A Netflix lançou, em novembro, a segunda temporada de sua série original The Sinner. Os primeiros episódios, estrelados por Jessica Biel, que também é produtora executiva da história, mostraram um caso um tanto quanto perturbador de assassinato (leia nossa crítica aqui), que deixou o cérebro e o estômago de muitos espectadores revirados.
Inicialmente, o motivo não ficava claro, mas com o passar da série descobrimos questões que vão muito além do que se pode imaginar, trazendo situações de deixar qualquer um boquiaberto e, também, até sentir um pouco de empatia pela criminosa.
Com base nesta mesma premissa, a segunda temporada chegou prometendo causar tanto impacto quanto o início da trama. Tudo começa quando um garoto de 11 anos é acusado de assassinar um casal, supostamente seus pais, e o detetive Harry Ambrose (Bill Pullman), também estrela da primeira temporada, é convencido a investigar o caso.
A criança é Julian, interpretado por Elisha Henig, que estava em uma viagem de férias para as Cataratas do Niágara, no Canadá. Ao pararem em um hotel na beira de estrada, o casal morre envenenado, transformando a criança no principal suspeito.
A continuação da série é tão impactante quanto a primeira, mas o que deixa a história mais perturbadora é a possibilidade de existir uma criança assassina.
Assim como toda série ou filme sobre crimes, vamos criando suposições do que realmente aconteceu, mas, em The Sinner, fica um pouco mais complicado de acertar uma aposta. Este caso é solucionado trazendo memórias de personagens envolvidos com quem está investigando o crime e moradores da cidade, mas só revelando esses detalhes ao final, então há grandes chances de que aquele que você simpatiza não dar tantos motivos para isso.
Um detalhe que me chamou a atenção nesta temporada é a existência de uma comunidade de cultos estranhos, como mostra o caso real da série documental Wild Wild Country, deixando o espectador sem saber se eles são os vilões ou mocinhos da história.
A continuação da série é tão impactante quanto a primeira, mas o que deixa a história mais perturbadora é a possibilidade de existir uma criança assassina. Se ela realmente fez isso, o que a motivou? Seriam motivos válidos para tal crime? Ela deve ser julgada como um adulto ou como uma criança, visto que as leis de maioridade penal são bastante diferentes das que conhecemos aqui no Brasil?
Tudo isso é que Ambrose precisará desvendar no decorrer da série, contando com a participação de amigos de infância, colegas de trabalho e a sombra da sua vida pessoal, que nunca deixa de atormentar sua vida.
A primeira e a segunda temporada de The Sinner estão disponíveis na Netflix. Com 16 episódios no total, cada temporada conta uma história.