A série antológica da Amazon Prime Video Modern Love ganhou o coração de muita gente, especialmente durante a pandemia. Lançado em 2018, o seriado reacendeu a chama dos dramas românticos, de forma leve, breve e empática. Além disso, a primeira temporada teve um elenco muito atrativo, com nomes como Anne Hathaway, Dev Patel e Tina Fey. Ou seja, as expectativas para a segunda temporada eram grandes.
Os oito novos episódios chegaram à plataforma no dia 13 de agosto e já foi possível perceber pelos trailers que o crivo para os atores continua alto. O elenco da vez incluiu nomes como Kit Harington (Game of Thrones), Zoë Chao (Love Life), Tobias Menzies (The Crown) e muitos outros.
A série perdeu um pouco daquela sua faísca original. Os novos episódios são sim bonitos e interessantes, mas não despertam a emoção que capítulos da primeira temporada
Modern Love volta com muita diversidade e quebra de expectativa de finais felizes (afinal, são histórias de uma coluna real do New York Times). Histórias envolvendo personagens LGBTQIA+, jovens, idosos, separações e reaproximações estão presentes nessa segunda temporada.
Porém, a série perdeu um pouco daquela sua faísca original. Os novos episódios são sim bonitos e interessantes, mas não despertam a emoção que capítulos da primeira temporada – como “Me Aceita como Eu Sou, Quem Quer Que Eu Seja”, em que Anne Hathaway vive brilhantemente uma mulher com bipolaridade, e “Quando o Porteiro É Seu Melhor Homem”, sobre a relação fraternal de uma jovem com seu porteiro – fizeram.
Boa parte da experiência de assistir à segunda temporada de Modern Love foi esperar por “aquele episódio” impactante. No fim, não houve nenhum. Essa nova leva explorou em excesso situações românticas, e faltou espaço para outros tipos de amor, como o fraternal e, por que não, o amor próprio.
Mesmo que tenha perdido um pouco do seu brilho nesse novo ano, vale a pena destacar dois episódios que saem do círculo de Nova York e exploram diferentes enredos para se falar de amor: “Em Uma Estrada Sinuosa, Com A Capota Aberta” e “Estranhos Em Um Trem (de Dublin)”.
O primeiro é com certeza o mais emocionante e surpreendente, mostrando a relação de uma mulher com seu carro, que tem um simbolismo muito maior do que imaginamos. Já o outro, revela um amor em tempos de pandemia e como achávamos que em algumas semanas tudo iria passar.
Com seus erros e acertos, Modern Love tem muito material para explorar e continua a ter boas histórias. Basta escolher a melhor forma de contá-las.