• Quem somos
  • Apoie
  • Política de Privacidade
  • Contato
25 de junho de 2022
  • Login
Sem Resultados
Veja Todos Resultados
Escotilha
  • Cinema & TV
    • Canal Zero
    • Central de Cinema
    • Espanto
    • Olhar em Série
  • Literatura
    • Contracapa
    • Ponto e Vírgula
  • Música
    • Caixa Acústica
    • Prata da Casa
    • Radar
    • Vitrola
  • Teatro
    • Em Cena
    • Intersecção
  • Artes Visuais
    • Mirante
    • Visualidades
  • Crônicas
    • Helena Perdiz
    • Henrique Fendrich
    • Paulo Camargo
    • Yuri Al’Hanati
  • Colunas
    • À Margem
    • Vale um Like
  • Cinema & TV
    • Canal Zero
    • Central de Cinema
    • Espanto
    • Olhar em Série
  • Literatura
    • Contracapa
    • Ponto e Vírgula
  • Música
    • Caixa Acústica
    • Prata da Casa
    • Radar
    • Vitrola
  • Teatro
    • Em Cena
    • Intersecção
  • Artes Visuais
    • Mirante
    • Visualidades
  • Crônicas
    • Helena Perdiz
    • Henrique Fendrich
    • Paulo Camargo
    • Yuri Al’Hanati
  • Colunas
    • À Margem
    • Vale um Like
Escotilha
Sem Resultados
Veja Todos Resultados
Home Crônicas Henrique Fendrich

Neném na caixa de papelão

Henrique Fendrich por Henrique Fendrich
3 de abril de 2019
em Henrique Fendrich
A A
"Neném na caixa de papelão", crônica de Henrique Fendrich.

Imagem: Reprodução.

Compartilhe no TwitterEnvie pelo WhatsAppCompartilhe no Facebook

Chama-se Aurora, como poderia se chamar Vitória, ou outro nome bastante simbólico que costuma ser dado nestas ocasiões. Aurora pesa pouco mais de três quilos e mede 47 centímetros – cabe perfeitamente dentro de uma caixa de papelão. Coberta por um pano, ninguém imagina que está lá dentro. Quem sabe seja um gatinho, pensa o estudante que passa pela rua e encontra a caixa. Mas um braço se deixa mostrar – é o bracinho de Aurora. E o estudante descobre um bebê, um recém-nascido ainda com cordão umbilical.

Ora, o estudante é apenas um estudante de 20 anos, não tem os próprios filhos, não tem experiência de vida, e por isso não sabe exatamente o que fazer com aquela criança que ele pensou que fosse um gatinho. Mas há por perto uma mulher, uma mãe, alguém que leva Aurora para casa, coloca roupinhas novas nela e em seguida acompanha o estudante até uma delegacia. De lá parte uma viatura dos bombeiros e a recém-nascida é levada de volta para um hospital, onde é submetida a uma série de exames e recebe o seu nome de batismo.

Anúncio. Deslize para continuar lendo.

Quem sabe seja um gatinho, pensa o estudante que passa pela rua e encontra a caixa. Mas um braço se deixa mostrar – é o bracinho de Aurora. E o estudante descobre um bebê, um recém-nascido ainda com cordão umbilical.

Que, frise-se, não é o mesmo escolhido pelo estudante. Para ele, a menina se chamaria Karen – o estudante queria fazer algum tipo de homenagem ao pai, que é de origem austríaca (o estudante não sabe que Karen é de origem escandinava). Mas Karen não é um nome que se dê a um neném encontrado em uma caixa de papelão, por mais que signifique “pura” ou “casta” – é muito mais adequado chamá-lo de Aurora. E, também, o estudante foi apenas a pessoa que encontrou a menina, não pode sair batizando assim quem bem entender. Que faça a homenagem em sua própria filha, é o que o hospital deixa subentendido.

Não é todo dia que se encontra um recém-nascido, e por isso o estudante nem sabe o que dizer quando perguntam como se sente. Tem apenas uma convicção: a de que é preciso manter contato com Aurora depois de tudo isso. No abandono daquela criança, não desejada, não programada, um rapazinho descobriu os seus próprios desejos de pai.

Tags: abandonadoAurorabebêcrônicaenjeitadoLixopaipapelão
Post Anterior

Dennison Ramalho discute a crítica social no cinema de horror

Próximo Post

Noah Centineo é o “queridinho” da Netflix

Posts Relacionados

"Drama da mulher que briga com o ex", crônica de Henrique Fendrich.

Drama da mulher que briga com o ex

24 de novembro de 2021
"A vó do meu vô", crônica de Henrique Fendrich

A vó do meu vô

17 de novembro de 2021

Saint-Exupéry e o mundo deserto

10 de novembro de 2021

Das laranjas e dos crepúsculos

3 de novembro de 2021

Pedalando na chuva

27 de outubro de 2021

Mulher do 3×4

20 de outubro de 2021
  • O primeiro episódio de WandaVision nos leva a uma sitcom da década de 1950.

    4 coisas que você precisa saber para entender ‘WandaVision’

    0 shares
    Share 0 Tweet 0
  • De quem é a casa do ‘É de Casa’?

    0 shares
    Share 0 Tweet 0
  • ‘Ilusões Perdidas’ é brilhante adaptação do clássico de Balzac, mais atual do que nunca

    0 shares
    Share 0 Tweet 0
  • ‘Tudo é rio’, de Carla Madeira, é uma obra sobre o imperdoável

    0 shares
    Share 0 Tweet 0
  • ‘A Vida Secreta de Zoe’ fica entre o apelo erótico e a prestação de serviço

    0 shares
    Share 0 Tweet 0
Instagram Twitter Facebook YouTube
Escotilha

  • Quem somos
  • Apoie
  • Política de Privacidade
  • Contato
  • Artes Visuais
    • Mirante
    • Visualidades
  • Cinema & TV
    • Canal Zero
    • Central de Cinema
    • Espanto
    • Olhar em Série
  • Colunas
    • Cultura Crítica
    • Vale um Like
  • Crônicas
  • Literatura
    • Contracapa
    • Ponto e Vírgula
  • Música
    • Caixa Acústica
    • Prata da Casa
    • Radar
    • Vitrola
  • Teatro
    • Em Cena
    • Intersecção

© 2015-2021 Escotilha - Cultura, diálogo e informação.

Sem Resultados
Veja Todos Resultados
  • Cinema & TV
  • Literatura
  • Música
  • Teatro
  • Colunas
  • Artes Visuais
  • Crônicas
  • Sobre a Escotilha
  • Contato

© 2015-2021 Escotilha - Cultura, diálogo e informação.

Welcome Back!

Login to your account below

Forgotten Password?

Retrieve your password

Please enter your username or email address to reset your password.

Log In