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‘O Capital’ apresenta Robin Hood às avessas

Em 'O Capital', diretor grego Constantin Costa-Gavras apresenta crítica ácida ao sistema bancário global.

porTiago Bubniak
5 de fevereiro de 2019
em Cinema
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O Capital Constantin Costa-Gravas

Cena de 'O Capital', filme do diretor greco-francês Constantin Costa-Gavras. Imagem: Divulgação.

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O longa-metragem O Capital (2012), dirigido pelo greco-francês Constantin Costa-Gavras e baseado na novela de mesmo nome escrita pelo francês Stéphane Osmont, não tem os palavrões, as drogas e as relações sexuais de O Lobo de Wall Street. No entanto, o filme vindo da França apresenta um forte aspecto em comum com a quinta parceria entre Martin Scorsese e Leonardo DiCaprio: ser um retrato estonteante da ganância, dos jogos de interesses, da forma como relacionamentos são formatados em nome do lucro. É um retrato de cores carregadas, enfim, da relação do ser humano com o dinheiro e o poder.

Gad Elmaleh dá vida ao protagonista Marc Tourneuil, funcionário de um grande banco da Europa. O banco, sugestivamente, é chamado de Phenix, a ave mitológica que renasce das cinzas. Tourneuil é alçado ao posto de presidente da instituição bancária graças a um câncer nos testículos do presidente anterior. A ideia do conselho do banco é mantê-lo no cargo provisoriamente, mas Tourneuil aproveita a oportunidade e, fazendo uso de uma série de estratégias, procura manter-se no comando. Enquanto está à frente do Phenix, ele sofrerá pressões também de um grupo estadunidense liderado por Dittmar, interpretado por Gabriel Byrne, que tem um plano de aquisição da instituição europeia.

O Capital é extremamente oportuno em um mundo pós-crise de 2008, que acompanha o colapso da economia em várias partes do mundo. É um filme que reflete sobre o atual modelo de capitalismo globalizado e da financeirização da economia.

Dentre as cenas emblemáticas está a reunião por videoconferência do presidente com os 100.407 funcionários do banco em 49 países, a primeira desse gênero em toda a história da instituição. Para o espectador, tende ser estimulante acompanhar a diferença gritante na reação dos participantes da reunião após a fala de Tourneuil: de um lado, os altos executivos que acompanham o líder presencialmente; de outro, os funcionários, que são representados apenas como rostos em um grande painel que permite a videoconferência.

Também é instigante notar o porquê da reunião. Outra cena de impacto enfoca um almoço em família, no qual Tourneuil é questionado sobre assuntos como salário exorbitante e influências do modelo de gestão da instituição na vida dos cidadãos.

Cada fotograma de O Capital destila acidez contra o sistema bancário e suas consequências na sociedade. Sem dúvida, é um filme extremamente oportuno em um mundo pós-crise de 2008, que acompanha o colapso da economia em várias partes do mundo. É um filme que reflete sobre o atual modelo de capitalismo globalizado e da financeirização da economia. Um filme que apresenta uma espécie de “Robin Hood às avessas” por ter um protagonista que se orgulha de roubar dos pobres para repassar aos ricos.

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Tags: CinemaConstantin Costa-GavrasCríticaCrítica CinematográficaCrítica de CinemaGad ElmalehO CapitalResenhaStéphane Osmont

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