• Sobre
  • Apoie
  • Política de Privacidade
  • Contato
Escotilha
Sem Resultados
Veja Todos Resultados
  • Reportagem
  • Política
  • Cinema
  • Televisão
  • Literatura
  • Música
  • Teatro
  • Artes Visuais
  • Reportagem
  • Política
  • Cinema
  • Televisão
  • Literatura
  • Música
  • Teatro
  • Artes Visuais
Escotilha
Home Colunas Maternamente

Presente para mãe é pensar e agir

Não procure frases de efeito na internet para escrever no cartão feito para sua mãe no dia das mães.

porTaiana Bubniak
6 de maio de 2016
em Maternamente
A A
Presente para mãe é pensar e agir

Imagem: Pixabay.

Envie pelo WhatsAppCompartilhe no LinkedInCompartilhe no FacebookCompartilhe no Twitter

Entre os mamíferos e animais em geral, o ser humano está entre os que nasce mais despreparado. Enquanto outros bichos precisam de poucos dias ou semanas de convívio com adultos da mesma espécie para aprender a sobreviver ou já nascem sabendo se locomover, a perpetuação da nossa espécie depende de uma longa e íntima relação entre o filhote e seu cuidador, que chega a durar anos. Dizem os estudos que foi essa característica que nos forjou como sociedade e que, a longo prazo, permitiu o desenvolvimento e a evolução humana (não que estejamos lá muito evoluídos, mas…).

A natureza, em sua grandiosidade e sapiência própria, não imaginaria que milhões de anos depois de tanto processo evolutivo, seria possível sentir vergonha alheia com campanhas publicitárias repetitivas, homenagens fracas e frases prontas e de “efeito” para serem copiadas na internet no dia em que se convencionou homenagear uma das peças chaves do desenvolvimento humano.

Não que essa festividade seja recente: deusas da fertilidade, que dão ênfase à maternidade, são recorrentes em diversas tradições desde a pré-história, como a Vênus de Willendorf, a mais famosa delas.

Jarvis, que ficou conhecida como patrona do Dia das Mães, curiosamente, lutou contra a comemoração anos depois da sua criação. Ela ficou furiosa com a rápida e crescente comercialização em torno da data e logo percebeu que as homenagens haviam perdido o sentido.

Relatos mostram que na Grécia Antiga e em toda Ásia menor já havia uma celebração para Rhea, que na mitologia é a mãe dos deuses. Uma das imagens mais fortes do Império Romano é da loba Capitolina, escultura de bronze que mostra o animal amamentando os gêmeos Rômulo e Remo. De acordo com a lenda, eles foram os fundadores de Roma. A tradição judaico-cristã também reverencia as figuras de Eva e Maria.

Mas a convenção de comemorar o Dia das mães no segundo domingo de maio é do início do século passado e se mentem em países como Estados Unidos, Japão, Canadá, Brasil, Austrália, Bélgica, Turquia, Itália, entre outros. Foi a norte-americana Anna Maria Jarvis, ligada à Igreja Metodista, que, dois anos depois de perder a própria mãe, passou a criar grupos de mães e festas para homenageá-las. Ela lutou para que a data fosse reconhecida e, nos Estados Unidos, a data foi transformada em feriado em 1914. No Brasil, alguns grupos religiosos passaram a adotar a data, mas foi em 1932 que o Dia das mães entrou no calendário oficial.

Jarvis, que ficou conhecida como patrona do Dia das Mães, curiosamente, lutou contra a comemoração anos depois da sua criação. Ela ficou furiosa com a rápida e crescente comercialização em torno da data e logo percebeu que as homenagens haviam perdido o sentido. Também, pudera. A data tem grande apelo comercial. Depois do Natal, é o dia mais esperado pelos lojistas, no Brasil e nos Estados Unidos, por causa do aumento nas vendas.

Não precisa de “lembrancinha”

Culturalmente, o dia é de dar um presente para a mãe. Estamos sendo bombardeados pela publicidade para não esquecer disso. Lá em casa, era o dia em que ela fingia dormir até mais tarde para dar tempo de os filhos acordarem e prepararem o café – o que ela fazia em todos os outros dias. Não quero diminuir o esforço daqueles que fazem um mimo para as mães, mas precisamos de mais. Talvez lembrar da Jarvis que gostaria que, em pelo menos um dia no ano, o trabalho infatigável de quem cuida do desenvolvimento das crianças (e aí tomo a liberdade de incluir pais biológicos e adotivos, professores, avós, babás) fosse reconhecido.

E reconhecer esse trabalho não é rotular essa tarefa como a de super-herói, que nunca falha: isso é massacrante, porque há, sim, erros e tropeços. Mas precisamos compreender e até adotar em nossos afazeres diários a indefectível vontade e perseverança de recomeçar de quem cuida de uma criança.

O reconhecimento também vem quando a sociedade abraça as causas maternas. Então temos de entender que esses assuntos dizem respeito a todos nós, como sociedade. Um presente para sua mãe é pensar em todas as outras mães e então trabalhar para que a exista atenção de qualidade às gestantes e que assistência ao parto que seja humanizada. Lutar para que as creches e escolas sejam dotadas de estrutura e qualidade. Exigir que os espaços públicos e privados ofereçam livre circulação e apoio para mães e crianças. É preciso empatia com mães e crianças, deixa-las amamentar em paz, não julgar e acolher. Assim, todas as mães seriam presenteadas.

ESCOTILHA PRECISA DE AJUDA

Que tal apoiar a Escotilha? Assine nosso financiamento coletivo. Você pode contribuir a partir de R$ 15,00 mensais. Se preferir, pode enviar uma contribuição avulsa por PIX. A chave é pix@escotilha.com.br. Toda contribuição, grande ou pequena, potencializa e ajuda a manter nosso jornalismo.

CLIQUE AQUI E APOIE

Tags: Criaçãocriançascultura e maternidadedia das mãesMãeMaternidade

VEJA TAMBÉM

Literatura indígena para crianças
Maternamente

Literatura indígena para crianças

30 de abril de 2021
'Soul', animação disponível na Disney+
Maternamente

‘Soul’ fala da morte com leveza

23 de abril de 2021
Please login to join discussion

FIQUE POR DENTRO

Retrato da edição 2024 da FIMS. Imagem: Oruê Brasileiro.

Feira Internacional da Música do Sul impulsiona a profissionalização musical na região e no país

4 de junho de 2025
Calçadão de Copacabana. Imagem: Sebastião Marinho / Agência O Globo / Reprodução.

Rastros de tempo e mar

30 de maio de 2025
Banda carioca completou um ano de atividade recentemente. Imagem: Divulgação.

Partido da Classe Perigosa: um grupo essencialmente contra-hegemônico

29 de maio de 2025
Chico Buarque usa suas memórias para construir obra. Imagem: Fe Pinheiro / Divulgação.

‘Bambino a Roma’: entre memória e ficção, o menino de Roma

29 de maio de 2025
Instagram Twitter Facebook YouTube TikTok
Escotilha

  • Sobre
  • Apoie
  • Política de Privacidade
  • Contato
  • Agenda
  • Artes Visuais
  • Colunas
  • Cinema
  • Entrevistas
  • Literatura
  • Crônicas
  • Música
  • Teatro
  • Política
  • Reportagem
  • Televisão

© 2015-2023 Escotilha - Cultura, diálogo e informação.

Sem Resultados
Veja Todos Resultados
  • Reportagem
  • Política
  • Cinema
  • Televisão
  • Literatura
  • Música
  • Teatro
  • Artes Visuais
  • Sobre a Escotilha
  • Contato

© 2015-2023 Escotilha - Cultura, diálogo e informação.