Há 10 anos, Demi Lovato tornou-se popular entre crianças e adolescentes do mundo todo ao protagonizar, ao lado do grupo Jonas Brothers, o sucesso Camp Rock, filme do Disney Channel que alcançou impressionantes índices de audiência. Às vésperas de retornar ao Brasil, a atriz, cantora e compositora norte-americana participou recentemente do programa de tevê Dr. Phil, nos EUA, no qual fez revelações importantes sobre sua vida pessoal.
Em 2010, no auge da fama e viajando o planeta com a turnê baseada no segundo filme da franquia Camp Rock, Demi se afastou do projeto para se dedicar, voluntariamente, a um tratamento de saúde em um centro de reabilitação. A jovem, atualmente com 25 anos, desde os 7 tinha pensamentos suicidas.
Durante a entrevista, ela contou que, na infância, se sentia triste e que o suicídio representava uma possível solução para os seus problemas. “Eu era fascinada pela morte”, relatou. A coragem de Demi ao abrir detalhes de sua história íntima revela também a necessidade cada vez mais urgente de uma mudança de postura das famílias, da escola e de toda a sociedade em relação às nossas crianças e adolescentes. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), o suicídio é a terceira causa de morte entre jovens de 10 a 15 anos no Brasil.
A coragem de Demi ao abrir detalhes de sua história íntima revela também a necessidade cada vez mais urgente de uma mudança de postura das famílias, da escola e de toda a sociedade em relação às nossas crianças e adolescentes.
Na conversa com o psicólogo Phil McGraw, Demi revelou que a conturbada relação com o pai, morto em 2013, foi um fator impulsionador para seus problemas. Patrick Lovato sofria de transtornos mentais e isso afetou muito o desenvolvimento da garota. “Agora que fiquei mais velha, tenho a capacidade de me afastar e olhar com certo distanciamento. Ele estava mentalmente doente e não me abandonou porque queria”, avaliou.
Conscientização
Disposta a fazer a diferença na vida de outras pessoas, Demi Lovato assumiu o compromisso de chamar a atenção de toda a sociedade para a necessidade de cuidados com a saúde mental. Pelas suas redes sociais, procura compartilhar mensagens que incentivem a autoestima, a aceitação do próprio corpo e a disposição para discutir situações que possam passar silenciosas para os amigos e familiares.
Depois de vencer os pensamentos suicidas, o alcoolismo e a depressão, a artista ainda tenta superar os distúrbios alimentares. “Eu sinto que me livrei dos meus problemas com alcoolismo e que não preciso pensar mais nisso. Mas o meu esforço com os transtornos alimentares é algo com o qual eu ainda lido”, desabafou.
A automutilação fazia parte da rotina de Demi, sobretudo por conta do bullying que sofreu na adolescência. “Voltei a me cortar e teve um tempo em que minha mãe tinha medo de me acordar de manhã, pois ela não sabia se, ao abrir a porta, eu estaria viva ou morta, porque toda vez que me cortava eu ia mais fundo”, declarou.
Vivendo uma fase de superação, Demi lançou em 2017, no YouTube, um documentário sobre sua trajetória artística, intitulado Simply Complicated. Feliz e otimista, há poucas semanas ela comemorou com os fãs seis anos de uma vida nova. “Boa parte da minha recuperação foi aprender a me amar e dar as costas para os outros”, comemorou.
Para os fãs da artista, uma boa notícia. Em abril, Demi Lovato faz quatro apresentações da turnê Tell Me You Love Me no pais: São Paulo (15), Recife (17), Fortaleza (19) e Rio de Janeiro (21). Os ingressos, que variam de R$ 90 a R$ 580, estão à venda no site da Eventim. Uma forma especial e inspiradora de comemorar uma reviravolta positiva em sua carreira e na vida pessoal. Um exemplo que vale a pena ser disseminado…