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Home Música Vitrola

Os 40 anos de ‘Coração Selvagem’: Belchior reflexivo, erótico e político

Daniel Tozzi por Daniel Tozzi
8 de dezembro de 2017
em Vitrola
A A
Belchior - Coração Selvagem [1977]

A famosa capa de Coração Selvagem trazia um Belchior descamisado com o intuito de sensualizá-lo. Foto: Reprodução.

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Belchior é um daqueles artistas que, apesar da incansável produção e da vasta discografia, com frequência, é sempre lembrado pelo seu trabalho de maior sucesso, o disco Alucinação de 1976. Um dos grandes álbuns de nossa música, é verdade, mas que não define ou limita as características de Belchior. Em sua consagrada carreira, que na década de 1970 manteve uma média de quase um disco por ano – além de uma frenética rotina de shows -, estão também trabalhos que reverberam para além do emblemático disco em que estão presentes os clássicos “Apenas um Rapaz Latino-Americano e “Como Nossos Pais”.

Coração Selvagem fecha a trinca sagrada dos primeiros lançamentos de Belchior. Após o debute com Mote e Glosa (1975) e o monumental Alucinação, o cantor e compositor cearense continuou a demonstrar toda sua riqueza poética e melódica no disco lançado há 40 anos. Se nos dois primeiros a peculiaridade do seu tom de voz e o potencial de suas letras faziam de Belchior uma versão nordestina de um Bob Dylan enciclopedista, Coração Selvagem e seu sucessor, Todos os Sentidos (1978), [highlight color=”yellow”]marcaram uma transformação em sua persona artística[/highlight].

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Leia também
» Belchior e as alucinações para suportar o dia a dia
» Há 40 anos, Belchior lançava ‘Alucinação’

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Após firmar parceria com Hélio Rodrigues, que seria seu empresário pelas três décadas seguintes, o mercado fonográfico e a indústria cultural trataram de tentar moldar a imagem de Belchior numa espécie de galã latino-americano. O volumoso bigode e a energia no palco se encontraram com canções que tratavam de amores e paixões. Longe de se autorrotular um sex symbol, o cantor nascido em Sobral agora posava para fotos com os botões da camisa aberto, o peito amostra e um olhar penetrante.

Para além disso, o álbum de 32 minutos e nove canções apresenta alguns dos grandes clássicos de Belchior e que invariavelmente já faziam sucesso nas vozes de outros intérpretes. “Paralelas”, por exemplo, se convertera em 1975 na canção símbolo da cantora Vanusa. Na gravação de Belchior, o arranjo seguiu uma dinâmica simples com um violão bem marcado. “Como é perversa a juventude do meu coração, que só entende o que é cruel, o que é paixão”, declama o sempre arrebatador Belchior na faixa que ainda presta homenagem ao Rio de Janeiro: “No Corcovado quem abre os braços sou eu/ Copacabana esta semana, o mar sou eu”.

O álbum de 32 minutos e nove canções apresenta alguns dos grandes clássicos de Belchior e que invariavelmente já faziam sucesso nas vozes de outros intérpretes.

A faixa-título contém os icônicos versos “Vida, pisa devagar/ Meu coração, cuidado, é frágil” e mantém a recorrente melancolia das reflexões de Belchior acerca da juventude: “Talvez eu morra jovem, em alguma curva do caminho”. Numa levada que lembra bastante o mega hit “Apenas um Rapaz Latino-Americano”, a canção tem riffs de guitarra bastante evidentes e um coral de vozes que lega à faixa um tom meio sacro.

Em “Caso Comum de Trânsito”, num ritmo mais animado, Belchior mantém sua a acidez metalinguística e canta sobre as coisas simples e as alucinações do dia a dia. “Deita ao meu lado/ Dá-me o teu beijo/ Toda a noite o meu corpo será teu”, justificam o flerte de Belchior com o erotismo nessa fase da sua carreira. Na peculiar “Pequeno Mapa do Tempo”, Belchior canta em tom angustiante enquanto passeia pela geografia brasileira.

Um dos hits presentes no disco é, sem dúvida, “Galos Noites e Quintais”. A faixa é um blues-rock bastante direto e construído pela levada marcada da bateria e teclados animados em que Belchior parece fazer uma ode a um passado rústico e menos complexo, “quando havia galos, noites e quintais”.

A acidez política, tão presente mas ao mesmo tempo tão pouca explícita na obra de Belchior, aparece em “Populus”. Aqui o cearense empresta o termo da língua latina para batizar a faixa que reflete sobre as agruras do povo brasileiro e a incansável sina proletária da nossa realidade terceiro-mundista: “Populus meu cão/ O escravo indiferente que trabalha/ e, por presente, tem migalhas sobre o chão”. Grande fã de Drummond, Belchior ainda faz uma referência ao poeta mineiro e seu Congresso Internacional do Medo.

“Carisma” fecha o álbum com um autêntico forró nordestino. “Eu nasci lá numa terra, onde o céu é o próprio chão”, são os versos finais do disco cantados por Belchior que, com frequência, externalizava as raízes cearenses em suas canções. Com grande impacto para a consolidação de sua carreira, Coração Selvagem manteve Belchior em evidência no cenário musical brasileiro da segunda metade dos anos 70. O álbum teve a participação sempre cirúrgica de Marco Mazzola na produção, e foi o primeiro dos lançamentos do cantor pela Warner.

Longe do impacto para a cultura nacional que Alucinação conseguiu,Coração Selvagem completa 40 anos de lançamento [highlight color=”yellow”]ainda bastante atual[/highlight] e mostrando como a veia criativa de Belchior pode ser explorada em suas canções, seja falando de amores, fazendo reflexões existencialistas ou crítica política.

Ouça ‘Coração Selvagem’ na íntegra no Spotify

link para a página do facebook do portal de jornalismo cultural a escotilha

Tags: alucinaçãoBelchiorCoração Selvagemcrítica musicalMPBmúsica
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Commentários 0

  1. Ademar Populina Amancio says:
    5 anos atrás

    Ótima e sempre oportuna resenha.

    Responder
  2. Ademar Populina Amancio says:
    5 anos atrás

    Os blogs que eu visito são sempre vazios de comentários.Cadê os amigos e familiares dos blogueiros?Já sei,é que santo de casa não faz milagres.

    Responder

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