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Home Música

As duas faces da Anacrônica

porAlejandro Mercado
23 de novembro de 2016
em Música
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Fazer música autoral é complicado por inúmeros fatores. Um deles é a percepção do público a respeito da arte. Como bom e ruim são visões subjetivas (e redutoras) de qualquer linguagem artística, andar nesta corda bamba chamada cultura é para poucos – para os bravos, diriam alguns.

Em um período onde financiamento coletivo ainda não era uma ferramenta tão usual para músicos, a Anacrônica, banda curitibana da “Prata da Casa” da semana já procurava o coletivo como forma de alcançar a realização de um projeto. Foi através de rifa e patrocínio que conseguiram dar vida ao disco Deus e os Loucos, lançado em 2009. Com uma rifa de um quadro de um primo dono de uma galeria de arte, parte do montante necessário à gravação foi levantado.

Formada em 2005, a Anacrônica conta com um time deveras entrosado. Bruno Sguissardi, Marcelo França, Marcelo Bezerra e Sandra Piola fizeram de Tomás Magno (que trabalhou com Skank, O Rappa, Barão Vermelho e Marisa Monte) seu produtor e guru, não necessariamente nesta ordem. É ele quem conduziu o trabalho em Deus e os Loucos e no EP Eu Acho que Vai Chover, lançado no ano passado.

Deus e os Loucos era um trabalho maturado em uma sonoridade rock and roll mais clássica, que ia desde os brasileiros Os Mutantes até os suecos The Cardigans. Os seis anos que separam um registro do outro trouxeram reflexos ao trabalho da banda, algo que já era possível de ser identificado desde o single “Tardes em Guadalajara”, lançado em 2011. O contato com grandes palcos como na abertura para os escoceses do Franz Ferdinand, a mudança para São Paulo, o projeto paralelo Dardos e Caramelos e o retorno a Curitiba, tudo isso está impresso de alguma forma no novo EP, curiosamente também produzido através de financiamento coletivo, mas desta vez no modelo que já nos acostumamos a ver.

Mudança para São Paulo, o projeto paralelo Dardos e Caramelos e o retorno a Curitiba, tudo isso está impresso de alguma forma no novo EP.

Há quem aponte nesta nova geografia da banda um maior apelo comercial, o que concordo. Contudo, há um certo receio na música quando o assunto é sucesso, novamente, um ponto de possíveis (e infinitas) análises subjetivas (o que eu considero sucesso talvez não seja para você), que diz respeito justamente ao apelo a grandes públicos. Em especial na cena rock (e não é uma exclusividade de Curitiba, diga-se), costumamos torcer o nariz quando uma banda ou artista que conhecemos pende a um rumo mais “comercial”, ou seja, constrói arranjos que resultam em trabalhos mais próximos do que fazem artistas que talvez não tenhamos muito apreço, o que os aproxima do grande público, das “massas”, a quem acreditamos não fazer parte.

É necessário apontar que a Anacrônica ousa ao inserir no setlist uma versão de “Xixi nas Estrelas”, parceria de Guilherme Arantes e Paulo Leminski feita lá na década de 1980. Mas também é necessário ponderar que essa guinada ao eletroindie soa um pouco artificiosa, quase como se ao colocarmos os dois registros em perspectiva ficássemos diante de duas bandas completamente diferentes.

Não há espaço aqui para juízo de valor. Cada álbum tem suas forças e fraquezas, e são recortes de fases da banda, que tal como muitos de nós, ainda está em busca de uma identidade sonora para chamar de sua. Acompanhamos na torcida para que este momento não tarde a chegar.

Ouça “Eu Acho que Vai Chover” na íntegra no Spotify

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Tags: AnacrônicaBandas CuritibanasBruno SguissardiCrítica Musicalcultura de massaDeus e os LoucoseletroindieEu Acho que Vai ChoverFranz FerdinandMarcelo BezerraMarcelo FrançaMúsicarock clássicoSandra PiolaTomás Magno

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