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Home Literatura

‘Vulgo Grace’: entre a inocência e a culpa

porJonatan Silva
6 de julho de 2018
em Literatura
A A
Margaret Atwood - Vulgo Grace

A autora Margaret Atwood. Imagem: Reprodução.

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O ser humano tem sede pela barbárie e pelo bizarro. Histórias de violência e abuso percorrem a narrativa desde que Caim assassinou Abel, seu irmão. A literatura policial e de horror, ainda que mal vistas pela crítica, povoam imensamente as estantes das livrarias e das bibliotecas pessoais.

Tamanho fascínio por essas narrativas explica o frisson por um crime ocorrido no Canadá, no século XIX, como o narrado em Vulgo Grace, de Margaret Atwood – autora do fenômeno O Conto da Aia – que até pouco tempo atrás não recebia, ao menos por aqui, o reconhecimento que merecia.

A obra é inspirada pela história real de Grace Marks, acusada – juntamente com James McDermott – de matar Thomas Kinnear, patrão de ambos, e Nancy Montgomery, amante de Kinnear e governanta da casa. Assim que foi presa, Grace, que tinha então 16 anos, levantou suspeita sobre a sua participação: muitos acreditavam que a adolescente fora seduzida por McDermott, entrando por acaso em uma roda de desfortuna e desgraça.

Escrutinando corações e mentes, Vulgo Grace é um conto interessante para entender a perversidade e ganância.

Petições chegavam à miríade ao tribunal que os condenou à forca. McDermott morreu dependurado, mas a moça teve sentença reduzida à prisão perpétua e, posteriormente, foi perdoada – desaparecendo no mundo. Atwood se vale dessa premissa real para criar um dos seus grandes textos ficcionais. Entre excertos de depoimentos, relatórios e impressões de escritores da época, a autora consegue não criar juízo de valor e manter a imparcialidade – algo que muitos jornais não conseguiram ou não tiveram vontade de fazer.

Improvável

Escrutinando corações e mentes, Vulgo Grace é um conto interessante para entender a perversidade e ganância. Se por um lado a protagonista pode ter sido uma das vítimas de McDermott, por outro há quem diga que teria sido Grace a primeira femme fatale da história. Nenhuma hipótese pode ser completamente aceita: nem todas as peças desse quebra-cabeça macabro se encaixam. Não é de admirar, portanto, o porquê a Netflix se interessou em transformou o livro em uma de suas séries mais intrigantes, Aliás Grace.

Essa linha tênue de caráter – que deixaria, por certo, Flaubert espantado –  é o grande fio condutor de Vulgo Grace. Tal imprecisão tenciona o leitor página após página em uma vertiginosa cachoeira de impressões que nunca se revelam por completo. Cada um dos personagens, todo o tempo, jogam com o interlocutor, como se vendessem uma ideia abstrata. Inocência e culpa se misturam para provar o improvável.

[box type=”info” align=”” class=”” width=””]VULGO GRACE | Margaret Atwood

Editora: Rocco;
Tradução: Geni Hirata;
Tamanho: 512 págs.;
Lançamento: Setembro, 2017.

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Tags: Alias GraceBook ReviewCrítica LiteráriaEditora RoccoGrace MarksJames McDermottLiteraturaLiteratura CanadenseMargaret AtwoodNetflixO Conto de aiaResenha de LivrosReviewThe Handmaid's TaleVulgo Grace

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