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O teatro de bonecos de ‘Voou, amor leve’

Cia Laica realiza musical com teatro de bonecos na Mostra Emergente de 2018. 'Voou, amor leve' integrou evento, que segue até agosto no Novelas Curitibanas.

porLeticia Queiroz
16 de julho de 2018
em Teatro
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A segunda edição da Mostra Emergente iniciou no último dia 11 e segue com programação até o próximo dia 12 de agosto. Neste ano, o projeto conta com 12 companhias de teatro que dão vida à Mostra. A programação reúne 10 espetáculos das companhias participantes, e as apresentações acontecem em diversos espaços da cidade. A mostra é um processo criativo e resulta da união de artistas de diversos grupos e companhias que buscam novos métodos de produzir teatro.

No último domingo (15), a Companhia Cia Laica de Curitiba apresentou uma sessão única da peça Voou, amor leve, no Teatro Novelas Curitibanas. O musical de gênero dramático é realizado através dos segmentos de teatro para bonecos e animação, direcionado para crianças, mas que tem abordagem para todas as idades.

O musical da companhia revela uma contação de histórias. Na plateia, crianças, jovens e idosos puderam assistir duas histórias sobre o amor entre humanos e animais voadores. Com dramaturgia e direção de Fábio Nunes Medeiros, o elenco é composto por dois atores e uma atriz, que encenaram uma peça marcada sobre diversos temas, entre eles a vida, amor e também sobre a morte.

No final do espetáculo, o diretor da companhia relatou que o grupo teve um cuidado especial por conta da linguagem dramática do espetáculo, que é direcionado principalmente para as crianças. O diretor explicou, ainda, que a peça tem um forte apelo ao discurso, como uma narrativa que a companhia deseja deixar para as pessoas que assistem ao espetáculo. A Cia Laica também apresentou quatro sessões do espetáculo Vozes do Abrigo na programação da Mostra Emergente, nos dias 12, 13, 14 e 15 de julho.

Janaina Graboski, atriz que integra o elenco da Cia Laica, relatou que, assim como o Voou, amor leve, o espetáculo Vozes de Abrigo é um trabalho marcado pelo drama e pelo teatro de bonecos. Para ela, o que diferencia as duas peças é a linguagem e destinação de público.

“Ele é destinado para crianças. Então, você precisa trabalhar pensando em como isso vai ser visto pelas crianças, é um desafio. Trabalhar com a questão da morte, por exemplo, é complicado, e para a criança é ainda mais complicado, porque você precisa ter mais cuidado, mas o retorno é sempre positivo. O que a gente nota é que as crianças não entendem só o visual, elas percebem também a mensagem que estamos passando”.

Com dramaturgia e direção de Fábio Nunes Medeiros, o elenco é composto por dois atores e uma atriz, que encenaram uma peça marcada sobre diversos temas, entre eles a vida, amor e também sobre a morte.

A atriz explicou, ainda, que na Mostra Emergente todas as companhias participantes são produtoras e que a dinâmica de pré-produção foi mais intensa. Janaina contou que é a primeira vez que a Cia Laica participa da Mostra. “Quando chamaram a gente, ficamos muito contentes, porque a mostra é de companhias que estão aí emergindo, que não estão consolidadas. E a troca entre as companhias que participam também é muito bacana, porque cada uma tem um trabalho diferente do outro, é muito legal, traz uma pluralidade para mostra”.

Novos Olhares

As ações do projeto Guritiba também marcaram presença na mostra do último domingo (15). A produtora de cultura Carol Scambora levou duas famílias para acompanhar a sessão de Voou, Amor Leve, da Cia Laica, através do projeto “Cultura em Família”. O programa Guritiba, que só acontecia durante o Festival de Curitiba, ganhou novas programações em 2018. O objetivo principal é levar pessoas que nunca tiveram contato com o teatro para que tenham uma experiência do que é assistir um espetáculo e, desta forma, possa emergir novos públicos.

“Procuramos sempre regiões periféricas para realizar oficinas e trabalhar a formação de plateia. Nós estamos levando espetáculos teatrais para estas regiões e também atuamos com o ‘Cultura em Família’, que é a frente do projeto. Em contato com o CRAS e associação de moradores, por exemplo, a gente identifica famílias que nunca foram ao teatro, aí vamos até a casa, buscamos a família e trazemos eles para assistir. E logo após o espetáculo conversamos sobre a peça”, contou a produtora

Carol relatou, ainda, que como é o primeiro ano de extensão do programa, o grupo está aprendendo como desempenhar da melhor forma o projeto. “Estamos testando. A Mostra Emergente, por exemplo, que tem toda essa qualificação de serem artistas que estão surgindo agora com novas propostas, eu logo pensei em olhar a programação. Eu vi o teatro de hoje na agenda e pensei que tínhamos que fazer um teste com teatro de bonecos”.

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Tags: Animaçãocia laicaCrítica TeatralEspetáculomostra emergenteResenhaTeatroTeatro Curitibanoteatro de bonecosVoou amor leve

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