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Coadjuvantes destacam-se na cheia de qualidades ‘Novo Mundo’

porGabrielle Russi
21 de junho de 2017
em Televisão
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Mesmo não sendo fiel aos fatos históricos, 'Novo Mundo' impressiona. Foto: Reprodução.

Mesmo não sendo fiel aos fatos históricos, 'Novo Mundo' impressiona. Foto: Reprodução.

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Às vésperas de completar 3 meses de exibição, os autores da novela Novo Mundo, da Rede Globo, Thereza Falcão e Alessandro Marson, têm motivos de sobra para comemorar. A trama, que mistura a história da Independência do Brasil com uma boa dose de ficção, conquistou o público, foi bem recebida pela crítica e tem alcançado bons índices de audiência, sendo considerada a segunda novela das seis mais assistida desde 2012 – superada apenas por Êta Mundo Bom, de Walcyr Carrasco.

Com direção artística de Vinícius Coimbra, a telenovela mistura história, ação, aventura e romance, mostrando que não está para brincadeira e que não é à toa que tem batido novos recordes: a produção é caprichada, os figurinos são impecáveis, as cenas são bem dirigidas e, principalmente, possui um elenco dedicado e apaixonante.

A trama começa em 1817, com a vinda da princesa Maria Leopoldina de Áustria (Letícia Colin) para o Brasil. Com ela vieram Anna Millman (Isabelle Drummond), uma inglesa que é professora de português, e o ator luso-brasileiro Joaquim Martinho (Chay Suede), que formam o casal protagonista. No mesmo barco, estava também Thomas (Gabriel Braga Nunes), um vilão manipulador. Durante o tempo em que está no ar, a novela já teve 3 passagens temporais, e atualmente a trama se encontra no início de 1822, poucos meses após Dom Pedro I (Caio Castro) decretar o “Dia do Fico”.

Vamos deixar claro aqui que estamos falando da produção enquanto teledramaturgia, em seu caráter ficcional. Sabemos que a história real não é a que está sendo mostrada, mas se formos fazer uma análise comparativa entre a trama da novela e o que realmente aconteceu na independência do Brasil, teríamos um outro texto (que fica para uma próxima semana).

Sim, a trama peca na fidelidade aos fatos, mas convenhamos, é dramaturgia, e faz parte ter essa licença poética de brincar com a história.

O enredo tem como objetivo mostrar, com bastante licença poética, o que os autores imaginam que seria “os bastidores” daquela época, tanto que, apesar de alguns personagens serem reais (caso de D. Pedro, Leopoldina, Domitila, Bonifácio, Avilez e Chalaça), suas histórias são floreadas e misturadas com as de personagens fictícios.

Nesse momento da história estamos naquele período em que o par principal enfrenta vários obstáculos, com aqueles desencontros que costumam carregar as novelas até o fim. Entretanto, apesar dos atores serem muito queridos e se saírem muito bem juntos, surpreendentemente o interesse não está concentrado nessa dupla. Aconteceu o inesperado: são outros personagens que estão roubando todas as atenções.

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Letícia Colin dá um show como a princesa Leopoldina
Letícia Colin dá um show como a princesa Leopoldina. Foto: Reprodução.

Na verdade, pessoalmente, considero que a verdadeira protagonista de Novo Mundo é a princesa Leopoldina, afinal, é a sua história que norteia todos os acontecimentos da trama. Não há dúvidas que a personagem ganhou uma relevância que certamente estava fora do planejamento inicial da produção. Isso porque Letícia Colin está brilhante como a primeira imperatriz do Brasil: ela é querida e engraçada e sua história cativa e emociona, sem contar no sotaque construído pela atriz, que é um dos pontos fortes de Leopoldina.

A princesa é tão querida que alguns boatos sugerem que os autores decidiram não contar o final trágico que Maria Leopoldina da Áustria enfrentou na vida real. Pelos relatos da história do Brasil, a esposa de Dom Pedro I morre de tristeza e desgosto, após ser deixada de lado pelo marido – que tinha muitos casos extraconjugais. Os spoilers sugerem que o último capítulo, previsto para ir ao ar em setembro de 2017, mostrará a coroação de Leopoldina como Imperatriz, logo após a Independência do Brasil.

Ingrid Guimarães, Vivianne Pasmanter e Guilherme Piva
Trio de humor formado por Ingrid Guimarães, Vivianne Pasmanter e Guilherme Piva é destaque na trama. Foto: Reprodução.

Outro núcleo que se destaca é o composto por Elvira (Ingrid Guimarães), Germana (Vivianne Pasmanter) e Licurgo (Guilherme Piva). A primeira é uma atriz portuguesa, atrapalhada e refinada, que separa o casal de mocinhos. Os outros dois personagens são um casal “sujinho” e atrapalhado que dirigem uma taberna. O humor do trio é um ingrediente poderoso usado para abordar todo tipo de assunto, fazendo uma grande crítica social da época.

Vivianne Pasmanter se transforma para viver Germana
Vivianne Pasmanter se transforma para viver Germana. Foto: Reprodução.

Irreconhecível na pele da personagem, cuja caracterização inclui dentadura, lentes de contato e muita maquiagem, Vivianne Pasmanter dá um show de interpretação. A atriz dá vida a uma mulher sem atrativos, com modos grosseiros, de visual um tanto rústico, feia e muito mal-educada. É, com certeza, um dos papeis mais brilhantes de sua carreira.

Guilherme Piva também está irreconhecível. O ator passa por um processo de maquiagem que deixa sua pele, seus dentes e o seu cabelo com aspecto de sujos e usa uma barriga falsa para interpretar o dono da Estalagem dos Portos. Ele dá vida a um sujeito que faz de tudo para se dar bem e tirar vantagem em cima dos outros, sendo capaz de servir pombo como sendo frango a passarinho. O personagem tem o objetivo de tirar sarro, e ser uma espécie de origem, do dito “jeitinho brasileiro”.

Outra dupla de atores que vem chamando a atenção são Jonas Bloch e Sheron Menezzes, que dão vida ao casal Wolfgang e Diara. Mesmo com menos tempo no ar que o elenco principal e longe de figurarem entre os protagonistas, a dupla encanta a cada nova aparição. São dois talentos que somam na produção e contribuem positivamente na luta contra o preconceito.

Semana passada, dia 13, foi ao ar uma das cenas mais bonitas da novela: chateada após ver um amigo ser assassinado, Diara resolveu deixar de lado as roupas comuns às mulheres brancas da época e adotar vestimentas africanas. Os escravos começam a cantar quando a personagem surge exibindo sua beleza negra. Feliz com a recepção, ela começa a dançar, com Wolfgang orgulhoso, aplaudindo-a. Não por acaso, a atriz estava visivelmente emocionada no momento em questão. Veja as cenas aqui: cena 1 e cena 2.

Sheron Menezzes emociona ao dançar com os escravos
Usando vestes africanas, personagem de Sheron Menezzes emociona ao dançar com os escravos. Foto: Reprodução.

Temos, ainda, o núcleo dos índios, que trazem à tona a pauta da questão da demarcação das terras indígenas, mas, devido à importância desse tema, o assunto merece um texto dedicado a ele, então, também falaremos sobre isso outro dia.

Sim, a trama peca na fidelidade aos fatos, mas convenhamos, é dramaturgia, e faz parte ter essa licença poética de brincar com a história. Os autores deixam claro que, antes de qualquer coisa, é uma produção ficcional. Cabe ao público saber separar e não confundir as coisas. Tem uma boa história, uma excelente produção, debate assuntos importantes e contemporâneos, é engraçada e possui um elenco incrível: motivos para assistir a Novo Mundo temos de sobra.

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