• Sobre
  • Apoie
  • Política de Privacidade
  • Contato
Escotilha
Sem Resultados
Veja Todos Resultados
  • Reportagem
  • Política
  • Cinema
  • Televisão
  • Literatura
  • Música
  • Teatro
  • Artes Visuais
  • Reportagem
  • Política
  • Cinema
  • Televisão
  • Literatura
  • Música
  • Teatro
  • Artes Visuais
Escotilha
Home Música

Novo disco de Willow é o trabalho que há tempos esperávamos dela

porRenan Guerra
6 de novembro de 2017
em Música
A A
'The 1st', de Willow

Foto de capa de 'The 1st', de Willow. Foto: Reprodução.

Envie pelo WhatsAppCompartilhe no LinkedInCompartilhe no FacebookCompartilhe no Twitter

Willow acaba de completar 17 anos, mas mesmo assim já a acompanhamos há bastante tempo. A filha dos astros Will Smith e Jada Pinkett Smith ainda é conhecida por muitos pelo seu hit pop “Whip My Hair”, que ela lançou aos 10 anos. Porém, nesses sete anos ela já mostrou diferentes facetas e nos surpreende mais uma vez com seu segundo e ótimo disco, The 1st.

Depois de seu sucesso bate-cabelo, Willow lançou coisas bem distintas: a intensa “Fireball”, ao lado de Nicki Minaj; a balada triste “I Am Me”; o ótimo EP 3, que tem um musicão ao lado da SZA; o ótimo single “F Q-C #7”; e seu disco de estréia, o mediano ARDIPITHECUS, que tem bons singles, como “Why Don’t You Cry”.

A carreira de Willow já passeou por diferentes gêneros, do pop ao hip-hop, do electro ao folk, e [highlight color=”yellow”]nada mais natural se lembrarmos o fato de que a artista ainda é uma adolescente[/highlight]. Uma adolescente que anda no meio de músicos fantásticos, mas ainda uma adolescente como as outras, por isso é latente em seu trabalho como as descobertas e as influências vão moldando as suas novas decisões.

Ela já apresentou covers de Björk e King Krule, ao mesmo tempo em que vira e mexe canta versões quase folk de hits da Rihanna. Esse ano ela fez covers de Joanna Newsom, por exemplo, mostrando claramente que ela está naquela fase em que começamos a conhecer os artistas e ficamos imersos naqueles universos. O mais interessante é como ela consegue emergir disso tudo e apresentar canções realmente maduras e bem construídas com uma assinatura muito própria. Se seu primeiro disco ainda era frágil e não fazia jus a seu potencial, The 1st é a prova de que Willow cresceu e que todo o hype que há séculos colocávamos sobre ela fazia sentido.

Willow
Willow. Foto: Reprodução.

Se seu primeiro disco ainda era frágil e não fazia jus a seu potencial, The 1st é a prova de que Willow cresceu e que todo o hype que há séculos colocávamos sobre ela fazia sentido.

Logo ao darmos o play ouvimos violinos e a voz firme de Willow a cantar “hey mom, I met a boy, he plays guitar, he likes Quentin Tarantino and really sad songs”. [highlight color=”yellow”]Essa intimidade quase confessional das canções é que marcará o disco dali pra frente[/highlight], é como se Willow nos convidasse para entrar em sua vida, trocar histórias, compartilhar sentimentos de, como diz o título de uma canção, “an awkward life of an awkward girl”.

Nesse sentido, o disco é recheado de canções realmente fortes e pungentes, como a apaixonada “Human Leech”, com guitarra marcada que remete ao trabalho da Torres. “Warm Honey” é uma linda canção de amor e “And Contentment” é um petardo que termina com os versos “I’m burning, burning on my own feelings / And using the flames to make a new me / To be”. É interessante como o alto nível do álbum segue em sua segunda metade, como na ótima “Lonely Road”, ao lado do duo Chloe X Halle ou na triste (e um tanto existencialista) “A Reason”. O disco fecha com a fortíssima “Romance”, com uma longa letra que fala sobre uma “história diferente”, com igualdade de gênero e liberdade sexual, num mundo mais justo e menos violento.

No todo, The 1st mostra Willow segura enquanto compositora, mas também firme no uso de seu vocal, que caminha por diferentes nuances, mostrando a sua formação mais R&B, porém flertando aqui com diferentes gêneros de forma eficaz, desde o folk até o alt-rock. Além disso, há algo em The 1st que ecoa os discos de Tori Amos, Cat Power e PJ Harvey, lá nos anos 90, acho que por essa confessionalidade e a crueza com que ela expõe seus medos e suas dúvidas.

[box type=”note” align=”alignleft” class=”” width=”350px”]

Leia também
» ‘ANTI’ é Rihanna procurando a si própria
» O ótimo retorno de PJ Harvey

[/box]

Na faixa de abertura, “Boy”, ela diz “he thinks I’m boring ‘cause I come from a cluster of super bright stars”, frase que representa o sentimento do tal garoto da canção, mas que se encaixa perfeitamente no preconceito que sempre rodeia os pequenos Smiths. Willow e Jaden, seu irmão, nunca são devidamente levados a sério. Seus trabalhos geralmente são tratados como brincadeiras de crianças ricas, porém os dois têm produzido canções melhores que muitos adultos do universo pop e isso tem muito a ver com o fato deles serem crianças ricas. Willow poderia ter sido moldada por alguma gravadora e teria lançado outros arremedos de “Whip my hair”, mas sendo rica e adolescente ela pode fazer o que bem entender e tem transformado isso em ótimas canções.

Ouçam The 1st com atenção e com o coração aberto, pois é um lindo disco, que fala muito sobre essas dores e dúvidas da adolescência, aquelas que parecem ser apenas coisas dos hormônios, mas que nos perseguem por toda vida adulta.

Ouça ‘The 1st’ na íntegra no Spotify

https://open.spotify.com/album/6FTJgk4m3lUwCFqlJu7MQZ

link para a página do facebook do portal de jornalismo cultural a escotilha

Tags: BjörkCrítica MusicalJada Pinkett SmithJaden SmithJoanna NewsomKing KruleMúsicamúsica popNicki MinajResenhaSZAThe 1stWill SmithWillowWillow Smith

VEJA TAMBÉM

Músico partiu aos 88 anos, deixando imenso legado à música brasileira. Imagem: Reprodução.
Música

Bira Presidente: o legado de um gigante do samba

16 de junho de 2025
Retrato da edição 2024 da FIMS. Imagem: Oruê Brasileiro.
Música

Feira Internacional da Música do Sul impulsiona a profissionalização musical na região e no país

4 de junho de 2025
Please login to join discussion

FIQUE POR DENTRO

Brad Pitt está bastante confortável em cena. Imagem: Warner Bros. / Divulgação.

‘F1: O Filme’ acelera com estilo, mas nunca sai totalmente do piloto automático

1 de julho de 2025
A escritora francesa Anne Pauly. Imagem:  Édition Verdier / Divulgação.

‘Antes Que Eu Esqueça’ traz uma abordagem leve e tocante sobre o luto

30 de junho de 2025
Jon Hamm volta à boa forma com Coop. Imagem: Apple TV+ / Divulgação.

‘Seus Amigos e Vizinhos’ trata o privilégio com cinismo e humor ácido

30 de junho de 2025
Longa de Babenco foi indicado em quatro categorias no Oscar, levando a de melhor ator. Imagem: HB Filmes / Divulgação.

‘O Beijo da Mulher Aranha’, de Hector Babenco, completa 40 anos como marco do cinema latino-americano

27 de junho de 2025
Instagram Twitter Facebook YouTube TikTok
Escotilha

  • Sobre
  • Apoie
  • Política de Privacidade
  • Contato
  • Agenda
  • Artes Visuais
  • Colunas
  • Cinema
  • Entrevistas
  • Literatura
  • Crônicas
  • Música
  • Teatro
  • Política
  • Reportagem
  • Televisão

© 2015-2023 Escotilha - Cultura, diálogo e informação.

Sem Resultados
Veja Todos Resultados
  • Reportagem
  • Política
  • Cinema
  • Televisão
  • Literatura
  • Música
  • Teatro
  • Artes Visuais
  • Sobre a Escotilha
  • Contato

© 2015-2023 Escotilha - Cultura, diálogo e informação.