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Little Richard: primeiro modelo para rockstars e autoproclamado “Pai do Rock”

Nos acordes fulgurantes de 'Here’s Little Richard' ecoa a revolução sonora que moldou o rock e reverberou gerações. Adentrando os labirintos da carreira do ícone, desvelamos a saga do "Pai do Rock" e seu legado indelével.

porAngelo Stroparo
5 de julho de 2018
em Música
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Here's Little Richard

'Here's Little Richard' apresenta o máximo de energia do cantor. Imagem: Reprodução.

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Quanto tempo é necessário para se criar uma coisa que vai durar anos, décadas e, possivelmente, séculos e ainda influenciar gerações de compositores, músicos e amantes da música? Para Little Richard Penniman, foram necessários 27 minutos e 30 segundos, em seu álbum de estreia, Here’s Little Richard. Inegavelmente um clássico, o disco foi o mais vendido da carreira do cantor, pianista e compositor.

A obra contém uma série de músicas capazes de contagiar multidões, como de fato fez. No ano de 1955, o rock’n’roll explodia em toda parte, e artistas como Fats Domino, Ray Charles, Chuck Berry e Bo Diddly convertiam-se em máquinas de produzir hits e dominavam as paradas. Neste contexto, Art Rupe, da Specialty Records, procurou Bumps Blackwell, produtor de prestígio com fama de Midas e pediu que encontrasse um novo nome.

Extravagante, homossexual assumido e dono de uma das performances mais alucinantes que o mundo já viu, Little Richard foi achado por Blackwell no lendário Dew Drop Inn, em Nova Orleans. Não foi difícil convencer o então jovem cantor a gravar no estúdio de Cosimo Matassa, o J&M Studio, e, a partir disso, fizeram história. O ano era 1957.

Bumps assina muitas das canções em parceria com Richards – que fez questão de usar os músicos que já o acompanhavam em Nova Orleans. “Tutti Frutti” foi a primeira faixa a estourar e foi logo seguida por “Long Tall Sally”, “Slippin’ And Slidin’”, “Ready Teddy” e “Jenny Jenny”.

O piano de Richards dá o tom em tudo, é o dono da textura das canções. Inegável influência do jazz e do jump blues. O vocal gritado também se junta à mistura como um elemento definidor. O rock’n’roll não existe se essas partículas forem extraídas de qualquer música que tenha sido gravada depois de um álbum como Here’s Little Richard.

‘O rock’n’roll não foi uma invenção de Elvis Presley. Quem criou isso fui eu’, foi frase muito presente nas declarações de Richard ao logo da carreira.

É difícil encontrar Here’s Little Richard em vinil ou CD. E apesar das músicas aparecem em várias compilações, existem muitas versões inferiores feitas por Richard para outros selos. Assim, ao procurar uma cópia, observe se contém o nome Specialty, que é a garantia de que se trata de gravações originais.

Mas toda a energia e vitalidade que Little Richard, em seu Here’s Little Richard. expõe, tal e qual ao ataque de um tigre, se esvai rápido. Os anos que seguiram o lançamento do registro não revelaram nada no mesmo nível de intensidade ou mesmo qualidade. Abuso de drogas e conflitos existenciais, possivelmente, amplificados pelo antagonismo que a homossexualidade desempenhava frente aos dogmas religiosos que sempre estiveram presentes na vida do músico, aos poucos, apagaram a chama rebelde e uma espécie de caricatura de si mesmo emergiu.

Nos anos 1970, consumia heroína como tocava piano: alucinadamente. Em 1994, se apresentou numa edição do Free Jazz e ainda tinha fôlego pra subir na tampa do piano. Em 2012, a revista Rolling Stone publicou uma lista com os 100 maiores nomes da música de todos os tempos. Little Richard ocupa a oitava posição e Here’s Little Richard é sempre apontado como um dos maiores clássicos do gênero.

Richard nasceu em 5 de dezembro de 1932, em Macon, na Geórgia. O cantor cresceu ouvindo cantores de gospel na igreja da qual fora membro. Aprendeu a tocar piano ainda na adolescência e ao fundir estilos originais do Sul dos EUA, se tornou um astro e pioneiro do rock’n’roll.

Ouça ‘Here’s Little Richard’ na íntegra no Spotify

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Tags: Album Reviewclássicos do rockCrítica MusicalHere’s Little RichardLittle RichardMúsicaResenhaReviewRockSpecialty

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