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Nem Toni Collette salva ‘Ninguém Pode Saber’

Série original Netflix, 'Ninguém Pode Saber' se perde com roteiro frágil, arrastado e repleto de pontas soltas. Chama a atenção a baixa qualidade das atuações.

porAlejandro Mercado
29 de abril de 2022
em Televisão
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Nem Toni Collette salva 'Ninguém Pode Saber'

'Ninguém Pode Saber' é adaptação de thriller publicado pela HarperCollins. Toni Collette é Laura Oliver, Bella Heathcote é Andy Oliver. Imagem: Mark Rogers/Netflix.

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A cena que abre Ninguém Pode Saber, novo seriado de suspense da Netflix, deixa o espectador sem ar. Contudo, a obra baseada no livro homônimo, publicado no Brasil pela HarperCollins em 2019, é uma aventura cansativa e monótona.

Chama a atenção que a adaptação do trabalho de Karin Slaughter, autora best-seller com quase 40 milhões de livros vendidos, pareça tão preguiçosa, obrigando o elenco a trabalhar com um texto frágil. Nem a brilhante Toni Collette consegue tirar leite de pedra.

A série acompanha Laura (Collette) e Andy (Bella Heathcote), mãe e filha, cuja relação se apresenta relativamente problemática. Andy voltou para a pequena cidade em que a mãe reside, mas parece distante e infeliz com isso.

A entrada de um atirador no restaurante em que estão comemorando o aniversário de Andy mexe com as estruturas da relação entre mãe e filha, bem como com a vida pacata que a própria Laura parece viver.

Ao salvar as pessoas no restaurante e matar o atirador, a exposição midiática coloca em perigo as vidas da mãe e da filha, revelando uma teia de segredos que abalam a relação parental.

O texto adaptado é frágil, resvala em críticas infantis sobre conceitos ideológicos, numa tentativa estúpida de associar terrorismo e crime com um espectro político.

A partir daqui, Ninguém Pode Saber é ladeira abaixo. O texto adaptado é frágil, resvala em críticas infantis sobre conceitos ideológicos, numa tentativa estúpida de associar terrorismo e crime com um espectro político, sobrando até mesmo para os Democratas.

A atuação de Bella Heathcote é particularmente caricata, enquanto outros personagens se assemelham aos piores telefilmes de suspense. Como Toni Collette não está em cena o tempo todo, ela não é capaz de salvar o espectador. A montagem, que transita entre flashbacks e o presente, deixa a série confusa e pouco ágil.

Não fica claro se é a direção de Minkie Spiro (Downton Abbey) quem peca e acelera a trama, mas as inúmeras pontas soltas certamente são responsabilidade do trabalho falho de adaptação de uma autora tão celebrada por seus thrillers.

Sair de um seriado com a sensação de que pouco da obra resta é triste, porque fica evidente que nem o livro e o público foram respeitados. Pior, é muito explícito que Ninguém Pode Saber caberia em episódios menores ou uma temporada com menos capítulos.

Não cabe a essa crítica dizer o que o leitor deve ou não fazer, até porque a relação com uma obra cultural carrega em si um pouco de subjetividade. Contudo, não posso furtar em avisar que o título não faz jus a obra da qual empresta a trama.

Além de ‘Ninguém Pode Saber’, Karin Slaughter terá mais adaptações

Particularmente, fica a curiosidade de saber o que será de outras obras de Karin Slaughter que estão em processo de adaptação para a televisão.

A série de livros The Will Trent, publicada no Brasil pela editora Record, recebeu encomenda de produção pela ABC. O comando do programa é da dupla Liz Heldens (Friday Night Lights) e Dan Thomsen (Westworld)[1].

Diferente de Ninguém Pode Saber, a série possui muitos livros, o que, em tese, levanta a possibilidade de um trabalho a longo prazo. Tudo dependerá, é claro, da aceitação do público – e da crítica, por que não?
–
[1] Variety

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