• Quem somos
  • Apoie
  • Política de Privacidade
  • Contato
28 de junho de 2022
  • Login
Sem Resultados
Veja Todos Resultados
Escotilha
  • Cinema & TV
    • Canal Zero
    • Central de Cinema
    • Espanto
    • Olhar em Série
  • Literatura
    • Contracapa
    • Ponto e Vírgula
  • Música
    • Caixa Acústica
    • Prata da Casa
    • Radar
    • Vitrola
  • Teatro
    • Em Cena
    • Intersecção
  • Artes Visuais
    • Mirante
    • Visualidades
  • Crônicas
    • Helena Perdiz
    • Henrique Fendrich
    • Paulo Camargo
    • Yuri Al’Hanati
  • Colunas
    • À Margem
    • Vale um Like
  • Cinema & TV
    • Canal Zero
    • Central de Cinema
    • Espanto
    • Olhar em Série
  • Literatura
    • Contracapa
    • Ponto e Vírgula
  • Música
    • Caixa Acústica
    • Prata da Casa
    • Radar
    • Vitrola
  • Teatro
    • Em Cena
    • Intersecção
  • Artes Visuais
    • Mirante
    • Visualidades
  • Crônicas
    • Helena Perdiz
    • Henrique Fendrich
    • Paulo Camargo
    • Yuri Al’Hanati
  • Colunas
    • À Margem
    • Vale um Like
Escotilha
Sem Resultados
Veja Todos Resultados
Home Crônicas Paulo Camargo

Essa tal de Rita Lee Jones

Paulo Camargo por Paulo Camargo
28 de setembro de 2021
em Paulo Camargo
A A
"Essa tal de Rita Lee", crônica de Paulo Camargo.

Exposição no MIS SP celebra os 50 anos de carreira de Rita Lee. Imagem: Reprodução.

Compartilhe no TwitterEnvie pelo WhatsAppCompartilhe no Facebook

Guri ainda, caiu nas minhas mãos, não sei bem como, o livro Pippi Meialonga, clássico de literatura infantil escandinava, assinado pela escritora sueca Astrid Lindgren, publicado em 1945, ano do término da Segunda Guerra Mundial. Eu o descobri na década de 1970 e o devorei, assim como os outros dois volumes protagonizados pela mesma personagem, Pippi a Bordo e Pippi nos Mares do Sul.

Ainda alheio a questões de gênero e sem saber ao certo o que seria o tal do feminismo, do qual já se falava muito, meu encantamento por Pippi foi instantâneo. Mais ou menos com a minha idade à época, cabelos vermelhos, bem magrinha e o rosto coberto de sardas, a personagem era a independência em forma de gente e me inspirava. Vivia sozinha uma casa velha, a Vila Vilekula, numa cidadezinha do interior da Suécia. A mãe tinha morrido e o pai, contava ela, morava numa ilha nos Mares do Sul.

Anúncio. Deslize para continuar lendo.

Os melhores amigos de Pippi eram um macaco e um cavalo, e, para não se sentir tão só, preferia dormir no terraço da casa. Sua vida, no entanto, começa a mudar quando conhece duas outras crianças, Tommy e Annika, de quem ela se afeiçoa e lhe possibilitam importantes experiências de sociabilidade, embora ela não tivesse planos de ficar na localidade: seu sonho sempre foi zarpar, para reencontrar o pai.

Mais ou menos naqueles tempos eu descobri outra garota, um pouco mais velha, mas também ruiva, sardenta e de pernas muito longas. Ela se chamava Rita Lee, por quem eu me apaixonei aos 10 anos, em 1975, quando ouvi pela primeira vez Fruto Proibido, um dos grandes álbuns da história do rock brasileiro, gravado com a banda Tutti Frutti. A capa do LP, em tons de rosa e lilás, trazia a ex-Mutante em uma encarnação glam rock tupiniquim, com os cabelos vermelhos e picotados à la David Bowie. Aos meus olhos, ela não era uma cantora ou uma pop star: nela, eu enxergava um tanto de minha “amiga” Pippi, mas também uma super-heroína, saída dos gibis e dos desenhos animados.

Mais ou menos naqueles tempos eu descobri outra garota, um pouco mais velha, mas também ruiva, sardenta e de pernas muito longas. Ela se chamava Rita Lee e eu me apaixonei por ela aos 10 anos, em 1975, quando ouvi pela primeira vez o álbum Fruto Proibido, um dos grandes álbuns da história do rock brasileiro, gravado com a banda Tutti Frutti.

Os hits libertários “Esse Tal de Roquenrou” (parceria com Paulo Coelho) e “Ovelha Negra”, além de “Agora Só Falta Você”, “Dançar para Não Dançar”, “Cartão Postal” e “Fruto Proibido”, não apenas embalaram minha infância, assim como “O Vira”, dos Secos & Molhados”, lançado dois anos antes. O pacote todo – disco, capa, canções – inocularam em mim o vírus do amor pela música pop, por Rita, que agora completa 50 anos de carreira, com direito a novo single, a dançante, eletrônica e poliglota “Change”, ao relançamento de sua discografia em CD e vinil pela Universal Music e a uma exposição comemorativa ao seu meio século de carreira no Museu da Imagem e do Som de São Paulo (MIS-SP), que mal posso esperar para visitar.

A minha descoberta de Rita Lee coincidiu com a dolorosa separação de meus pais e, também, com minha busca por refúgio na literatura infantojuvenil, em livros como os protagonizados por Pippi Meialonga, para mim uma espécie de versão menina da roqueira maior do Brasil. Minha relação com sua música, com o que ela representa, portanto, transcende a apreciação estética, ou o gostar ou não gostar. Meio amiga do peito, meio tia louca, meio bruxa, meio Santa Rita de Sampa, ela embalou minha transição para a adolescência e, por fim, à idade adulta, assim como minhas descobertas mais íntimas, com “Mania de Você”, “Lança Perfume”, “Baila Comigo”, “Saúde”, “Banho de Espuma”, “Doce Vampiro”, “Vírus do Amor”, “Pega Rapaz” e outras tantas.

Tesouro nacional, de São Paulo a mais completa tradução, Rita até hoje me inspira, como artista e pessoa. Tanto que fecho este texto-homenagem com um de meus versos favoritos de suas canções: “Comer um fruto que é proibido, você não acha irresistível?/ Nesse fruto está escondido o paraíso, o paraíso”.

Tags: crônicaexposiçãoFruto ProibidoMIS-SPMuseu da Imagem e do Som de São Paulo (MIS)Pippi MeialongaRita Leerock nacional
Post Anterior

‘María de Buenos Aires’ trouxe Astor Piazzolla ao Theatro Municipal de São Paulo

Próximo Post

‘Precisamos Falar Sobre A.I.’ insiste: a humanidade deve discutir seu futuro

Posts Relacionados

"A falta que Fernanda Young faz", crônica de Paulo Camargo

A falta que Fernanda Young faz

8 de fevereiro de 2022
"Hygge", crônica de Paulo Camargo

Hygge

28 de janeiro de 2022

2022, o ano em que faremos contato com o Brasil

14 de dezembro de 2021

Em ‘Tik, Tik… Boom’, pulsa a dor de uma geração

7 de dezembro de 2021

Afeto

30 de novembro de 2021

‘Um Lugar ao Sol’ é um novelão da porra!

23 de novembro de 2021

Deixe um comentário Cancelar resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Esse site utiliza o Akismet para reduzir spam. Aprenda como seus dados de comentários são processados.

  • O primeiro episódio de WandaVision nos leva a uma sitcom da década de 1950.

    4 coisas que você precisa saber para entender ‘WandaVision’

    0 shares
    Share 0 Tweet 0
  • ‘Tudo é rio’, de Carla Madeira, é uma obra sobre o imperdoável

    0 shares
    Share 0 Tweet 0
  • ‘A Vida Secreta de Zoe’ fica entre o apelo erótico e a prestação de serviço

    0 shares
    Share 0 Tweet 0
  • ‘A Casa Mágica da Gabby’: por muito mais gatinhos fofinhos e coloridos

    0 shares
    Share 0 Tweet 0
  • ’90 dias para casar’ é puro deleite e deboche cultural

    0 shares
    Share 0 Tweet 0
Instagram Twitter Facebook YouTube
Escotilha

  • Quem somos
  • Apoie
  • Política de Privacidade
  • Contato
  • Artes Visuais
    • Mirante
    • Visualidades
  • Cinema & TV
    • Canal Zero
    • Central de Cinema
    • Espanto
    • Olhar em Série
  • Colunas
    • Cultura Crítica
    • Vale um Like
  • Crônicas
  • Literatura
    • Contracapa
    • Ponto e Vírgula
  • Música
    • Caixa Acústica
    • Prata da Casa
    • Radar
    • Vitrola
  • Teatro
    • Em Cena
    • Intersecção

© 2015-2021 Escotilha - Cultura, diálogo e informação.

Sem Resultados
Veja Todos Resultados
  • Cinema & TV
  • Literatura
  • Música
  • Teatro
  • Colunas
  • Artes Visuais
  • Crônicas
  • Sobre a Escotilha
  • Contato

© 2015-2021 Escotilha - Cultura, diálogo e informação.

Welcome Back!

Login to your account below

Forgotten Password?

Retrieve your password

Please enter your username or email address to reset your password.

Log In