• Sobre
  • Apoie
  • Política de Privacidade
  • Contato
Escotilha
Sem Resultados
Veja Todos Resultados
  • Reportagem
  • Política
  • Cinema
  • Televisão
  • Literatura
  • Música
  • Teatro
  • Artes Visuais
  • Reportagem
  • Política
  • Cinema
  • Televisão
  • Literatura
  • Música
  • Teatro
  • Artes Visuais
Escotilha
Home Televisão

‘Pose’ aborda o universo LGBTQ+ em uma das séries mais representativas do ano

Com o maior elenco transgênero da TV, 'Pose' retrata a cultura ball em uma série feita para entender o presente.

porRodrigo Lorenzi
21 de agosto de 2018
em Televisão
A A
'Pose' aborda o universo LGBTQ+ em uma das séries mais representativas do ano

Imagem: Reprodução.

Envie pelo WhatsAppCompartilhe no LinkedInCompartilhe no FacebookCompartilhe no Twitter

Ryan Murphy se tornou o maior gênio por trás das produções norte-americanas, mas mesmo tendo em seu currículo séries aclamadas por um tempo, como Nip/Tuck, Glee e American Horror Story, o roteirista e produtor se firmou mesmo como o queridinho da crítica com American Crime Story: The People vs. O.J. Simpson eThe Normal Heart, telefilme da HBO que abordou o início da epidemia da AIDS.

O sucesso foi tanto que ele acabou fechando um acordo milionário com a Netflix e passará a produzir conteúdo exclusivamente para a plataforma, abandonando, por enquanto, sua longa trajetória em canais abertos e fechados (as séries em andamento vão continuar). Antes disso, porém, ele fez mais uma pequena pérola para seu currículo. Pose, do FX, é um presente para o público LGBTQ+, mas faz mais. Com o maior elenco transgênero da história da televisão, Pose também vai reverter toda a sua renda para a comunidade, financiando projetos de educação e saúde, como combate ao HIV. Representatividade de verdade.

Pose se passa no finalzinho dos anos 1988 e, tal como o documentário Paris Is Burning, segue a comunidade LGBT+ com foco na cultural ball. As balls  eram competições feitas em discotecas, geralmente organizadas por drag queens. Nessas competições, as candidatas caminham pelo salão desfilando looks que precisam ter a ver com o tema escolhido na noite. É igual RuPaul’s Drag Race, mas se o reality foca mais na competição, Pose mergulha no histórico e na importância desses bailes até hoje.

O resultado é uma série catártica que exige empatia do público.

A maioria dos participantes das balls fazia parte de “casas”, lideradas por “mães”, que forneciam não apenas um teto, mas proteção e educação. Marginalizados pela sociedade e pelos próprios pais, que geralmente os expulsava após descobrirem que eram gays, essas pessoas encontravam na comunidade o amor que precisavam. As balls eram uma forma de resistência.

É nesse universo que Ryan Murphy, Brad Falchuk e Steven Canals, os criadores da série, passeiam em seus oito episódios. Embora pesem a mão no melodrama e nos diálogos expositivos, tudo na série funciona. É quase como um alento para um público que ainda está longe, bem longe de viver no arco-íris. Extremamente coerente em sua trajetória na tevê, Ryan Murphy parece reunir em Pose tudo o que aprendeu em suas outras produções focadas no público LGBTQ+.

O resultado é uma série catártica que exige empatia do público. Todos os personagens soam reais, inspiradores e comprometidos com seus papéis. Blanca Evangelista (Mj Rodriguez), personagem que decide abandonar sua “casa” para fundar seu próprio nome e seus próprios “filhos”, emociona cada vez  que aparece em cena. Com um olhar doce e ao mesmo tempo sofrido, Blanca é a personificação de tudo aquilo que alguém marginalizado sonha: proteção.

Tal como The Normal Heart, que considero sua obra-prima, Ryan Murphy conta o passado para entender o presente. Sempre com um viés político e diálogos pertinentes, Murphy consegue até mesmo inserir Donald Trump na história, quando este ainda era apenas um empresário poderoso. A série faz um panorama interessante entre o mundo classe média branca dos EUA com a cena underground. A série ainda brilha ao mostrar o drama do HIV em uma época tão cruel, quando pessoas eram praticamente jogadas no cemitério ao receber o diagnóstico.

Sem medo de soar novelesca, Pose fala sobre representatividade. Essa palavra, que às vezes fica somente no campo da morfologia, ganha força não somente pelos profissionais que fazem a série, mas pela celebração de uma cultura que merece ser relembrada sempre. E lembrar, cada vez mais, parece ser o único exercício possível para não cometermos os mesmos erros.

Tags: Ballball cultureBrad Falchukcultura ballFXLGBTLGBTQparis is burningPoseprimeira temporada PoseResenhaRuPaul's Drag RaceRyan Murphysérie PoseSteven CanalsTV Review

VEJA TAMBÉM

Série chegou ao fim após 3 temporadas, mas deixou possibilidade de spin-off. Imagem: Netflix / Divulgação.
Televisão

‘Round 6’ termina em sacrifício, dor e silêncio

4 de julho de 2025
Michelle Williams e Jenny Slate estão impecáveis em 'Morrendo Por Sexo'. Imagem: 20th Television / Divulgação.
Televisão

‘Morrendo Por Sexo’ acerta na sua abordagem franca da sexualidade das mulheres

3 de julho de 2025

FIQUE POR DENTRO

'O Amigo' foi o primeiro romance de Sigrid Nunez publicado no Brasil. Imagem: Marion Ettlinger / Divulgação.

Em ‘O Amigo’, Sigrid Nunez conecta as dores do luto e do fazer literário

10 de julho de 2025
Michael Cunningham tornou a publicar após anos sem novos livros. Imagem: Richard Phibbs / Reprodução.

Michael Cunningham e a beleza do que sobra

8 de julho de 2025
Roteiro de Joseph Minion foi sua tese na universidade. Imagem: The Geffen Company / Divulgação.

‘Depois de Horas’: o filme “estranho” na filmografia de Martin Scorsese

8 de julho de 2025
O escritor estadunidense Kurt Vonnegut. Imagem: Matthias Rietschel / AP Photo / Reprodução.

‘Um Homem Sem Pátria’: o provocador livro de memórias de Kurt Vonnegut

7 de julho de 2025
Instagram Twitter Facebook YouTube TikTok
Escotilha

  • Sobre
  • Apoie
  • Política de Privacidade
  • Contato
  • Agenda
  • Artes Visuais
  • Colunas
  • Cinema
  • Entrevistas
  • Literatura
  • Crônicas
  • Música
  • Teatro
  • Política
  • Reportagem
  • Televisão

© 2015-2023 Escotilha - Cultura, diálogo e informação.

Sem Resultados
Veja Todos Resultados
  • Reportagem
  • Política
  • Cinema
  • Televisão
  • Literatura
  • Música
  • Teatro
  • Artes Visuais
  • Sobre a Escotilha
  • Contato

© 2015-2023 Escotilha - Cultura, diálogo e informação.