissora estadunidense ABC durante a década de 1970. Boa parte da aura sessentista/setentista é garantida pelos teclados e pelas guitarras “rasgadas”.

“Par Amour” e “Putrefaction” mantêm pegada semelhante, dando continuidade ao ritmo do EP. Convido o leitor a ouvi-las enquanto assiste a trechos de filmes de Quentin Tarantino. Se apenas um acaso, a feliz coincidência com as trilhas dos filmes do diretor acrescentam mais prazer à audição de Fakir.

Já “Trou Central” é a maior referência da banda à obra de Serge Gainsbourg. Desde os acordes que conversam delicadamente com nossos tímpanos até a voz de Lolo Quevedo, o que se ouve ao longo de pouco mais de 3 minutos é uma grata e bela lembrança de “Bonnie e Clyde” (Serge Gainsbourg et Brigitte Bardot, 1966).

“Fakir”, faixa título e última do EP, é a mais pop e talvez a que mais evidencie o tom retrô do grupo. Contudo, não é isto que mais chama a atenção na música. Além da eletricidade urbana presente em todo o álbum, “Fakir” faz um crossover entre a psicodelia e a música indiana em seu DNA, lembrando Beatles e sua “Tomorrow Never Knows”.

A Cavernoso Viñon mostra com “Fakir” que tem total capacidade de marcar presença constante na cena curitibana e do Brasil. Dançante, refrões que mesmo em francês se tornam pegajosos (no bom sentido da colocação) e músicos com boa presença de palco. Um bom exemplo de dezesseis minutos e quarenta e três segundos do que a música de Curitiba tem a oferecer.

Tags: bandabandasBandas CuritibanasBeatlesBonnie e ClydeCavernoso ViñonCríticaCrítica MusicalFakirLeonardo LotowskiLolo QuevedoLucian AraújoMatt HelmMichel PolnareffMúsicamúsica curitibanamúsica paranaenseRevolverRicardo MaiaSerge GainsburgThe BeatlesTomorrow Never KnowsYan Lemos

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