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Por que ‘Bebê a Bordo’ afasta o telespectador do Canal Viva?

'Bebê a Bordo', trama de Carlos Lombardi, é a primeira novela do Canal Viva a sofrer cortes que prejudicam seu entendimento.

porMatheus Urbano
13 de maio de 2018
em Televisão
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Por que 'Bebê a Bordo' afasta o telespectador do Canal Viva?

Imagem: Reprodução.

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Em 2010, quando a Globosat inaugurou o Canal Viva (que resgata as novelas e programas clássicos da Rede Globo, maior emissora do país e segunda maior emissora do mundo) a iniciativa foi muito comemorada. O fã saudosista de televisão agora poderia revisitar o passado sem depender dos vídeos de qualidade de VHS disponíveis no YouTube, matérias de poucos minutos no Video Show ou aguardar uma reprise com muitos cortes de sua novela preferida no Vale a Pena Ver de Novo.

Nesses oito anos de existência, novelas de grande sucesso como A Viagem, A Próxima Vítima, Pai Herói, Por Amor, Dancin’ Days, Mulheres de Areia, Rainha da Sucata e tantas outras ganharam uma reexibição. E tudo na íntegra. O respeito pela exibição original dos capítulos era tanto que, antes do Viva disponibilizar os seus sábados para as novelas, era comum uma novela ter seu último capítulo exibido numa terça ou quarta-feira.

Anos mais tarde, é a vez de Bebê a Bordo ganhar uma reapresentação. Escrita por Carlos Lombardi, a trama de 1988 conta a história de Tonico Ladeira (Tony Ramos), um marqueteiro político que, após ser demitido, é rendido por Ana (Isabela Garcia), uma enfermeira que acabava de roubar um banco. Em uma fuga de carro pelas ruas de São Paulo, Tonico se reveza entre motorista e parteiro, já que Ana entra em trabalho de parto, tudo isso enquanto aponta uma arma para ele. O bebê nasce e passa por quase todos os personagens da trama, numa divertida e anárquica “corrida do ouro” com a bebê Heleninha (Beatriz Bertu).

O respeito pela exibição original dos capítulos era tanto que, antes do Viva disponibilizar os seus sábados para as novelas, era comum uma novela ter seu último capítulo exibido numa terça ou quarta-feira.

Caso você esteja confuso, Ana é a protagonista da trama e Tonico é seu par romântico. Se logo na premissa há uma estranheza com o que esperamos de uma novela, o enredo pode ser encarado como “polêmico” (mesmo que com tons de comédia) pelas inúmeras discussões que levanta: os relacionamentos abertos de Rei e Rico (Guilherme Fontes e Guilherme Leme) com Sininho e Raio de Luar (Carla Marins e Silvia Buarque), respectivamente, o alcoolismo de Nero (Ary Fontoura), o casamento por interesse da grande antagonista Laura (Dina Sfat), papeis de gênero e possível homossexualidade de Mendonça (Débora Duarte), suicídio, liberdade sexual, feminismo e até sonhos eróticos e a sexualidade da mulher através de Ângela (Maria Zilda). Tudo isso pautado por um humor ácido.

É, no mínimo, curioso que uma novela feita há trinta anos tenha temas que pautem a sociedade até os dias de hoje. E esse é o grande cerne do problema: se Bebê a Bordo é tão atual, por que há uma rejeição tão grande que motivou o Viva a romper sua política e condensar três capítulos originais em um apenas? E por que os outros dois cartazes (Explode Coração e Sinhá Moça) saíram ilesos? Talvez a resposta esteja nas tramas atuais.

Quando confrontamos Bebê a Bordo com O Outro Lado do Paraíso (novela das nove da Rede Globo encerrada na última sexta-feira, fenômeno de audiência), a diferença é gritante. Parece que hoje, o público está muito mais condicionado ao escapismo do que a discutir seu cotidiano através da sátira. Se havia alguma dúvida, agora é oficial: o Brasil encaretou.

Coincidência ou não, assim que o Viva anunciou os cortes em Bebê a Bordo, as reprises de Brega & Chique (1987) e Roda de Fogo (1986) foram canceladas. O cancelamento repentino se torna ainda mais curioso quando paramos para pensar que as duas novelas apresentam nudez masculina já na abertura e tramas que envolvem iniciação sexual, poligamia, dentre outras coisas. No lugar, A Indomada (1997) e o clássico Vale Tudo (1988) estão escalados. Nessas, protagonistas são muito bem limitados como “mocinhos” ou “vilões” e a polêmica até existe, mas não é tão exacerbada.

Mas se abriu um grande precedente: e agora? A lógica da TV aberta chegou pra ficar no Canal Viva? Tramas mais controversas ou com algum grau de erotismo estão definitivamente limadas do canal? O que acontecerá daqui pra frente só o tempo dirá, mas que a emissora perde um pouco do seu brilho com essa estranha decisão, é inegável.

Tags: Ary FontouraBEBÊ A BORDOCanal VivaCarla MarinsCarlos LombardiCrítica TelevisivaDébora DuarteDina SfatGuilherme FontesGuilherme LemeIsabela GarciaMaria ZildaRede GloboSilvia BuarqueTony RamosTV

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