• Sobre a Escotilha
  • Política de Privacidade
  • Contato
5 de março de 2021
  • Login
Sem Resultados
Veja Todos Resultados
Escotilha
  • Cinema & TV
    • Canal Zero
    • Central de Cinema
    • Espanto
    • Olhar em Série
  • Literatura
    • Contracapa
    • Ponto e Vírgula
  • Música
    • Caixa Acústica
    • Prata da Casa
    • Radar
    • Vitrola
  • Em Cena
    • Teatro
    • Intersecção
  • Artes Visuais
    • Mirante
    • Visualidades
  • Crônicas
    • Helena Perdiz
    • Henrique Fendrich
    • Paulo Camargo
    • Yuri Al’Hanati
  • Colunas
    • À Margem
    • Vale um Like
  • Cinema & TV
    • Canal Zero
    • Central de Cinema
    • Espanto
    • Olhar em Série
  • Literatura
    • Contracapa
    • Ponto e Vírgula
  • Música
    • Caixa Acústica
    • Prata da Casa
    • Radar
    • Vitrola
  • Em Cena
    • Teatro
    • Intersecção
  • Artes Visuais
    • Mirante
    • Visualidades
  • Crônicas
    • Helena Perdiz
    • Henrique Fendrich
    • Paulo Camargo
    • Yuri Al’Hanati
  • Colunas
    • À Margem
    • Vale um Like
Escotilha
Sem Resultados
Veja Todos Resultados
Home Cinema & TV Canal Zero

‘Big Brother Brasil 21’ é uma máquina de moer gente

Coluna debate como a primeira semana de 'Big Brother Brasil 21' já mostrou que não parece ser uma boa ideia participar do programa.

por Maura Martins
1 de fevereiro de 2021
em Canal Zero
A A
‘Big Brother Brasil 21’ é uma máquina de moer gente

Os participantes Nego Di e Lucas Penteado, do 'BBB 21'. Imagem: Reprodução.

Compartilhe no FacebookCompartilhe no TwitterEnvie pelo WhatsApp

Com uma semana de exibição, já se pode dizer que Big Brother Brasil 21 é um fenômeno. A repercussão e os afetos levantados por 7 dias de programas podem parecer desproporcionais ao tempo de programa, mas não são: tantas coisas ocorreram e tantos debates foram levantados que é quase impossível acreditar que BBB 21 não tem nem um eliminado ainda.

Mas a coisa mais impressionante do reality até aqui, creio, seja a sua complexidade. BBB21 se tornou um programa de entretenimento com tantas camadas que se tornou quase impossível acompanhá-lo apenas assistindo à atração na edição diária, todas as noites. A narrativa estabelecida é tão caótica que é preciso participar muito mais: estar nas redes, ler as discussões, seguir threads, acompanhar os perfis certos (que não são os da Globo) que ajudarão a decodificar uma trama intrincada que um cérebro sozinho não consegue mais organizar. É quase como se fosse um Matrix reatualizado.

E por que há tanta comoção em torno do programa? Talvez justamente por tanta complexidade e tantas possibilidades de participação. Conforme esta coluna já abordou, BBB 21 já havia inteligentemente começado antes de começar. Ou seja, criou uma montanha de expectativas – como torcidas em torno dos nomes dos famosos que estariam no elenco – que obviamente nunca poderiam ser atendidas. Por essa razão, os espectadores já tinham quase uma narrativa pronta em suas mentes, e a decepção (e por isso mesmo, a conversa) era inevitável.

Volto a dizer que acredito que a ideia, posta em prática em 2020, de montar um elenco “camarote”, formado por famosos, foi uma jogada de mestre. Por algumas razões: a primeira é que possibilitou que o BBB definitivamente se engajasse cada vez mais com um público dos “nativos digitais”, ou seja, com a geração que já cresceu dentro da internet e que não dá muita bola para TV. O segundo ponto é que pessoas famosas já trazem consigo uma história pública pronta para ser testada a partir do princípio número 1 de um reality show deste estilo: a promessa de que, numa casa 100% vigiada, as pessoas nunca aguentarão sustentar uma performance e revelarão quem de fato são.

A rapper Karol Conká tem despontado como antagonista na edição
A rapper Karol Conká tem despontado como antagonista na edição. Imagem: Reprodução.

A única chance de isso dar errado é se todos os participantes forem “plantas”, nome dado no glossário BBB para as pessoas que fogem dos conflitos e agem como samambaias penduradas na parede. Mas a alta voltagem entre o elenco (potencializada, provavelmente, pelo stress da pandemia) já mostrou que as plantas serão ínfimas.

Obviamente, com uma semana de programa, a narrativa corrente ainda está sendo construída. Se em 2020 o BBB falou prioritariamente sobre uma suposta luta entre mulheres e homens machistas, até o momento, o BBB21 tem falado sobre problematização, cancelamento e saúde mental. Extremamente preparados por suas assessorias, todos os participantes parecem sempre temerosos sobre a repercussão que pode ser causada por qualquer vírgula que emitem.

Mas a grande graça do BBB, claro, é que nenhum media training do mundo consegue mudar o âmago de uma pessoa.

Mas a grande graça do BBB, claro, é que nenhum media training do mundo consegue mudar o âmago de uma pessoa. A bebida que queremos beber quando assistimos a um programa desses é justamente a gota de realidade que pinga dos corpos quando não conseguem mais sustentar uma representação – pois toda performance cansa, naturalmente, e todo ator (e entenda-se aqui que todos somos atores) precisa descansar em algum momento.

A potência do BBB 21 é que muitos dos atores já despiram suas “máscaras”. Lucas Penteado, que dá pistas de estar sofrendo de um sofrimento psíquico muito intenso, talvez seja o mais significativo nesse sentido: sua história pregressa parece se contaminar o tempo todo com as interações que consegue manter com os outros brothers. Nesse sentido, será bastante importante acompanhar como os colegas e a própria produção conseguem lidar com uma pessoa que claramente encara seus demônios internos. 

O protagonismo até o momento parece se centralizar em alguns participantes. Fiuk, o cantor/ ator/ filho de Fabio Junior, conseguiu passar de homem fofo a abusivo em poucos dias, ao reagir de forma estúpida às abordagens extremamente atrapalhadas de Juliette – para quem, definitivamente, o media training não funcionou.

Projota e Nego Di (que já entrou na casa “cancelado”, mas tem se revelado um participante interessantíssimo) têm tido uma atuação muito lúcida na mediação dos problemas de Lucas e têm emitido falas que ecoam alguma sabedoria. Nego Di, aliás, moveu uma peça importante no jogo: ao ganhar a prova do líder, precisou escolher 10 pessoas para serem VIPs e optou por todos os negros da casa, formando uma espécie de Wakanda BBB – levando os brancos se digladiarem com o fato de terem poucas opções de comida. Quase um experimento sociológico exibido ao vivo, para nossa apuração.

Mas talvez ninguém tenha perdido mais até agora que a cantora Karol Conká, que construiu por anos uma persona pública baseada num discurso de força e empoderamento feminino. Karol é constantemente filmada emitindo opiniões raivosas, antipáticas e mesmo xenofóbicas – quando critica, por exemplo, a participante Juliette, e associa parte do seu desgosto por ela ser da Paraíba. Testemunhamos, portanto, uma pessoa destruindo aos poucos um mini império – um tijolo a menos a cada dia.

Por fim, reproduzo aqui um tweet do escritor Ale Santos, que penso que resume perfeitamente o que vimos até aqui: “O BBB tem escancarado a complexidade da negritude brasileira, atravessada por regionalismos, crenças e origens distintas que moldam cada um a sua maneira Muita gente espera que negros midiáticos se comportem com uma só forma de militância, mas na prática cada um tem seu lugar”.

E isso não é pouca coisa. Ainda assim, fica para mim a questão de sempre: ainda me parece difícil de entender porque, após 20 edições do programa, tantos sujeitos ainda topem vender suas vidas para essa máquina de moer gente chamada Big Brother Brasil.

Tags: Ale SantosBBBbbb 21Big Brothe BrasilBig Brother Brasilbig brother brasil 20Big Brother Brasil 21Camilla de LucasFiukJuliette BBBKarol ConkaLucas PenteadoLumenaNativos digitaisNego DiProjotareality showtelevisão

Posts Relacionados

O paradigma Karol Conká e a fama a qualquer custo

O paradigma Karol Conká e a fama a qualquer custo

1 de março de 2021
‘Big Brother Brasil 21’ revela: somos todos cebolas

‘Big Brother Brasil 21’ revela: somos todos cebolas

22 de fevereiro de 2021

‘Big Brother Brasil 21’: um reality show sem realidade?

11 de fevereiro de 2021

‘The Voice +’ comove o espectador sem ser piegas

8 de fevereiro de 2021

É possível uma TV de domingo sem Faustão?

4 de fevereiro de 2021

‘Big Brother Brasil 21’, o jogo que começou antes de começar

25 de janeiro de 2021
  • O paradigma Karol Conká e a fama a qualquer custo

    O paradigma Karol Conká e a fama a qualquer custo

    0 shares
    Share 0 Tweet 0
  • O inimigo mora ao lado

    0 shares
    Share 0 Tweet 0
  • Saiba onde assistir às séries vencedoras do Globo de Ouro 2021

    0 shares
    Share 0 Tweet 0
  • ‘Big Brother Brasil 21’ revela: somos todos cebolas

    0 shares
    Share 0 Tweet 0
  • ‘Adultos’: a perda da inocência em tempos de Instagram

    0 shares
    Share 0 Tweet 0

Quem somos

Escotilha

A Escotilha é um portal de jornalismo cultural que tem como proposta fazer uma leitura mais reflexiva e abrangente das manifestações culturais que nos circundam.

Escotilha no Twitter

  • Sobre a Escotilha
  • Política de Privacidade
  • Contato

© 2015-2020 Escotilha - Cultura, diálogo e informação.

Sem Resultados
Veja Todos Resultados
  • Cinema & TV
  • Literatura
  • Música
  • Teatro
  • Colunas
  • Artes Visuais
  • Crônicas
  • Sobre a Escotilha
  • Contato

© 2015-2020 Escotilha - Cultura, diálogo e informação.

Welcome Back!

Login to your account below

Forgotten Password?

Create New Account!

Fill the forms bellow to register

All fields are required. Log In

Retrieve your password

Please enter your username or email address to reset your password.

Log In