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‘Os Irmãos Willoughby’: a família que não é de comercial de margarina

Em 'Os Irmãos Willoughby', personagens mostram de um jeito fofo e ao mesmo tempo ácido que os pais podem ser completos idiotas e que família de verdade não é necessariamente sobre laços sanguíneos.

porTaiana Bubniak
4 de setembro de 2020
em Maternamente
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Os Irmãos Willoughby

Pais egoístas dos irmãos Willoughby fazem com que as crianças façam uma jornada em busca do afeto. Imagem: Reprodução.

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Sabe aquelas notícias estarrecedoras de pais que mantêm os filhos em cativeiros e passando por dificuldades e humilhações? Foi nesses casos que pensei quando vi a animação Os Irmãos Willoughby, da Netflix, disponível na plataforma desde abril desse ano.

É a história de quatro irmãos que são menosprezados pelos pais, egoístas. As crianças maquinam um plano macabro para que os pais saiam para viajar e não voltem jamais. É nesse momento, quando estão com cuidadores “estranhos”, que eles sentem afeto pela primeira vez.

A história apresenta as peripécias dos pais malvados e dos filhos, que se libertam dos pais biológicos e ficam muito melhor sozinhos. O filme é baseado em uma série de livros com o mesmo nome (ainda sem tradução em português), portanto, é possível que haja uma continuação da história.

Absurdo do jeito certo (lembrando que o foco aqui é falar sobre maternidade e não sobre cinema) o filme terrificou as crianças num primeiro momento para em seguida as surpreender: elas ficaram assustadas com pais que não gostam dos filhos, mas o filme as fez ver uma realidade diferente. E atentá-las para que nós também teremos momentos sendo babacas com elas, com a diferença que reconhecemos o erro, pedimos desculpas e seguimos em frente tentando evoluir.

A psicologia nos diz que os adultos, enquanto cuidadores, tendem a reproduzir o cuidado que tiveram na infância. É por isso que famílias e gerações inteiras costumam repetir os mesmos comportamentos e as mesmas escolhas. Automaticamente tratamos os filhos como aprendemos a ser tratados.

A psicologia nos diz que os adultos, enquanto cuidadores, tendem a reproduzir o cuidado que tiveram na infância.

As crianças da década de 80 e 90, que estão sendo pais agora, se veem diante de um dilema: foram educados numa época em que a imagem da criança ainda era de ser incompleto, diferente dos últimos 10 ou 15 anos, quando pesquisas e movimentos sociais intensificaram e propagaram o conceito de que as crianças são indivíduos, com sua própria antropologia e, principalmente: são uma minoria.

Ao ter filhos, somos confrontados diariamente com a nossa própria criação. É um divã a céu aberto, que te acompanha durante o dia todo. E, se estamos preocupados com o futuro destas crianças, precisamos ao máximo respeitá-las, o que significa maneirar no egoísmo (diferente dos pais Willoughby), se doar, compreender que são seres em franca formação e que precisam ser tratados com dignidade.

Aprender a lidar com os sentimentos e ressignificações do que é a maternidade ou a paternidade depois de ter filhos é uma tarefa árdua, exige desconstrução constante. Ou, apenas repetiremos os padrões que já nos passaram.

Por isso que os pais Willoughby, por pior que fossem, precisam olhados com um pouco de empatia – apesar de, é claro, serem julgados pelos crimes de abandono de menor, tortura, etc – afinal, eles (e os pais das notícias escabrosas) devem ter sérios problemas de saúde mental e nenhuma rede de apoio, que pudesse perceber as gritantes falhas de caráter e índole.

Para os pais que ainda mantêm um nível de sanidade e querem criar crianças minimamente saudáveis, recomendo o filme e os conteúdos da psicóloga Márcia Tosin, que, na sua conta no Instagram, traz reflexões sobre a criação neurocompatível, que diminui as expectativas do cuidadores e propõe uma criação respeitosa.

link para a página do facebook do portal de jornalismo cultural a escotilha

Tags: criação com afetocriação com apegocriação neurocompatívelMárcia TosinOs Irmãos WilloughbyThe Willoughby

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