A Netflix percebeu o potencial do público infantojuvenil brasileiro e está fazendo apostas certeiras para atingir essa audiência. Um exemplo disso é a recém-lançada série Ninguém Tá Olhando, dirigida por Daniel Rezende e estrelada por dois nomes de peso do mundo digital – os youtubers Kéfera Buchmann e Victor Lamoglia.
Rezende é hoje um dos mais respeitados nomes do audiovisual no país. Além da excelente repercussão com seu longa de estreia, Bingo – O Rei das Manhãs (2017), coube ao cineasta a missão bem-sucedida de levar à tela grande, em versão live-action, os clássicos personagens de Mauricio de Sousa.
Os oito episódios da primeira temporada, disponibilizados há pouco mais de 15 dias na plataforma de streaming, trazem uma leitura moderna dos chamados anjos da guarda.
A boa repercussão de crítica e público de Turma da Mônica – Laços, que já tem sequência confirmada, confere a Daniel Rezende o status de referência na produção de conteúdo voltado a crianças e adolescentes. Ninguém Tá Olhando, por exemplo, comprova positivamente essa tese.
Os oito episódios da primeira temporada, disponibilizados há pouco mais de 15 dias na plataforma de streaming, trazem uma leitura moderna dos chamados anjos da guarda. Para os fãs de produções como The End of Fucking World, O Guia do Mochileiro das Galáxias e, claro, The Good Place, é programa mais que recomendado.
Trama
A trama de Ninguém Tá Olhando gira em torno de Ulisses, ou Uli (Victor Lamoglia), o primeiro Angelus (nome dado aos anjos da guarda) contratado após muitos anos no 5511º Distrito. O novato precisa passar por um treinamento para exercer suas atividades plenamente, no caso, proteger e fazer diferença na vida da pessoa a que é direcionado. Uma missão e tanto!
Sem poderes especiais e com hábitos comuns aos humanos, os Angelus terão sua rotina modificada com a chegada de Uli. Ele vem realmente para questionar e colocar na berlinda regras e comportamentos até então intocados.
Além de descobrir um segredo sobre a existência de Deus, Ulisses vai se envolver com a humana Miriam (Kéfera Buchmann), que nem sequer foi colocada no seu caminho para receber proteção. Juntos, os dois se alternam no conceito esperado de um ser místico: em alguns momentos, o rapaz é a razão, enquanto a garota – apaixonada por astrologia – se agarra à fé para orientar seu destino.
Definida por Daniel Rezende como uma comédia existencialista, Ninguém Tá Olhando tem um protagonista que – a todo momento – nos faz questionar o sistema burocrático e cheio de regras em que vivemos. A série também é muito feliz ao promover uma curiosa discussão sobre as contradições.
Com nomes como Júlia Rabello, Danilo de Moura e Projota, Ninguém Tá Olhando vale, com certeza, uma maratona. A série rende ainda uma boa roda de conversa com os amigos e familiares sobre as situações que traz à tona. Fica a dica…