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Tom Jones

Henrique Fendrich por Henrique Fendrich
27 de novembro de 2019
em Henrique Fendrich
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1. O livro, e não o cantor.

2. Tom Jones, de 1749, escrito por Henry Fielding, é um livro clássico que hoje já não é muito lido. Mas para incentivar a sua leitura bastaria dizer que era apreciado por Jane Austen e as irmãs Brontë e que o próprio Dickens gostava tanto dele que deu o seu nome a um filho: Henry Fielding Dickens.

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3. Sobre o que fala Tom Jones? “Sobre a tolice do amor e a sabedoria da prostituição legal”. Essa é uma das ironias utilizadas pelo autor para se referir ao casamento por interesse – não faltam ironias no livro e há quem aproxime Fielding e Machado.

4. A história em si é um drama romântico, do tipo que devia ser comum na época, mas o que mais chama a atenção é o uso de metalinguagem. Fielding incluía, ao final de cada capítulo, um outro em que discutia a própria obra que estava escrevendo. Ainda que ele divirta bastante – e realmente diverte –, há por ali também muitas reflexões bem interessantes.

Tom Jones, de 1749, escrito por Henry Fielding, é um livro clássico que hoje já não é muito lido. Mas para incentivar a sua leitura bastaria dizer que era apreciado por Jane Austen e as irmãs Brontë e que o próprio Dickens gostava tanto dele que deu o seu nome a um filho: Henry Fielding Dickens.

5. Segue um trecho de um desses capítulos em que a metalinguagem predomina:

“Um autor, para me fazer chorar, diz Horácio, há de chorar primeiro. Ninguém em realidade pode pintar bem uma aflição se não a sentir enquanto pinta; nem duvido de que as cenas mais patéticas e comoventes tenham sido escritas com lágrimas. O mesmo se verifica com o ridículo. Estou convencido de que nunca faço rir gostosamente o leitor senão quando eu mesmo rio antes dele; a menos de suceder alguma vez que, em lugar de rir comigo, ele se sinta inclinado a rir de mim”.

6. Há momentos em que a história ganha ares de uma novela picaresca, a la Dom Quixote. O herói também tem uma espécie de “escudeiro”, que é tão impertinente e interesseiro como o Sancho Pança. O primeiro terço do livro se passa em uma única aldeia, mas depois eles percorrem o mundo, entram em vendas e estalagens e encontram tipos curiosos. Um deles é o “homem da colina”, o mesmo que diz:

“Os homens de verdadeiro saber e conhecimentos quase universais sempre se amiseram da ignorância alheia; mas os sujeitos que se distinguem nalguma artezinha baixa e desprezível desprezam sempre os que lhes desconhecem a arte”.

7. Entre os lances dramáticos da história, é de se chamar a atenção para a trama em que uma mulher e um homem, simplesmente, combinam o estupro da mocinha. Eles não usam essas palavras, mas é exatamente isso que eles pretendem fazer.

8. Há muitas frases bem legais ao longo da trama e que também justificam a sua leitura:

“É um segredo bem conhecido dos grandes homens que, ao concederem um favor, nem sempre fazem um amigo, mas criam infalivelmente muitos inimigos”.

“Pode um advogado sentir todas as desgraças e aflições dos seus semelhantes, contanto que não lhe suceda estar interessado contra elas”.

“Dá-se, porém, com o ciúme o que se dá com a gota: quando se encontram no sangue essas enfermidades, nunca se pode ter a certeza de que não se manifestem”.

9. Nada de ver o filme, leiam o livro. E também não leiam as adaptações (elas não terão os capítulos metalinguísticos). Não aceitem edições que tenham menos do que 600 páginas.

10. Além de tudo, Henry Fielding também pode ser considerado o precursor dos coaches.

Ele chamou um dos capítulos de Tom Jones de “Receita para recobrar a perdida afeição de uma esposa, que nunca se soube houvesse falhado nos casos mais desesperados”.

É o capítulo em que o marido morre.

Tags: clássicos da literaturaHenry FieldingliteraturaTom Jones
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