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Camila Amado e o ofício da paixão

Falecida aos 82 anos em decorrência de um câncer no pâncreas, a atriz Camila Amado deixa um legado imenso às artes cênicas pelos seus mais de 50 anos de carreira.

Bruno Zambelli por Bruno Zambelli
11 de junho de 2021
em Em Cena
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Camila Amado

Camila Amado é símbolo das artes no Brasil. Imagem: Reprodução.

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Enquanto eu e o domingo tropicávamos pelas escadas do prédio, o teatro brasileiro se despedia de uma de suas mais notáveis vozes, de uma de suas mais impressionantes mulheres. A atriz e professora Camila Amado, figura das mais cativantes de nossa arte, nos deixava aos prantos e trancos enquanto o último domingo me embalava em seu sono disforme.

Camila foi gigante, talvez uma das maiores de nós, pobres seres do teatro, e sua história muito bem contada e esculpida ao longo de seus 82 anos não serve apenas enquanto inspiração, mas também enquanto lição, aprendizado.

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Generosa, representou como niguém o papel de mestra, tornando o seu legado uma espécie de exemplo e, porque não dizer, métódo sobre a dor e a delícia de dedicar a sua vida a um ofício. Muito se falou e tanto se escreveu sobre a sua contribuição indiscutível ao teatro brasileiro. Fazer por aqui uma espécie de retrospectiva de sua vida e obra seria chover no molhado, de modo que o único intuito dessas linhas tortas é simplesmente exaltar a sua mais impressionante mania: a paixão.

É preciso paixão para seguir adiante, tocar o barco, trilhar com o bonde. Nesses tempos em que arte e cultura são sinônimos de banditismo e dinheiro jogado fora, a imagem de uma Camila acossada, diante de um tribunal obsceno de generais e patrulehiros da liberdade, é uma forma de compreender como a paíxão, mais do que o amor, move seres e montanhas em direção à eternidade.

Camila Amado, mais do que atriz ou professora, foi uma guerreira feita de carne e de aço. Camila foi zica, foi treta, e seu maior legado é a coragem que habita o peito dos apaixonados.

“Abaixo a ditadura”, “viva a cultura”, “eu não negocio com covardes”, todas essas frases, carregadas de paixão e significado, nasceram em seu peito, corroeram sua alma e tornaram-se gritos de liberdade que avoaram atravéz de sua voz de apaixonada. Camila Amado, mais do que atriz ou professora, foi uma guerreira feita de carne e de aço. Camila foi zica, foi treta, e seu maior legado é a coragem que habita o peito dos apaixonados.

É preciso mudar, reinventar, transformar a realidade em algo que pareça menos dor e injustiça e seja mais beleza e fantasia. Resistir de cara limpa diante do horror não é lá tarefa fácil, como também não é difícil se entregar à procela violenta que a existência nos impõe travestida de rotina.

Alguns encontram na paixão a saída para as mazelas que nos afligem a alma. Camila foi dessas, jóia bruta e preciosa, e só nos resta agora, além do agradecimento, tomá-la enquanto exemplo de que é possível vencer o pesadelo através do delírio e do sonho.

Usando a saída fácil do clichê, agradecemos por tanto, e com a mão trêmula dos desvairados apaixonados pela vida e pela rebeldia, erguemos o punho em riste e gritamos aos prantos: estamos juntos, Camila. Afinal, se apaixonar ainda é o melhor remédio contra essa vida doída e sem sal contra essa existência sem gosto e sem retorno.

Tags: atrizCamila Amadoteatro
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