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‘Sete minutos depois da meia-noite’: sobre perder aqueles que amamos

'Sete Minutos Depois da Meia-Noite' toca o espectador com uma história humana e profunda sobre perda e imaginação.

porEder Alex
7 de julho de 2017
em Cinema
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Sete Minutos Depois da Meia-Noite

Imagem: Divulgação.

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O longa-metragem Sete Minutos Depois da Meia-Noite, dirigido por Juan Antonio Bayona, baseado no livro escrito por Patrick Ness, lembra um pouco o cinema de Steven Spielberg (na boa fase lá dos anos 80), só que numa pegada mais sombria e bem menos otimista. Ecos do belíssimo O Gigante de Ferro também surgem aqui e ali. O tom delicado e poético é praticamente o mesmo, principalmente naquilo que evidencia a fragilidade da criança diante um ser gigantesco, mas Sete Minutos Depois da Meia-Noite não é um filme sobre amizade.

O elenco conta com algumas estrelas como Liam Neeson, Felicity Jones e Sigourney Weaver, mas é o pequeno Lewis MacDougall que se destaca. Ele consegue dar uma profundidade impressionante à melancolia do protagonista. A história é sobre um garotinho (MacDougall) que tenta lidar com o fato de que sua mãe está morrendo de câncer e precisa encontrar um caminho para lidar com isso em sua própria imaginação, já que a realidade é toda feita de quartos mal iluminados, remédios, um pai ausente e colegas de escola violentos.

O interessante é que aqui a imaginação não funciona meramente como uma fuga, muito pelo contrário, ela serve como uma medida de enfrentamento, uma maneira possível de encarar uma realidade demolidora. A sua imaginação não é um filtro, é uma lupa que aponta para o seu interior.

O elenco conta com algumas estrelas como Liam Neeson, Felicity Jones e Sigourney Weaver, mas é o pequeno Lewis MacDougall que se destaca.

O garoto passa a ser visitado por um monstro em forma de árvore gigante que quer lhe contar três histórias e ouvir uma verdade. Essas três histórias são simplesmente brilhantes, não só pela arte belíssima (as duas primeiras são contadas em forma de animação), mas pelo conteúdo que foge da obviedade e das respostas fáceis.

Mas a bruxa não era má? O príncipe não tinha que ser o herói?

Sim.

E não.

O mundo pode ser bem complicado mesmo nas histórias infantis, pois até mesmo ali o maniqueísmo perde o seu espaço. Esse negócio de enxergar as coisas de forma binária é coisa de adulto.

E aí temos a verdade.

É bem difícil não se sentir completamente devastado. Você até tenta lembrar que está apenas assistindo a um filme infantil, mas já é tarde. Há filmes que falam ao peito do espectador pela sua plasticidade, pela sua música, pelas suas atuações excelentes, seu roteiro bem escrito, etc. Sete Minutos Depois da Meia-Noite faz tudo isso, mas ele comove de fato por ser essencialmente humano (mesmo sendo sobre uma árvore gigante que fala).

Não é uma sacadinha de roteiro, sabe? É um olhar repleto de compaixão, de compreensão profunda a respeito da matéria da vida. Trata-se de algo bem mais honesto e tocante do que algum recurso meramente artificial.

Nada é simples de se explicar quando perdemos aqueles que amamos, já que nem tudo cabe na palavra “vazio”. Tal como o personagem, sabíamos o que aquele final ia acontecer, é claro. Mas saber não é o mesmo que estar preparado.

Só não chora quem tem um repolho enorme no lugar do coração.

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Tags: amadurecimentoCinemaCrítica de CinemaFelicity JonesinfânciaJuan Antonio Bayonaliam neesonlutomorteNetflixSete Mitos Depois da Meia-NoiteSigourney Weaver

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