Um nome merece atenção especial na cerimônia do Oscar 2018: Timothée Chalamet. Aos 22 anos, ele pode se tornar o mais jovem artista a receber a estatueta de melhor ator na grande festa da indústria da sétima arte, programada para o dia 4 de março.
Como acontece todos os anos com a divulgação da lista de indicados da Academia de Artes e Ciências Cinematográficas, o ator acaba de entrar para o seleto grupo de queridinhos de Hollywood – a exemplo de Jennifer Lawrence e Anna Kendrick. Em Me Chame pelo Seu Nome (confira a crítica do jornalista Paulo Camargo sobre o longa-metragem), Timothée Chalamet impressiona pela sensibilidade com que interpreta Elio. Com apenas 17 anos, o garoto, que tem forte ligação com a música, descobre o amor com a chegada de Oliver (Arnie Hammer).
O visitante, que passa a ocupar espaço privilegiado na rotina do menino e também no seu coração, traz novas sensações e experiências à pacata vila italiana em que o adolescente passa as férias de verão com os pais. A forma como o jovem encara seus sentimentos, desejos, medos e dúvidas faz da produção uma das gratas surpresas entre os indicados ao Oscar deste ano. Me Chame pelo Seu Nome concorre em quatro categorias (além de melhor ator, a produção foi indicada como melhor filme, melhor roteiro adaptado e melhor canção original – “Mystery of Love”), com uma curiosidade bacana: o brasileiro Rodrigo Teixeira é um dos produtores do filme.
Trajetória
Vale lembrar que Timothée também integra o elenco de Lady Bird – A Hora de Voar, que concorre a 5 Oscars. Depois das participações em filmes como Interestelar e O Natal dos Coopers, além das séries Lei & Ordem, Homeland e Royal Pains, Chalamet deve surgir nos próximos meses em novas produções para a tela grande.
Ao lado de Selena Gomez, o ator é um dos protagonistas de A Rainy Day in New York, de Woody Allen. O filme, que está em pós-produção, foi bastante afetado pelas novas acusações de assédio contra o cineasta, sobretudo após as declarações de sua enteada, Dylan Farrow, em um programa matinal da rede de tevê norte-americana CBS.
Chalamet, assim como Selena Gomez e outros artistas, doou parte do cachê que recebeu pela participação no longa de Allen para a campanha Time’s Up, movimento que procura reunir mulheres contra o assédio sexual e moral. O artista também usou o dinheiro para ajudar o Centro LGBT de Nova York e a RAINN, uma organização contra a violência sexual.
Filho de mãe americana e pai francês, Timothée Chalamet estudou em uma das mais conceituadas escolas de arte de Nova York, a LaGuardia High School of Music & Art and Performing Arts, e também ganhou espaço na mídia após um breve romance com Lourdes Maria, primogênita do ícone pop Madonna.
Aos fãs do romance de Elio e Oliver, uma boa notícia. O diretor Luca Guadagnino confirmou a sequência de Me Chame pelo Seu Nome, que deve abordar a epidemia da Aids. Provavelmente, com direito a mais um show de interpretação do promissor Timothée Chalamet.
Em tempo: a editora Intrínseca, que edita o romance do escritor André Aciman no Brasil, tem um hotsite especialmente dedicado à obra. Fica a dica.