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Veteranos e novos diretores marcam presença no Panorama Brasileiro do FICBIC

Mostra de filmes nacionais do Festival de Cinema da Bienal Internacional de Curitiba tem, entre seus destaques, 'Cinema Novo', de Eryk Rocha.

porPaulo Camargo
20 de outubro de 2016
em Cinema
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Veteranos e novos diretores marcam presença no Panorama Brasileiro do FICBIC

Imagem: Reprodução.

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A edição 2016 do Festival de Cinema da Bienal Internacional de Curitiba (FICBIC), que se inicia hoje, reúne, na mostra Panorama Brasileiro, seis longas-metragens que representam não apenas a diversidade estilística, mas também temática da produção nacional contemporânea. A curadoria buscou selecionar obras autorais de cineastas de várias gerações – de veteranos, como Ruy Guerra, Domingos de Oliveira e Júlio Bressane, a jovens realizadores, como Eryk Rocha, Guilherme Weber e Thiago B. Mendonça.

Um traço comum, que norteia todo trabalho de curadoria, interliga os filmes: as convergências. Em todos os longas, há intenso diálogo, tanto no âmbito estético quanto temático, com o próprio fazer cinematográfico e com outras vertentes artísticas, como o teatro, a literatura e as artes visuais.

Vencedor em 2016 do Festival de Cinema de Gramado, dos prêmios de melhor filme, direção e trilha sonora, Barata Ribeiro, 716, é o 18º longa-metragem de Domingos de Oliveira, às vésperas de completar 60 anos de uma carreira que inclui o clássico Todas as Mulheres do Mundo (1966). Seu mais recente trabalho é uma obra autobiográfica, protagonizada por Felipe (Caio Blat), aspirante a escritor e espécie de alter ego do próprio cineasta, que transforma em ficção episódios de sua juventude no Rio de Janeiro da década de 1960, até o Golpe Militar de 64. O longa retrata a efervescente cena cultural da época, tempos de Bossa Nova e Cinema Novo.

Contemporâneo de Oliveira, e um dos autores mais inquietos e provocadores do cinema brasileiro, Júlio Bressane traz ao FICBIC seu mais recente longa-metragem, Beduíno, selecionado para as mostras competitivas dos festivais de Locarno (Suíça) e Brasília.  O filme de Bressane, diretor de Matou a Família e Foi ao Cinema (1969), marco da produção underground brasileira, é estrelado por Alessandra Negrini e Fernando Eiras, que interpretam um casal de dramaturgos imersos em um cenário de luzes e sombras. É forte em Beduíno o diálogo intertextual com o teatro, em decorrência da ocupação dos personagens centrais, que, no filme, representam conexões entre a vida real e a encenada, que seria a própria arte. Bressane, que não apenas dirigiu e escreveu, mas também produziu seu longa-metragem, diz ter buscado trabalhar de forma colaborativa com toda a sua equipe, que, segundo ele, compartilha a assinatura da obra.

O terceiro veterano presente no Panorama Brasileiro é o moçambicano Ruy Guerra, um dos nomes mais importantes do Cinema Novo e diretor de clássicos como Os Cafajestes (1962) e Os Fuzis (1974). Será exibido no FICBIC seu mais recente longa-metragem, Quase Memória, vencedor do Prêmio Especial do Júri no Festival do Rio, em 2015, e Menção Especial do Júri dos Críticos Russos e Menção Especial da Federação dos Cineclubes Russos no 38.º Festival Internacional de Cinema de Moscou.

Baseado no romance homônimo do escritor e jornalista Carlos Heitor Cony, Quase Memória, assim como Barata Ribeiro, 716, está entre a ficção e a realidade, já que o jornalista Carlos, um dos personagens centrais, vivido por Charles Fricks e Tony Ramos, em diferentes fases da vida, também é uma versão algo ficcionalizada de Cony de sua história de vida. Na trama, uma adaptação livre do romance vencedor do prêmio Jabuti, Carlos tenta ajustar contas com o pai, Ernesto (João Miguel), jornalista como ele e um homem de personalidade exuberante e bastante complexa. A aproximação com a literatura é incontornável nesse trabalho de Guerra, que fez três filmes baseados na obra do escritor colombiano Gabriel García Márquez, Erêndira (1983), Fábula da Bela Palomera (1988) e O Veneno da Madrugada (2004).

Guerra é um dos principais entrevistados de outro destaque do FICBIC, Cinema Novo, filme de Eryk Rocha premiado com o troféu Olho de Ouro, concedido ao melhor documentário no Festival de Cannes (2016). O longa é um ensaio poético sobre o mais importante movimento cinematográfico brasileiro, e inclui trechos de filmes da época. Também costura depoimentos de seus principais expoentes, como Nelson Pereira do Santos, Leon Hirszman, Joaquim Pedro de Andrade, Walter Lima Jr., Paulo César Saraceni e Glauber Rocha, pai do realizador.

Também representante da nova geração, o curitibano Guilherme Weber, ator e diretor teatral, faz sua estreia como cineasta em Deserto, selecionado para a mostra competitiva do Festival de Brasília do Cinema Brasileiro. Inspirado no romance Santa Maria do Circo, do escritor mexicano contemporâneo David Toscana, o longa-metragem parte da tradição do teatro saltimbanco para narrar a história de um grupo de artistas que viaja apresentando um espetáculo mambembe por todo o sertão nordestino. Cansados da vida de nômades, eles acabam decidindo se instalar em uma pequena cidade abandonada no interior da Paraíba, e ali fundar uma sociedade. O longa traz à frente do elenco o grande Lima Duarte.

Também representante da nova geração, o curitibano Guilherme Weber, ator e diretor teatral, faz sua estreia como cineasta em Deserto, selecionado para a mostra competitiva do Festival de Brasília do Cinema Brasileiro.

O longa de Weber se comunica, em sua temática relacionada ao universo do teatro itinerante, com Jovens Infelizes ou um Homem Que Grita Não é um Urso, de Thiago B. Mendonça. Vencedor do prêmio de melhor filme pelo júri da crítica na Mostra de Cinema de Tiradentes, a produção resgata a tradição do cinema marginal, underground, descendente de Júlio Bressane, para contar a história de um grupo de artistas que compartilha uma pequena casa, além de más condições financeiras, em São Paulo. Na busca de fazer uma arte verdadeiramente revolucionária, capaz de enfrentar a ditadura militar nos anos 60, eles veem suas tentativas serem sucessivamente frustradas até decidirem partir para medidas extremas.

Curtas

O cineasta mineiro Felipe Saleme recebeu, na edição 2016 do Festival de Gramado, o Kikito de melhor direção por seu trabalho no curta-metragem Aqueles Cinco Segundos. O filme conta a história de um casal de amantes que, após dois anos de encontros intensos e furtivos, descobrem nunca terem se beijado. Estrelam Gabriel Godoy e Luciana Paes, vencedora do prêmio de melhor atriz no festival gaúcho.

Lúcida, de Fábio Rodrigo e Carolina Oliveira, recebeu, também na edição deste ano do Festival de Cinema de Gramado, o prêmio de melhor curta-metragem da mostra competitiva. O filme é um híbrido de ficção e documentário, no qual personagens da vida real vivem situações roteirizadas, porém inspiradas em suas histórias. O filme tem como tema o abandono das mulheres pelos pais de seus filhos, e as crianças da periferia que crescem sem a presença de uma figura paterna.

Escolhido pelo Júri da Crítica como melhor curta na 19ª Mostra de Cinema de Tiradentes (MG), Noite Escura de São Nunca, do carioca Samuel Lobo, o filme, de caráter experimental, aborda a presença traumática da violência perpetrada por forças militares no cotidiano de duas mulheres. Uma delas teve a irmã desaparecida durante a ditadura militar e a outra foi presa pela polícia militar nas manifestações de junho de 2013.

Vencedor do Prêmio do Júri Popular no festival mineiro, Madrepérola, filme gaúcho de Deise Hauenstein, com humor e inventividade, aborda o processo através do qual as pérolas se formam, discutindo como a beleza pode surgir da anomalia, traçando um paralelo com a existência humana. Também em Tiradentes, Eclipse Solar, do capixaba Rodrigo de Oliveira, venceu o Prêmio Aquisição Canal Brasil, e tem, no centro da narrativa, três trabalhadores que se reúnem em torno da preparação de uma festa em um museu. Esse encontro revelará ter implicações bastante complexas com o passado.

O documentário sobre o multiartista Hélio Leites, O Significador de Insignificâncias, que une artes plásticas, poesia e performance para criar ações minimalistas de intervenção urbana, é um curta de Fernando Severo e Diego Lopes. Hélio recicla materiais destinados ao lixo e constrói com eles um universo próprio, repleto de novos significados. No curta, faz associações com seu cabelo e as Torres Gêmeas, o bigode de Salvador Dali e as cachoeiras de Foz do Iguaçu. Suas atividades híbridas se relacionam ao circo, aos botões que contam histórias, às caixinhas de fósforos que se transformam em carros alegóricos de Carnaval.

Confira a programação completa clicando aqui.

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Tags: CinemaCinema BrasileiroCinema NacionalCinema NovoCrítica de CinemaFICBICGlauber Rocha

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