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Família Wilson e Família Manson: unidos pela loucura

Charles Manson e Dennis Wilson formaram uma parceria inusitada no álbum '20/20', dos The Beach Boys.

Angelo Stroparo por Angelo Stroparo
9 de agosto de 2018
em Vitrola
A A
Família Wilson e Família Manson: unidos pela loucura

Imagem: Reprodução.

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Charles Manson nasceu no dia 12 de novembro de 1934, em Cincinnati, Ohio. Aos 32 anos, depois de boa parte da vida na prisão, se tornara um homem semianalfabeto, vadio que explorava prostitutas. Em São Francisco, Califórnia, descobriu o mundo da contracultura. Músico amador, desenvolto ao falar e carismático, não demorou muito para criar uma comunidade composta por jovens desempregados, desajustados e sem rumo na vida.

A falange de degenerados era chamada de Família Manson, e ali ninguém seguia o American Way of Life: pequenos golpes arranjavam dinheiro para drogas e comida era o que se encontrava na lixeira dos supermercados.

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Baterista dos Beach Boys e irmão de Brian Wilson, Dennis Wilson foi quem trouxe Manson para perto do mundo da música. No final de 1968, deu carona para duas integrantes da Família: Ella Jo Bailey e Patricia Krenwinkel. Wilson as levou para casa e soube mais sobre o homem chamado de “O Mago”. No dia seguinte, Manson e seus seguidores invadiram a casa do músico.

Mesmo um pouco assustado com a invasão da gangue, Wilson as trouxe para morar com ele. Possivelmente porque a Família Manson era repleta de mulheres bonitas e dispostas ao sexo livre. No final, a moçada roubou discos de ouro, roupas e estragaram os carros do Beach Boy.

Manson desejava ser rockstar e usava Wilson para atingir o objetivo. O baterista dos Beach Boys o levava a points badalados e o apresentava a muita gente. Deste modo que Manson conheceu o produtor musical Terry Melcher, que até se interessou pela música do maluco. Claro que ao perceber a verve psicótica do proto-astro, Melcher interrompeu as negociações.

E assim Melcher entrou para o caderno maldito de Manson, que jurou vingança e, pra piorar, conhecia o endereço do produtor, além de saber como entrar na casa com alarmes e tudo. Melcher se mudou e a atriz Sharon Tate, aos tenros 26 anos e grávida de quase nove meses do diretor de cinema Roman Polanski, foi morar na residência marcada como palco para uma chacina.

Manson teorizava que brancos e negros entrariam em guerra e se exterminariam. Depois do assassinato de Martin Luther King, em 1968, o perturbado só enxergava o apocalipse racial como futuro. A teoria, na verdade, era a de que ele e sua Família, apenas, sobreviveriam. Ensinamentos bíblicos misturados ao conteúdo das letras do White Album, dos Beatles, forjavam as profecias de Manson. Por isso batizou de “Helter Skelter” o conflito profetizado.

E há 49 anos, no dia 8 de agosto de 1969, Sharon Tate foi assassinada por membros da Família Manson. A atriz estava em casa, acompanhada por amigos, quando foram todos massacrados. Manson apenas organizou e ordenou o crime, não tendo participado dele pessoalmente.

Porque Manson sabia como entrar na casa onde morou Terry Melcher, e este ter sido jurado de morte pelo psicopata, Sharon e os amigos tiveram de morrer, inocentes, de modo estúpido, absurdo.

Em seguida, ocorreu o assassinato do casal LaBianca, por outros membros da gangue. Manson acreditava que a polícia concluiria que os massacres seriam obra de negros e, portanto, nada mais impediria a guerra racial, finalmente.

Nos locais dos crimes, escrito com sangue, lia-se “Healter Skelter” (sic), “Death to Pigs” e “Arise”. As expressões, retiradas de faixas do White Album, pareceram um enigma, inicialmente, aos investigadores. Mas graças ao promotor Vincent Bugliosi, que se dedicou diligentemente ao processo, os hippies assassinos foram descobertos e presos. Bugliosi, mais tarde, escreveria o livro Helter Skelter, que se tornou best-seller imediato.

No entanto, Charles Manson não foi visto de cara como um monstro assassino, pelo menos para o povo da contracultura, que o via como um líder visionário vítima de conservadores interessados em criminalizá-lo a qualquer custo a fim de diminuir o “poder jovem”.

Muitos, inclusive, acreditavam no talento musical de Manson. Algumas gravações caseiras feitas pelo líder assassino foram reunidas no álbum Lie: The Love and Terror Cult, lançado de forma independente em 1970. Nos anos 90, Guns N’ Roses e Marilyn Manson gravaram composições de Manson. Rob Zombie também curtiu a vibe de Manson: “Real Solution #9”, que gravou com a banda White Zombie, buscou inspiração nas ações da Família Manson.

Algumas sessões chegaram a ser agendadas por Wilson, para gravar Manson. Não deu certo, mas os Beach Boys gravaram uma música dele, originalmente chamada “Cease to Exist”. Wilson modificou algumas coisas e a canção foi gravada: “Never Learn Not To Love” foi o nome escolhido, depois de pronta. E está no lado B do single de “Bluebirds Over The Mountain” e também no álbum 20/20. Chegou a um modesto 61º lugar na Billboard e colocou o nome Charles Manson na parada de sucessos e na história da música.

Mas o clã Wilson não fora molestado por apenas um psicopata desprezível: Murry, o pai, apareceu primeiro que Manson na vida de Brian, Carl e Dennis. O pai dos meninos perdeu um olho em um acidente industrial e passou a usar prótese de vidro. Mas era tão louco que tinha duas peças, um para uso diário, normal, e outra vermelha, para quando acordava de ressaca, furioso. Murry perdeu parte de uma orelha, que foi arrancada pelo próprio pai, o que nos leva a pensar se tratar de um insano ainda pior, talvez.

Foi Murry quem bateu na cabeça de Brian e quase o deixou surdo de um ouvido. Os espancamentos sofridos pelo líder dos Beach Boys começaram quando tinha dois anos de idade, ou seja, um bebê. Murry batia nos filhos com cintos e porretes e os submetia a torturas psicológicas. Inclusive, trancando as crianças em armários escuros e coisas do gênero.

Brian era quem mais sofria com a violência do pai. Murry, assim como Manson, sonhara em ser um compositor de sucesso. Pobres Brian, Denis, Carl, Sharon e todos os demais que acabaram sendo postos no caminho de sádicos, de modo surpreendente, pela música, muitas e muitas vezes redentora misericordiosa de vidas e almas inocentes.

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