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Impactos ambientais da mineração são eixo de reflexão na exposição ‘Solastalgia’

Mostra inédita de Lucas Bambozzi no MAC USP, ‘Solastalgia’ convida o público a refletir sobre os efeitos da atividade mineradora no Brasil.

porAlejandro Mercado
11 de julho de 2023
em Artes Visuais
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A instalação "Solastalgia", de Lucas Bambozzi, em montagem durante a Bienal da Imagem em Movimento, em novembro de 2022, em Buenos Aires, Argentina

A instalação "Solastalgia", de Lucas Bambozzi, em montagem durante a Bienal da Imagem em Movimento, em novembro de 2022, em Buenos Aires, Argentina. Imagem: Lucas Bambozzi/Divulgação.

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O cineasta, artista visual e pesquisador em novas mídias, Lucas Bambozzi, apresenta sua exposição inédita intitulada Solastalgia no MAC – Museu de Arte Contemporânea da Universidade de São Paulo. A mostra, que ficará em exibição até o próximo dia 1º de outubro, propõe uma reflexão profunda sobre os impactos sociais e ambientais da mineração no Brasil.

Por meio de videoinstalações, Bambozzi evidencia paisagens e montanhas corroídas pelas atividades das mineradoras no quadrilátero ferrífero. Essa região localizada no Centro-Sul do estado de Minas Gerais, descoberta no século XVII, corresponde à maior produtora nacional de minério de ferro bruto.

Uma reflexão sobre a solastalgia e o extrativismo danoso

Impactos do extrativismo danoso
Impactos do extrativismo danoso. Imagem: Lucas Bambozzi/Divulgação.

O conceito central da exposição, solastalgia, define o estresse mental e existencial causado por mudanças ambientais abruptas, não apenas decorrentes de fatores naturais, mas também dos modelos de extrativismo prejudiciais.

Lucas Bambozzi utiliza esse conceito como fio condutor para provocar o público a refletir sobre as consequências da mineração no país. A curadoria da mostra é assinada por Fernanda Pitta. A exposição é inaugurada com a instalação “SOLASTALGIA” (2023), que apresenta montanhas e paisagens dilaceradas. Essa obra surge do processo de produção do longa-metragem documental Lavra (2021), também de Bambozzi, que acompanha uma geógrafa que retorna à região após 10 anos vivendo no exterior.

A instalação, por meio de uma linguagem sensorial e imagética, evidencia as tragédias causadas pela mineração de ferro nas proximidades de Belo Horizonte, em Minas Gerais. Para Bambozzi, as imagens explicitam uma lógica extrativista “que destroça modos de vida, em nome de uma noção arcaica de progresso”. “Se antes estávamos expostos a formas de solastalgia apenas por acidentes tidos como naturais, hoje os acidentes são causados por negligências”, comenta o artista.

Acesso a espaços inacessíveis e novas perspectivas

Acesso a espaços inacessíveis e novas perspectivas
Imagem: Lucas Bambozzi/Divulgação.

Outra obra impactante é “EXTRA, EXTRA” (2023), um vídeo criado a partir de imagens e registros de fotojornalismo publicados por diversos veículos de imprensa. Nessa série, narrativas de tragédias e acidentes naturais ou provocados pelas atividades exploratórias são usadas.

Lucas Bambozzi utiliza esse conceito como fio condutor para provocar o público a refletir sobre as consequências da mineração no país.

Já na série “PAISAGENS RASGADAS” (2021), o artista adentra o espaço aéreo e apresenta, em cinco telas LCD, passeios virtuais por meio do Google Earth Studio. Essa ferramenta permite agregar imagens aéreas de diferentes fontes a partir de coordenadas de latitude e longitude. O objetivo é mostrar ao público as crateras resultantes da extração de minério de ferro pelas grandes mineradoras multinacionais. Esses locais são normalmente de controle privado e até então inacessíveis para registros fotográficos convencionais.

Em “LUZES” (2023), painéis luminosos posicionados no chão recebem projeções de frases que sintetizam a ideia de solastalgia. Essas projeções são baseadas nas perspectivas de três pensadores convidados: Ailton Krenak, líder indígena, ambientalista e filósofo; Christiane Tassis, escritora e roteirista do filme “Lavra”; e a artista Giselle Beiguelman. A ideia é que, ao longo do período expositivo, novos artistas participem da instalação, promovendo diálogos com as redes sociais e a exposição em sua totalidade.

Um processo de criação em conexão com o público e a arte contemporânea

Cratera Mutuca
Cratera Mutuca. Imagem: Lucas Bambozzi/Divulgação.

Lucas Bambozzi destaca o enriquecedor processo de transformação do filme em uma instalação. Ele dedicou anos para o lançamento do documentário Lavra (2019-2022), mas a ideia também ganhou forma em outras exposições, como a Bienal de la Imagen en Movimiento (BIM), realizada no Museu da Imigração – Centro de Arte Contemporáneo, em Buenos Aires, no segundo semestre de 2022.

Agora, esse trabalho se configura como uma nova proposta, uma exposição autônoma que envolve um espaço maior e agrega novas obras. O MAC USP, conhecido por seu compromisso com a pesquisa, o ensino e a extensão universitária, proporciona o ambiente ideal para a reflexão sobre as atividades da mineração.

“Poder retomar essa conexão com o circuito da arte contemporânea, por meio do filme e agora com este projeto de audiovisual expandido no MAC USP – que comemora seus 60 anos – é um processo que me traz grande satisfação”, afirma Bambozzi.

SERVIÇO | Solastalgia

Onde: MAC USP (Av. Pedro Álvares Cabral, 1301 – Vila Mariana | São Paulo/SP);
Quando: até 1º de outubro, de terça a domingo, das 10h às 21h;
Quanto: Entrada gratuita.

Mais informações podem ser obtidas diretamente no site do MAC USP.

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Tags: Atividades mineradorasExposição SolastalgiaExtrativismo danosoImpactos ambientaisLucas BambozziMAC USPMineraçãoVideoinstalações

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