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‘Aghori Mhori Mei’ é um retorno inesperado às origens dos Smashing Pumpkins

Smashing Pumpkins, que toca no Brasil nos dias 1º e 3 de novembro, lança seu 12º disco, 'Aghori Mhori Mei', que retoma as referências fundadoras e a formação original da banda.

porMaura Martins
30 de outubro de 2024
em Música
A A
Imagem: Divulgação.

Imagem: Divulgação.

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Os Smashing Pumpkins estão de volta – e isso não é apenas força de expressão. Aghori Mhori Mei, disco da banda lançado em 2024, é especial justamente por ser uma espécie de retorno à casa, já que o álbum anuncia a volta de dois membros originais e essenciais ao som dos Pumpkins: o guitarrista James Iha e o baterista Jimmy Chamberlin. E, para coroar esse grande evento, a banda toca pela quinta vez no Brasil este mês, com a turnê “The World Is A Vampire”.

Por óbvio, para os fãs, a expectativa em torno de Aghori Mhori Mei é bem alta. Assim, a primeira recomendação desta crítica é esta: desapegue-se dos hits antigos dos Pumpkins, marcados pelas melodias doces embaladas por guitarras violetas, típicas de álbuns como Siamese Dream. Billy Corgan está agora em uma nova fase: pai de família, com um terceiro filho a caminho, ele decidiu finalmente assumir a centralidade que sempre teve no grupo para usá-lo em prol de suas próprias ambições.

Tendo isso em mente, há a boa surpresa de que Aghori Mhori Mei é, sim, um bom álbum. De certa forma, ele também sinaliza a um retorno às origens ao dialogar com o rock progressivo e o heavy metal raiz de bandas como Black Sabbath, que foi uma forte referência em Gish, o álbum de estreia dos Pumpkins.

O saldo são 10 faixas que vão crescendo no ouvinte à medida que as revisita, e que são capazes de proporcionar bons momentos de “air guitar”.

‘Aghori Mhori Mei’: faixa a faixa

Mais uma vez: não vale a pena chegar em Aghori Mhori Mei esperando novas canções tristes sobre os traumas da infância de Billy Corgan. A fase agora é outra, e as faixas são organizadas em uma ordem que vai sinalizando a intenção de compor um álbum potente e que, de certa forma, “cure” as tantas críticas que os últimos discos dos Smashing Pumpkins (bem mais fracos) sofreram ao longo dos anos.

Aghori Mhori Mei traz uma nova cara aos Smashing Pumpkins e mostra aos velhos fãs que a essência da banda segue lá.

“Edin”, que abre o álbum, é uma porrada à altura das melhores fases da banda, com guitarras e bateria que mostram a falta de Iha e Chamberlin faziam. A canção parece ecoar um pouco da pureza original de Gish, quando o quarteto (formado ainda pela baixista D’Arcy) trazia ao público muita emoção em forma de rock pesado.

Um aspecto bem curioso é que o aspecto místico de Billy Corgan, que sempre existiu (mesmo quando aparecia em versos agressivos e niilistas como “God is empty just like me”) está presente em várias canções. “Edin” menciona na letra figuras como João Crisóstomo, bispo da igreja cristã primitiva, assim como “Pentagrams” fala de Lázaro, o homem que Jesus ressuscitou. Não por acaso, outra faixa do disco se chama “Pentecost” – uma música soturna cuja abertura lembra um pouco a abertura de “Let It Go”, a famigerada música de Frozen.

“Pentagrams”, aliás, tem tom de balada com guitarras dedilhadas que fazem remeter à trilha sonora de um jogo de videogame de 16 bits, para depois estourar no peso do heavy metal. Está entre as melhores do disco. É então sucedida por “Sighommi”, outra canção poderosa e cuja letra traz referências à mitologia romana.

O metal pesado retorna com tudo em “War Dreams Of Itself” – aqui, mais uma vez aparecem as menções bíblicas à Babilônia e ao deus romano Orco, considerado a entidade do submundo, punindo daqueles que quebravam juramentos. Caberia perfeitamente em um álbum do gênero.

O trio fundador dos Smashing Pumpkins volta a se unir no novo disco. Imagem: Divulgação.

A doçura dá uma pausa na violência quando entra “Who Goes There”, uma baladinha que mostra que Billy Corgan ainda lembra como compor melodias românticas para cantar junto. A ela se soma “Goeth The Fall”, que também entra na cota das “fofinhas”.

Já indo para a metade final, “…999” e “Sicarus” (especialmente a última) dão uma certa sensação de paródia (mais uma vez, do metal?) e estão um pouco aquém do que os Pumpkins já nos entregaram. Por fim, recebemos os sintetizadores da etérea “Murnau”, embora não seja tão boa quanto as baladinhas anteriores. Ela tem um tom meio catártico de música de formatura, mas consegue encerrar o disco deixando uma lembrança boa nos ouvidos.

Resumindo a experiência: Aghori Mhori Mei traz uma nova cara aos Smashing Pumpkins e mostra aos velhos fãs que a essência da banda segue lá. Em entrevistas no lançamento do álbum, Billy Corgan contou que, ao escrever o disco, estava obcecado pela frase “você não pode voltar para casa”, mas que fazia sentido tentar mesmo assim. Para nossa alegria, eles ainda conseguem.

E se liga: os Smashing Pumpkins tocam essa semana pela quinta vez no Brasil, em uma produção da Balaclava Records. Dessa vez, são dois shows: o primeiro em Brasília, na Arena BRB Nilson Nelson, e o segundo em São Paulo, no Espaço Unimed. Saiba mais aqui.

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Tags: Aghori Mhori MeiCrítica MusicalMúsicaSmashing Pumpkins

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