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‘Pleasant Dreams’ é um importante – e esquecido – registro dos Ramones

Com influência do rock dos anos 50, 'Pleasant Dreams' foi o sexto disco de estúdio dos Ramones - e um dos mais importantes.

porDaniel Pala Abeche
19 de junho de 2018
em Música
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'Pleasant Dreams' é um importante - e esquecido - registro dos Ramones

Imagem: Reprodução.

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Os três primeiros álbuns dos Ramones figuram em qualquer lista dos melhores registros do grupo ou dos principais discos do punk rock ou ainda dos maiores clássicos do rock.

Em 1981, 5 anos após o lançamento do icônico álbum de estreia homônimo, que apresentava ao mundo 29 minutos de músicas de três acordes que mudariam o rock n´roll para sempre, os Ramones gravaram um importantíssimo disco de alta qualidade que é pouco lembrado ou citado.

Pleasant Dreams, o sexto registro dos Ramones, apresentou algumas características peculiares que valem ser ressaltadas. A primeira delas é que o disco configura o primeiro registro em que a capa não apresentava os quatro integrantes estampados. Ramones (1976), Leave Home (1976), Rocket to Russia (1977) traziam fotos que elencavam o teor punk suburbano que contribuiu para a imagem tão difundida dos quatro nova-iorquinos.

Road to Ruin (1978) apresentava uma ilustração que mantinha tal essência. Já End of Century, do ano seguinte, trazia pela primeira vez os Ramones em camisetas coloridas em uma foto de estúdio. Tal contraste com a imagem anteriormente difundida ilustrava a própria mudança sonora da banda, resultado de um conturbado processo de gravação.

Os Ramones ainda mantinham a essência peculiar ao grupo, mas neste álbum flertaram com elementos mais pop, resultado da parceria com o famoso produtor Phil Spector, que no início das gravações prometeu tornar End of Century um clássico do pop rock.

Além da capa sem a presença dos integrantes, Pleasant Dreams também traz outra novidade: as autorias das músicas foram creditadas pela primeira vez de maneira individual. Das 12 canções, sete foram assinadas por Joey e cinco por Dee Dee, que se mantinham como os principais compositores do grupo.

Pela primeira vez, também, um disco dos Ramones não apresentava nenhum cover. Estes detalhes, entretanto, não significam isoladamente, a priori, nenhum diferencial absurdamente relevante. É aí que entra o principal elemento de Pleasant Dreams: a qualidade.

Embora ainda embebido em melodias mais pop provenientes da experiência do disco anterior, este álbum é mais cru e coeso. Muito bem produzido por Graham Gouldman, o registro é pautado também pela influência muito bem vinda da sonoridade roqueira dos anos 50.

O álbum, que não figura nos grandes destaques ovacionados por público e crítica, sofre grande injustiça. Pleasant Dreams é um baita disco de rock. Embora ainda embebido em melodias mais pop provenientes da experiência do disco anterior, este álbum é mais cru e coeso.

Muito bem produzido por Graham Gouldman, o registro é pautado também pela influência muito bem vinda da sonoridade roqueira dos anos 50.

Músicas como “All’s Quiet On The Eastern Front”, “Don’t Go”, “She’s A Sensation e “7-11” resgatam muito do que Buddy Holly ou Jerry Lee Lewis faziam quase 30 anos antes. Pleasant Dreams ainda apresentou grandes canções de rock como a punk “You sound like you´re sick”, ou a música de abertura “We want the airwaves”, um manifesto pelo espaço de sonoridades como a dos Ramones nas rádios.

Mas, claramente, o grande destaque do disco é a clássica “The KKK took my baby away”. A música relata o sequestro da namorada do protagonista pela Ku Klux Klan. Muitas histórias contam que a música é uma metáfora ao fato do guitarrista Johnny ter “roubado” a então namorada do vocalista Joey, Linda.

Boatos (consistentes) à parte, a música é uma das mais emblemáticas do grupo. E se foi ela a carro-chefe de Pleasant Dreams, não significa de forma alguma que as outras 11 canções do disco sejam inferiores. Muito pelo contrário, o álbum apresenta altíssima e uniforme qualidade, da primeira à última música.

Pleasant Dreams é um registro sólido, cuja qualidade transcende o punk rock e merece ser revisitado não só pelos fãs dos Ramones, mas também por qualquer apreciador de rock’n’roll. Após este lançamento, a banda se rendeu de vez ao pop e lançou um de seus mais fracos discos, Subterranean Jungle (1983). Na sequência, os Ramones voltaram a fazer o autêntico punk rock que tanto representavam e gravaram Too tough to die (1984), um dos mais pesados álbuns da carreira do grupo.

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