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Poucas coisas salvam ‘American Horror Story: Hotel’

'American Horror Story: Hotel' desperdiça boas ideias e personagens em mais uma fraca temporada.

porRodrigo Lorenzi
2 de fevereiro de 2016
em Televisão
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Poucas coisas salvam 'American Horror Story: Hotel'

Imagem: Reprodução.

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Em outubro do ano passado, escrevi minhas primeiras impressões sobre a estreia da quinta temporada de American Horror Story. Na ocasião, tive a sensação de que os roteiristas estavam colocando a série nos trilhos, investindo mais no que fez dela um sucesso – as bizarrices, a violência e um roteiro, de certa forma, inteligente – e menos em dramas que não eram construídos de forma coesa, desperdiçando boas ideias em plots mal desenvolvidos. Depois das criticadas Coven e Freak Show, a antologia de Ryan Murphy e Brad Falchuk precisava de um fôlego, algo que remetesse à elogiadíssima Asylum.  O desafio era grande, já que Hotel seria a primeira temporada sem a excelente Jessica Lange. A entrada de Lady Gaga como protagonista gerou um burburinho, mas após os primeiros episódios, infelizmente, a constatação é de que American Horror Story já cumpriu seu papel na televisão e pode descansar em paz.

Verdade seja dita, a temporada teve, sim, acertos que a fizeram interessante até certo ponto. O hotel, criado pelo designer Mark Worthington, era assustador, repleto de “homenagens” a filmes famosos, como O Iluminado, inclusive com enquadramentos que lembravam muito o filme de Stanley Kubrick. A ambientação, o figurino e a trilha sonora conseguiram deixar a temporada sombria, um clima de solidão e desespero dentro que funcionava muito bem com o enredo dos personagens.

Mais uma vez, as atuações foram o destaque. Sarah Paulson entregou uma dramática e desesperada Sally, ainda que tenha perdido a força no desfecho da temporada. Mare Winningham brilhou nas poucas cenas em que aparecia. Kathy Bates conseguiu mais destaque em alguns episódios e a participação da fabulosa Lily Rabe é digna de indicação a prêmios. Mas nada foi tão marcante quanto o impressionante Denis O’Hare e sua Liz Taylor. O ator roubava a cena e foi, de longe, a personagem mais interessante da trama. Todos esses acertos, porém, apenas evidenciam como produtores e roteiristas não fazem a menor ideia do que estão fazendo, já que desperdiçam atores e histórias entre um episódio e outro.

A verdade é que Ryan Murphy parece não ter mais ideia do que fazer com sua própria criação.

Além do hotel e seus mistérios, havia uma trama paralela sobre um assassino que praticava seus crimes baseado nos Dez Mandamentos. O plot – um enredo que parecia querer ser tão impactante quando Seven, longa de 1995 – não combinava com o resto da temporada, assim como a sonolenta e mediana atuação de Wes Bentley, que tomou intermináveis horas da temporada com uma história bastante morna e que, no final, não importava mais. E ainda que a atuação de Lady Gaga tenha sido eficiente (afinal, deve ter sido fácil interpretar ela mesma), sua história não tinha nada de impactante, restringindo-se a tramas que envolviam sexo, banho de sangue e um drama raso. Ela até consegue um certo destaque em seu ápice, mas logo depois some e não faz falta alguma, lembrando que Gaga, teoricamente, era a protagonista. E nem vamos falar sobre sua vitória no Globo de Ouro como melhor atriz em minissérie.

A verdade é que Ryan Murphy parece não ter mais ideia do que fazer com sua própria criação. Na ânsia de apresentar uma série horrenda, violenta e surpreendente, ele se perde em reviravoltas que, cada vez menos, surpreendem. Poucos personagens se desenvolvem de forma eficiente, são mal aproveitados e somem com a mesma rapidez com que aparecem, ainda que tenham enorme complexidade. Assim, a série perde um grande potencial, já que é dona de um elenco invejável e de ideias fantásticas. Alguns personagens das temporadas antigas entram em cena, por exemplo, apenas para criar uma falsa conexão entre as histórias, como se os produtores e roteiristas sempre tivessem pensado nisso. Porém, a resolução é preguiçosa, evidenciando uma falta de cuidado palpável com suas criações. E o que falar das crianças, que pareciam desempenhar um papel crucial na temporada, mas que apenas preencheram histórias que podiam muito bem não estar ali. E o demônio estuprador que vivia pelo hotel e nem aos menos foi apresentado ou explicado? O que aconteceu com o filho da Condessa?

Ainda assim, há um mistério que envolve American Horror Story. Depois de três temporadas que mostram a clara decadência da antologia, os fãs ainda cobram uma temporada tão boa quanto foi Asylum. Ryan Murphy, então, consegue pegar um tema maravilhoso todo ano, mas exagera (algo rotineiro nas suas criações) e acaba jogando fora algo que poderia ser memorável. Infelizmente, o fim de Hotel não lembra nem o começo promissor da temporada nem os bons tempos da série, virando quase como uma versão um pouco pesadinha de Gasparzinho – O Fantasminha Camarada. A série, entretanto, foi renovada para uma sexta temporada. Já a esperança do público, ainda não se sabe.

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