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Debbie Harry: hey, loirinha!

O Blondie, grupo americano que deu ao mundo do pop mais energia graças a Debbie Harry, tem sua história contada em biografia recentemente lançada no Brasil.

porKaty Mary
31 de agosto de 2015
em Música
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Debbie Harry: hey, loirinha!

Imagem: Reprodução.

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Deborah Harry (a Debbie), filha de pais adotivos, não queria ser a moça para casar, como sua mãe sempre quisera. Aos vinte e poucos anos, saiu de Nova Jersey e foi explorar as ruas de West Village, em Nova Iorque. Na época só tinha uma certeza – queria ser famosa, feito Marilyn Monroe. Trabalhou em salão de beleza e, por sete meses, foi coelhinha da Playboy, chegando a faturar 1.500 dólares em um final de semana. Faz questão de dizer que odiava trabalhar no ramo.

Tudo isto e mais um pouco faz parte do relato traçado pelos escritores e fanzineiros Kris Needs e Dick Porter no livro Blondie – Vidas Paralelas, publicado no Brasil neste ano pela Seoman. Importante abrir um parênteses aqui pra dizer que a Seoman e a Edições Ideal são as editoras que têm publicado no país biografias bem legais de artistas da década de 1970 e 1980. Recentemente a Seoman publicou a biografia de Peter Hook (Joy Division e New Order) e a Ideal a do The Cure e a de Deborah Curtis.

Antes de criar o Blondie, Debbie e Chris Stein, o amigo que virou namorado e parceiro musical eterno, formaram, em 1973, o The Stillettoes. A ideia era unir música dançante a algo performático. A banda chegou a abrir para o Television, mas Debbie resolveu cair fora quando percebeu que as outras integrantes tinham mais interesse no lance da performance. O dela era cantar.

Visto como uma espécie de patinho feio da cena punk nova-iorquina, o Blondie demorou para conseguir mostrar a que veio e a chamar a atenção do público e de uma gravadora. Quase tudo não estava a favor deles.

Depois do The Stillettoes, o casal ainda formaria o The Angel and Snake. O grupo teve vida curta, mas deu tempo de abrir para o Ramones, no CBGB. Debbie, de tanto ouvir na rua os marmanjos a paquerando e gritando “Hey, Blondie!”, não teve dúvidas de que esse seria o nome de sua mais nova banda que formou com Chris Stein (guitarra) e com os outros que foram chegando depois: Jimmy Destri (teclado), Clem Burke (bateria) e Gary Valentine (baixo). Mal sabia o quanto o nome escolhido iria lhe trazer dor de cabeça.

Visto como uma espécie de patinho feio da cena punk nova-iorquina, o Blondie demorou para conseguir mostrar a que veio e a chamar a atenção do público e de uma gravadora. Quase tudo não estava a favor deles: não tinham o sangue 100% punk nas veias, já que o pop sempre foi uma das marcas do grupo, e não mostravam uma boa performance ao vivo, coisa que a maioria também não tinha, vale lembrar. E para piorar, tinham como líder Debbie Harry, uma nem tão garota (na época a loira já beirava os 30 anos).

Mas em 1976, a sorte virou-se para o Blondie, quando os executivos da indústria fonográfica Craig Leon e Richard Gottehrer foram ver o grupo no CBGB. A partir dali, depois de sair da Private Stocker, gravadora que havia lançado “X Generation”, o primeiro single da banda, um novo contrato foi assinado com a Chrysalis Records.

Com o lançamento do primeiro disco Blondie, em 1976, a banda tornou-se uma máquina de hits. Debbie lembra a que preço isso foi possível. Em vários trechos do livro, ela lamenta o quanto a gravadora explorou a sua aparência para emplacar os álbuns. Naquela altura já era possível perceber que tanto a Chrysalis quanto Peter Leeds, empresário do grupo, enxergavam o Blondie apenas na figura de Debbie. Os outros músicos eram meros empregados.

Entre 1976 e 1981, o Blondie lançou seis álbuns, emplacou pelo menos meia dúzia de músicas nas paradas dos Estados Unidos e do Reino Unido e desfrutou de um mega sucesso, envolto em glamour e histeria. Apesar de Nova Iorque ter sido o lugar que mais inspirou a banda, foi no Reino Unido que alcançou a glória, a ponto de muitos acharem que a trupe era britânica.

Em 1982, o Blondie já vendera mais de 60 milhões de discos e, ainda assim, os membros mal conseguiam pagar o aluguel. Estavam cansados, esgotados e falidos. Sem alarde, cada um tomou seu rumo. Debbie, sempre sob a chancela de Chris, lançou cinco álbuns solo (o primeiro, Koo Koo, ainda cantando no grupo). Em paralelo à vida musical, Debbie tentou a carreira artística. Algumas vezes acertou a mão (Hairspray) e em outras escorregou (Trafford Tanzi). Também mudou de estilo. Por mais de dois anos, viajou com a banda The Jazz Passengers.

É justo falar que durante a primeira fase do Blondie todos tentaram (e às vezes conseguiram) sair um pouco do caminho do pop. Mas toda vez que colocavam algum elemento diferente parecia que eram desaprovados, não só pela gravadora, mas também pelo público. Quando o Blondie voltou em 1999, com o álbum Exit, a banda teve mais liberdade para ousar. Mandou ver no rap, reggae, ska. Mas ainda assim se entregou ao pop. “Maria” tornou-se um hit e chegou ao sexto lugar na parada britânica. Como disse Clem Burke, “No Exit é simplesmente o próximo álbum do Blondie. Só levou 16 anos para ser feito.”

Ler autobiografias é um serviço complicado porque você nunca vai saber ao certo o que foi além da verdade, ou da mentira. Agora, ler uma biografia escrita por alguém que tenha certa proximidade com o artista também não é tarefa bem clara. Kris Needs é amigo e fã ardoroso de Blondie. Por conta disso, em alguns momentos endeusa Debbie e Chris em demasia, a ponto de não perceber (ou não querer julgar) o quanto o casal soa ambíguo, contraditório.

Madonna, Kim Wilde, Wendy James, Courtney Love, Gwen Stefani, Lady Gaga. Muitas loiras vieram depois de Debbie, cada uma com alguma característica emprestada da eterna moça do Blondie. Outras virão, mas Debbie Harry e seus rapazes de terninhos justos e gravatas curtas, ah, esses não são imitáveis.

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