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‘The Wild Wild West’ une premissa inovadora para sua época com grande elenco

Uma junção de duas modas televisivas dos anos 60, 'The Wild Wild West' mistura faroeste com espionagem sem perder o auto-respeito.

porDavid Ehrlich
27 de agosto de 2018
em Televisão
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'The Wild Wild West' une premissa inovadora para sua época com grande elenco

Imagem: Reprodução.

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Embora até agora tenha escrito apenas sobre animações, vamos falar esta semana sobre uma série live-action para variar. Mais especificamente, sobre uma das séries mais fascinantes que de fato acompanhei. Mas para explicar o porquê de ela ser tão fascinante, vamos para uma pequena aula de história.

O ano é 1965. A televisão americana até poucos anos antes era dominada por séries de faroeste. Quando a franquia 007 tornou-se uma febre mundial, porém, a televisão não poderia escapar dela, e logo a programação de todos os canais passou por um boom de seriados de agentes secretos: Os Vingadores, Missão Impossível, A Lei de Burke, O Agente da U.N.C.L.E., Os Destemidos… Todas elas com diferentes níveis de qualidade narrativa, técnica e originalidade. Foi então que o produtor Michael Garrison teve a ideia de dar um novo sopro de vida ao faroeste. Como? Misturando-o descaradamente com o gênero de agentes secretos! E assim nasceu The Wild Wild West, também conhecido no Brasil como James West.

O conceito é tão excêntrico e diferente de tudo feito antes que é difícil não achá-lo, no mínimo, divertido: uma versão steampunk de James Bond, inspirada nas obras de Júlio Verne e H. G. Wells e ambientada durante a presidência de Ulysses Grant (1869-77), girando em torno de dois espiões do Serviço Secreto americano, o forte galã James “Jim” West (sim, é assim óbvio), interpretado por Robert Conrad; e seu parceiro, o mestre dos disfarces Artemis “Artie” Gordon, interpretado por Ross Martin.

Viajando pelos EUA a bordo de seu trem particular, o Wanderer, os dois resolvem um mistério novo a cada episódio, que começa aparentemente normal para uma trama de faroeste, envolvendo índios, cowboys e tudo o mais, até que, em uma reviravolta, algum vilão megalomaníaco é revelado, geralmente após os heróis serem capturados em alguma armadilha elaborada, e o qual eles conseguem derrotar graças a uma variedade de dispositivos igualmente elaborados, algum disfarce de Artie e algumas das melhores acrobacias de sua época (quase sempre feitas pelos próprios atores!).

Esse é um daqueles casos de uma produção que entrega exatamente o que promete, por mais absurdo que soe.

É um mundo bizarro, com cenários extravagantes, ricamente decorados e coloridos (principalmente a partir da segunda temporada, quando a série passou a ser produzida em cores), onde viagens no tempo, mansões mal-assombradas e dispositivos capazes de aprisionar pessoas dentro de quadros soam quase corriqueiros, e habitado por vilões que podem variar desde sociedades secretas revolucionárias e políticos golpistas até cientistas malucos, pessoas com poderes sobrenaturais e outros personagens que mais parecem saídos de quadrinhos de super-heróis. Ah, e não podemos esquecer o inesgotável elenco de belas e destemidas “Westgirls” com as quais Jim se envolve romanticamente a cada episódio.

The Wild Wild West foi sem dúvida uma das séries mais imaginativas de seu tempo, misturando faroeste com ficção científica, ação com comédia. A identidade visual e sonora da série também é marcante, com a abertura animada em estilo de história em quadrinhos, as pausas comerciais feitas de compilações de frames do episódio, e os diferentes e sempre grandiosos temas da trilha sonora.

Mas sem dúvida a série não seria a mesma se não fosse pelo seu maravilhosamente talentoso elenco, principalmente a inabalável química entre Conrad e Martin. Conrad interpreta Jim como um dos espiões mais legais de sua época, e Martin… Bem, Martin deve ter se sentido no paraíso como o “Homem de Mil Rostos” que é Artemis Gordon, destacando-se a cada episódio com um figurino novo, uma maquiagem nova, um sotaque novo… Praticamente um personagem diferente por semana, que ator não gostaria disso?

Mas não é apenas Conrad e Martin: Os atores convidados são muitas vezes da elite de sua época, como Sammy Davis Jr. e Agnes Moorehead (que inclusive ganhou um Emmy pelo seu papel em um dos episódios), sem falar nos mais recorrentes, como Victor Buono, que interpreta um dos vilões, o mágico Conde Manzeppi; e, principalmente, Michael Dunn, um dos maiores atores anões de todos os tempos (fãs de Star Trek talvez se lembrem dele do episódio “Plato’s Stepchildren”), que destila todo o seu talento como o arqui-inimigo de Jim e Artie, o Dr. Miguelito Loveless (sim, esse é o nome dele, mas uma vez que Dunn começa a falar não há quem se importe com isso).

Olhando a série agora em retrospectiva, esse é um daqueles casos de uma produção que entrega exatamente o que promete, por mais absurdo que soe, e sempre bem atuada, bem produzida e empolgante, dando o devido respeito a si própria. E para aqueles que estavam até agora esperando por isso, acho que este é o momento de dizer: ao contrário de sua adaptação para filme de 1999, estrelando Will Smith e Kevin Kline (que não possuem nada da química de Conrad e Martin), que ficou infamemente conhecida como o maior arrependimento da carreira de Smith. Pronto, satisfeitos?

Tags: 007espiãofaroeste televisivoJames "Jim" WestMichael GarrisonResenhaReviewRobert ConradRoss MartinSeriadosSérieSériesséries de agentes secretossteampunkThe Wild Wild WestTV Review

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