Há pouco mais de 10 anos, a Disney lançou nos cinemas Encantada, dirigido por Kevin Lima, que tornou-se um sucesso por trazer o universo dos contos de fada à berlinda com uma roupagem nova. Protagonizado por Amy Adams, Patrick Dempsey, Susan Sarandon e James Marsden, o longa-metragem une a animação 2D e o live action de forma harmoniosa, criando assim uma trama envolvente, cativante e com números musicais especialíssimos.
Há poucos dias, em entrevista ao programa de tevê norte-americano The Talk, da CBS, Amy Adams confirmou a possibilidade de um segundo filme: “Eu estou muito pronta para isso! Estamos trabalhando no projeto”, declarou a atriz.
Em planejamento desde 2010, a sequência tem tudo para ser batizada com o sugestivo título de Desencantada. A história se passa exatamente uma década depois do término da trama do primeiro filme e mostra a agitada e atrapalhada princesa Giselle questionando o famoso “felizes para sempre”.
Em suas divagações, a jovem acaba por desencadear situações que alteram a rotina do chamado mundo real e de Andalasia, terra mágica em que nasceu. O filme tem os ingredientes certos para repetir o êxito do seu antecessor, que arrecadou, mundialmente, US$ 340 milhões.
Música
Um dos pontos fortes de Encantada diz respeito à trilha sonora. Alan Menken, conhecido pelos clássicos Aladdin, A Bela e a Fera, A Pequena Sereia, Pocahontas, entre outros projetos, foi responsável pelas músicas que embalam a narrativa.
Outro mérito do filme está na forma como ele estabelece o confronto de ideais do chamado ‘mundo real’ com a realidade do universo fantástico.
Canções como “That’s How You Know” “So Close” e “Happy Working Song” conquistaram o público. As três faixas, inclusive, concorreram ao Oscar de melhor canção original em 2008.
Outro mérito do filme está na forma como ele estabelece o confronto de ideais do chamado “mundo real” com a realidade do universo fantástico. Amy Adams confere à Giselle uma personalidade única, que tem a força de mudar pensamentos e atitudes de muitas pessoas à sua volta.
Talvez aí esteja realmente o grande diferencial de Encantada. O filme, de forma despretensiosa, provoca uma reflexão sobre a realidade cotidiana. As pessoas, de maneira geral, se tornaram céticas e incapazes de sonhar. Com Giselle e seus amigos por perto, fica claro que um pouco de magia pode fazer a diferença.
Um exemplo interessante é a relação de Robert, interpretado por Dempsey, com a filha. Ele passa a criá-la sozinho após a conturbada separação de sua esposa. Por conta de suas frustrações e decepções, o personagem impõs à criança elementos típicos da vida adulta, que podem, na sua avaliação, protegê-la de mágoas e ilusões.
Sem previsão de estreia da sua continuação, Encantada é sempre uma dica para uma boa sessão pipoca. Um programa recomendado para públicos de todas as idades, pois uma porção generosa de fantasia não faz mal a ninguém. Experimente…