Coprodução Brasil e Estados Unidos, o documentário Uýra – A Retomada da Floresta foi premiado no 46º Frameline International Film Festival, o mais prestigiado festival LGBTQIA+ do mundo, realizado em San Francisco, na Califórnia.
Após estrear no último dia 22, o longa-metragem dirigido por Juliana Curi e escrito por Martina Sönksen e Uýra Sodoma recebeu o Frameline Amazon Audience Award, a premiação dada pelo próprio público do festival.
Contanto com participação de artistas, ativistas e lideranças indígenas, além de performances de Uýra, “entidade híbrida” criada e vivida pelo artista trans indígena Emerson Pontes, a cinebiografia acompanha o artista, que viaja pela floresta amazônica em uma jornada de autodescoberta.
Para tal, Pontes usa arte performática para ensinar a jovens indígenas e ribeirinhos seu papel de guardiões das mensagens ancestrais da floresta amazônica.
A cinebiografia acompanha o artista, que viaja pela floresta amazônica em uma jornada de autodescoberta.
O filme é o primeiro longa-metragem da diretora Juliana Curi, radicada nos Estados Unidos e com longa trajetória em projetos de impacto sociocultural. A estreia em circuito comercial do documentário está prevista para o 2º semestre deste ano.
Com calorosa recepção do público, Uýra – A Retomada da Floresta, que teve sessões com ingressos esgotados, segue para outro festival internacional. No próximo dia 23 de julho, o documentário será exibido no 40º Outfest Los Angeles LGBTQ_ Film Festival.
Uýra, a entidade híbrida
“Entidade híbrida”. É assim que o artista indígena Emerson Pontes se refere à sua criação, Uýra Sodoma. Ela cruza as sabedorias ancestrais com conhecimentos científicos da ecologia – além de artista, Emerson é biólogo. Essa junção resulta em imagens que convocam o espectador a olhar as florestas presentes na paisagem urbana e repensar as noções pré-concebidas de “natureza”.
Uýra, a “árvore que anda”, nas palavras do próprio artista visual, é uma das expoentes da chamada Arte Indígena Contemporânea, cujas performances, fotoperformances, intervenções e instalações justapõem a preservação ambiental e direitos LGBTQIA+.
Pontes tem grande destaque nas artes e na moda, estando com atividades programadas para a Bienal MANIFESTA!, a bienal nômade européia que este ano ocorrerá na Sérvia em julho. No mesmo mês, Emerson apresentará uma de suas performances em Nova Iorque.
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