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‘Faça a Coisa Certa’: o calor das tensões raciais em um clássico de Spike Lee

'Faça a Coisa Certa' traz conflitos representativos da sociedade norte-americana. A inovação de Spike Lee foi mostrá-los a partir da visão dos negros.

porGuylherme Custódio
3 de julho de 2017
em À Margem
A A
Faça a Coisa Certa

Vivendo lado a lado, o amor e o ódio se misturam e deixam dúvidas em 'Faça a Coisa Certa'. Foto: Divulgação.

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“A previsão para hoje é: quente!
A cor de hoje é preto. Isso mesmo, preto.
Vão absorver uns raios solares e guardem para o verão.
Vistam-se de preto e entrem nessa.
A temperatura subirá para 38° C.
Um aviso para quem usa brilhantina: se estiver de brilhantina, fique em casa ou acabará com um capacete de plástico permanente na cabeça”.

Esse é o clima anunciado pelo Mister Señor Love Daddy (Samuel L. Jackson) no início de Faça a coisa Certa (Do the Right Thing), clássico do diretor Spike Lee lançado em 1989 e que, como um clássico, mantém a sua relevância.

O comunicado não se dá à toa.

Daquele ponto em diante, o filme vai se desenvolver em torno do calor, até mesmo em momentos que parecem mornos, mas que, na verdade, estão preparando a panela de pressão que vai explodir no futuro.

Dessa forma, o bairro de Bed-Stuy (o mesmo onde mora o protagonista de Todo Mundo Odeia o Chris) é visto como um microcosmo dos Estados Unidos, onde as tensões entre diferentes etnias se criam durante a convivência diária até se tornar um violento conflito.

Mas, apesar de representativo da sociedade Norte-Americana, a inovação presente no filme disponível na Netflix e no YouTube está no fato de a história ser contada pelos negros.

Assim, o grande personagem de Faça a Coisa Certa é a convivência entre policiais, negros, latinos, asiáticos e os brancos ítalo-americanos, mas, acima de tudo, é também a relação entre o ódio e o amor, mostrada no longa-metragem como um vínculo delicado e ao mesmo tempo forte, uma vez que a existência de um depende do outro, assim como o frio e o calor.

Dessa maneira, mesmo que o Brooklyn esteja pegando fogo, a voz do radialista está sempre presente ditando o ritmo do amor, especialmente quando o clima fica mais leve na cena íntima de Mookie (Spike Lee) e Tina (Rosie Perez).

Assim, mesmo que o Brooklyn esteja pegando fogo, a voz do radialista está sempre presente ditando o ritmo do amor.

No entanto, o personagem é o único que não interage de maneira direta com o ambiente, estando sempre isolado por um vidro em seu estúdio.

Por outro lado, Pino (John Turturro), filho de Sal (Danny Aiello), o dono da pizzaria, representa todo o ódio, concentrando o racismo e fazendo questão de deixar isso bastante claro para todos.

Desse modo, o amor se manifesta continuamente sem ser ouvido enquanto o ódio age de maneira incisiva.

E da mesma forma que os dois sentimentos, uma afirmação também se faz bastante persistente na película: “Bed-Stuy: Do or Die” (Bed-Stuy: Faça ou Morra).

A pergunta é: fazer o quê?

Talvez o próprio título possa nos responder, mas então surge outra questão: qual seria a coisa certa?

Essa é a dúvida que permanece viva após 28 anos.

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Tags: Black FilmsBlack MoviesCinemaCríticaCrítica CinematográficaFaça a Coisa CertaNetflixSamuel L. JacksonSpike Lee

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