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Precisa assustar?

Coluna aproveita debate na internet sobre 'A Bruxa' não ser um filme de horror assustador. Quem disse que precisa ser?

porRodolfo Stancki
16 de março de 2016
em Espanto
A A
Precisa assustar?

Imagem: Reprodução.

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A saudável repercussão de A Bruxa (leia mais) nas últimas semanas foi cercada por um debate paralelo sobre a obra não provocar medo. “É bem dirigida, bonita e relevante. Mas não funciona bem porque não assusta”, escreveu um conhecido nas redes sociais. O questionamento traz um ponto interessante para retomar o debate sobre a expectativa do público do cinema de horror.

Uma parcela grande dos espectadores parece julgar a qualidade de um título do gênero pelo medo que sente durante a exibição. Quanto mais o susto faz pular da cadeira, melhor a produção. A tensão pode estar lá, mas se não há esforço para arrancar a resposta emocional esperada, a percepção da plateia não será a mesma.

Há algum tempo, descrevi que o horror pode ser compreendido como um catálogo bastante heterogêneo de obras (leia mais). Nem todas elas dão medo, evidentemente. A linha de raciocínio partia do livro de Noel Carroll, A Filosofia do Horror ou Paradoxos do Coração. De acordo com o autor, as produções do gênero são enquadradas a partir da narrativa e não do estímulo enviado ao receptor.

Rejeitar A Bruxa por não reagir emocionalmente é o mesmo que afirmar que Spotlight é um drama ruim por ser incapaz de fazer o público chorar. Não faz sentido.

Um Lobisomem Americano em Paris (1997), por mais que não amedronte, está na seção terror das videolocadoras por causa da presença de um monstro ameaçador e repulsivo. O mesmo vale para as criaturas de The Walking Dead e American Horror Story. Os dois seriados são inegavelmente de horror, mas as tramas raramente tiram o sono de seus espectadores. São piores por causa disso?

Rejeitar A Bruxa por não reagir emocionalmente à exibição é o mesmo que afirmar que Spotlight é um drama ruim por ser incapaz de fazer o público chorar. Nessa mesma linha de raciocínio, Marley & Eu (2008) seria como a nona sinfonia de Beethoven, inquestionavelmente melhor do que o vencedor do Oscar deste ano. Não faz sentido.

O teórico Edward Buscombe diz que a ideia de gênero no cinema norte-americano não é precisa. Trata-se de um instrumento adotado pela indústria e usado na orientação do consumo. Como interpretação acadêmica, é um modelo inadequado e cheio de falhas. Não foi conceitualmente estabelecido, como a teoria do autor.

Na falta de critérios claros na definição do horror como narrativa, o público se apega às reações do próprio corpo. Cabelos arrepiados, rangeres de dentes inesperados e gritos provocados pela aparição da ameaça atrás da porta deixam marcas mais profundas do que o estilo reflexivo e contemplativo do longa-metragem de Robert Eggers. São respostas físicas que o espectador partilhou com a sétima arte. É difícil de esquecer.

Há um outro ponto que precisa ser considerado. Como sentimento, o horror lida com a subjetividade. Alienígenas me assustam mais do que fantasmas. Sei de amigos que morrem de medo de histórias de exorcistas e demônios. Muita gente ficou verdadeiramente assustado com A Bruxa. A obra é melhor por causa disso?

Tags: A BruxaA Filosofia do Horror ou Paradoxos do CoraçãoCinema de HorrorEdward BuscombegêneroHorrorNoel CarrollResposta EmocionalRobert Eggers

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