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Crítica: O belo ‘Retrato de um Certo Oriente’ é muito aplaudido na abertura do Olhar de Cinema

'Retrato de um Certo Oriente', do cineasta Marcelo Gomes, é inventiva adaptação cinematográfica de romance memorialístico de Milton Hatoum, que fala de imigração, amor, família e intolerância.

porPaulo Camargo
14 de junho de 2024
em Cinema
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Pelo segundo ano consecutivo, a Ópera de Arame, lotada, recebeu na noite de quarta-feira a festa de abertura do festival Olhar de Cinema, em Curitiba. O filme escolhido para a exibição, o belo Retrato de um Certo Oriente, do cineasta pernambucano Marcelo Gomes, foi muito aplaudido pelo público. O longa-metragem, que compartilha traços narrativos com Cinema, Aspirinas e Urubus, também dirigido por Gomes, destaca-se pelo deslocamento geográfico de seus personagens.

Baseado no livro Relato de um Certo Oriente, do escritor amazonense Milton Hatoum, o filme oferece uma narrativa complexa ao espectador. Ambientado no Líbano pós-guerra de 1949, o enredo se desenrola em meio à crescente ameaça de conflito. A protagonista, a noviça católica libanesa Emilie (Wafa’a Celine Halawi, uma presença radiante na tela), é abruptamente retirada de sua vida no convento por seu irmão Emir (Zakaria Kaakour), sob a premissa de uma jornada rumo ao Brasil, cruzando o Atlântico.

Emir, desesperado para persuadir sua irmã após o assassinato de seus pais, argumenta que não há mais futuro para eles em sua terra natal. Inicialmente hesitante, Emilie muda de posição ao se envolver com Omar (Charbel Kamel), um carismático comerciante muçulmano. A relação entre Emilie e Omar gera conflito com Emir, clandestino a bordo do navio. Ele não admite que Emilie se relacione com “o inimigo”.

A chegada ao Brasil desencadeia novos desafios. Emilie convence Emir a seguir Omar até Manaus, na Amazônia, desencadeando uma série de eventos marcados por tensões e confrontos. Uma briga entre Emir e Omar culmina em um tiroteio, levando-os a buscar ajuda em uma aldeia indígena. Guiados por uma passageira indígena (Rosa Peixoto), o trio enfrenta os obstáculos da selva em busca de ajuda médica para Emir.

Baseado no livro Relato de um Certo Oriente, do escritor amazonense Milton Hatoum, o filme oferece uma narrativa complexa ao espectador.

Apesar da recuperação de Emir, as relações entre os personagens permanecem irremediavelmente danificadas. O filme retrata uma interseção de paixão, preconceito e ciúme, destacando como as diferenças religiosas e culturais muitas vezes encobrem emoções mais profundas. Em um nível fundamental, a narrativa se desdobra como um clássico triângulo amoroso, com o diretor de fotografia Pierre de Kerchove capturando a complexidade emocional em tons de preto e branco, conferindo uma aura de mistério e sensualidade.

A história de Emir reflete a luta pelo pertencimento e a dificuldade de se adaptar a novos ambientes. Enquanto tenta se estabelecer em Manaus, seu relacionamento com um fotógrafo francês sugere uma tentativa de encontrar um vínculo afetivo, que não seja sua obsessão pela irmã. A prisão cultural, e psicológica, em que o jovem libanês se encontra o impede de ousar esse caminho.

Retrato de um Certo Oriente apresenta uma rica tapeçaria de emoções e relacionamentos, ancorada por uma cinematografia cuidadosamente elaborada e uma trilha sonora sutil, evocativa. A inventiva adaptação do romance de Milton Hatoum, do qual é apenas um recorte, oferece uma reflexão sobre a identidade, tradição e memória, enquanto os personagens buscam reconciliar seus passados turbulentos com um futuro incerto.

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Tags: Cinema BrasileiroMarcelo GomesMilton HatoumOlhar de CinemaRetrato de um Certo Oriente

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