Em um momento de grave crise política, econômica e ética, uma forma fácil de explicar a situação do Brasil é fazê-la através do futebol, esporte tão amado pelo cidadão brasileiro. Acompanhe.
Eduardo Cunha é Eurico Miranda: em 1969, já vice-presidente de Patrimônio do Vasco da Gama, desligou o quadro de energia para adiar uma reunião que decidiria pela cassação ou não do mandato de Reinaldo de Matos Reis, então presidente do Clube. Alvo de inúmeras denúncias sobre diversas irregularidades em sua administração, foi um dos acusados no relatório final da CPI do Futebol, em 2001. Segue livre.
Aécio Neves é o Fluminense: em 2013, foi rebaixado em campo no Campeonato Brasileiro. Indignado com o resultado, o Fluminense entrou com recurso no STJD alegando que a Portuguesa de Desportos e o Flamengo haviam escalado jogadores irregulares em suas últimas partidas. Cada um deles perdeu quatro pontos, fazendo com que o clube subisse para a 15.ª posição.
Beto Richa e Geraldo Alckmin são o zagueiro português Pepe: Ruim com a bola no pé, mas ótimo com a canela dos atacantes adversários. Segue à risca a lei do “futebol é coisa pra macho” e, em virtude disto, aos que não concordam com ele, senta o sarrafo.
Beto Richa e Geraldo Alckmin são o zagueiro português Pepe: Ruim com a bola no pé, mas ótimo com a canela dos atacantes adversários.
Fernando Collor é Vanderley Luxemburgo: foi flagrado utilizando documentação falsa e sofreu um processo por sonegação fiscal. Sempre contratado como salvador da pátria e carregando um “projeto”, ficou marcado pela pífia passagem no comando do Real Madrid, da Espanha.
Marina Silva é o Casagrande, comentarista da Rede Globo: com histórico na luta pela redemocratização do país, ficou marcado por suas frases contraditórias durante as transmissões de futebol na emissora carioca.
Lula é Andrés Sanchez: tornou o clube paulista uma máquina de fazer dinheiro, aliando sua gestão ao trabalho de seu Departamento de Marketing. Com pouco traquejo para falar em público, costuma soltar umas pérolas que os corinthianos rezam para que não sejam verdades. Crítico ferrenho da gestão da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) e do ex-presidente do Corinthians Alberto Dualib, acusado de lavagem de dinheiro e formação de quadrilha, parece ter se esquecido que andava de mãos dadas com essa turma, tendo sido dirigente no mandato do ex-presidente. É filiado ao PT.
Dilma é o Internacional: grande clube vermelho da capital gaúcha, consegue vez ou outra emplacar bons resultados em campo, tendo ganhado duas edições da Copa Libertadores e um Mundial de Clubes da Fifa, mesmo com um elenco nada mais que mediano. Joga a culpa de todos seus fracassos e derrotas na conta da CBF e do Corinthians, dispostos a tudo para derrubar o clube de Porto Alegre.
Michel Temer é o Atlético Paranaense: Tem um estádio muito bonito, uma torcida fervorosa sempre atrás e só. Um clube decorativo na Série A.
Brasil é o Palmeiras: verde, repleto de histórias e conquistas, volta e meia conquista alguma taça. Mas a verdade é que há anos o clube pode ser resumido pelo ditado : “por fora, bela viola; por dentro, pão bolorento”.