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‘Jogo da Corrupção’ narra ascensão e queda de João Havelange

Recheada de elementos do realismo fantástico, série ‘Jogo da Corrupção’ conta a trajetória tortuosa de João Havelange no futebol, recorrendo até mesmo ao deboche.

porAlejandro Mercado
3 de maio de 2023
em Televisão
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‘Jogo da Corrupção’ narra ascensão e queda de João Havelange

João Havelange tem sua ascensão e queda contada na série da Prime Video. Imagem: Amazon Studios/Divulgação.

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“É uma piada, certo?”. A presunção acerca de Jogo da Corrupção, série original da Prime Video, segunda temporada da antologia El Presidente, não chega a ser um absurdo de todo. O surreal e o fantástico permeiam a série do vencedor do Oscar de roteiro original por Birdman, Armando Bó.

Criada para contar diferentes elementos sobre o Fifagate, investigação que veio a público em 2015, revelando o lamaçal de corrupção entranhado nas federações de futebol, incluindo a Fifa, a série encanta pelo tom debochado que escorre do roteiro.

Ainda que a primeira temporada seja mais obscura e, especialmente no Brasil, tenha ficado perdida no catálogo do streaming da Amazon, parte importante dos elementos retorna neste novo “capítulo”, a começar por seu protagonista. Porém, duas mudanças são fundamentais aqui: ele assume o papel de narrador e decide, ponto crucial, pela quebra da quarta parede.

https://www.youtube.com/watch?v=hfOg3ZRiDi0&pp=ygUcam9nbyBkYSBjb3JydXDDp8OjbyB0cmFpbGVyIA%3D%3D

O protagonista desta segunda temporada é o brasileiro João Havelange, que de atleta mediano de polo escalou pela antiga CBD até o posto de presidente da Fifa.

O ator colombiano Andrés Parra vive Sergio Jadue, ex-presidente da federação de futebol do Chile e antigo vice-presidente da Conmebol, a confederação sul-americana do esporte. A temporada inaugural mostra como Jadue ganhou e perdeu poder, posteriormente sendo o responsável pela delação premiada que escancarou o submundo do futebol.

Em Jogo da Corrupção, Parra retorna como narrador da série, dialogando com o espectador e, volta e meia, interferindo na narrativa, pontuando as escolhas de roteiro e deixando clara suas motivações (como o risco de processos, ou a imprecisão de certas informações).

O protagonista desta segunda temporada é o brasileiro João Havelange, que de atleta mediano de polo escalou pela antiga CBD até o posto de presidente da Fifa. Como se sabe hoje, Havelange esteve envolvido em inúmeros escândalos ao longo dos anos, e Jogo da Corrupção faz questão de mostrar o lado ambicioso do homem que tornou o futebol o maior esporte do mundo.

Para o papel foi escalado o ator português Albano Jerónimo, que é exímio em compor esse personagem tão idiossincrático do futebol brasileiro: determinado, ambicioso, machista, corrupto, talentoso e avesso às ideologias.

‘Jogo da Corrupção’ narra ascensão e queda de João Havelange
Ao longo de 24 anos, Havelange comandou a Fifa. Imagem: Amazon Studios/Divulgação.

Não à toa, João Havelange constrói sua imagem e ascende no esporte bretão durante a ditadura, mantendo forte relação com os militares, incluindo os da Argentina. A intenção dos ditadores de nossos vizinhos de melhorar a imagem do país, afundado em inúmeros crimes contra os direitos humanos, realizando a Copa do Mundo de 1978 é narrada sem papas na língua.

Há na trama a história paralela de Anna Maria, a esposa de Havelange, interpretada brilhantemente por Maria Fernanda Cândido. Em determinado momento, ela passa a ser identificada como Isabel, e as histórias de personagem e retratado se separam por completo.

Isabel é uma espécie de antítese da esposa de Havelange, ainda que alguns elementos possam fazer, verdadeiramente, parte da narrativa. Escanteada pelo marido, ela se envolve com o bicheiro Castor de Andrade (Eduardo Moscovis), que na vida real teve íntima relação com o dirigente máximo do futebol, e entra na luta por direitos para as mulheres (em especial, ao divórcio).

Além da proximidade óbvia com um personagem ambíguo para o Brasil, Jogo da Corrupção é atraente pela forma totalmente latina de contar histórias. O realismo fantástico dá as cartas em todo o roteiro, conduzido com astúcia nesta temporada pelos argentinos Mariana Levy e Nicolás Diodovich. É latinidade pura, sem nenhum compromisso com o rigor das séries documentais, mas com a excelência com que se vê a arte no sul global.

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Tags: Albano JerónimoAndrés ParraEduardo MoscovisEl PresidenteJoão HavelangeJogo da CorrupçãoMaria Fernanda CândidoO PresidentePrime VideoResenhaSeriadoSérieTV Review

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