• Sobre
  • Apoie
  • Política de Privacidade
  • Contato
Escotilha
Sem Resultados
Veja Todos Resultados
  • Reportagem
  • Política
  • Cinema
  • Televisão
  • Literatura
  • Música
  • Teatro
  • Artes Visuais
  • Reportagem
  • Política
  • Cinema
  • Televisão
  • Literatura
  • Música
  • Teatro
  • Artes Visuais
Escotilha
Home Literatura

O ‘Kaos Total’ organizado de Jorge Mautner

Publicada pela Companhia das Letras, coletânea 'Kaos Total' revisita a obra do cantor, músico e escritor e reaviva amor pela palavra de Jorge Mautner.

porJonatan Silva
8 de abril de 2016
em Literatura
A A
O 'Kaos Total' organizado de Jorge Mautner

Imagem: Reprodução.

Envie pelo WhatsAppCompartilhe no LinkedInCompartilhe no FacebookCompartilhe no Twitter

Jorge Mautner sempre foi uma figura mítica na cultura brasileira: sempre presente, mas invisível. Suas músicas ecoam pelas vozes de parceiros e amigos. Sua poesia transita em silêncio em undergrounds. A Companhia das Letras ao lançar a coletânea Kaos Total (416 págs.) dá novo vigor à obra do carioca baiano, parceiro de Caetano Veloso, Gilberto Gil e Nelson Jacobina – ao mesmo tempo em que celebra seus 75 anos.

Mautner é, parafraseando Raul Seixas, uma metamorfose ambulante. Seus versos são cheios de sincretismo religioso e político. “Filho predileto de Xangô”, “Urbe dracon” e “A Bandeira do meu Partido” são os textos que mais exemplificam as duas abordagens: indo do candomblé ao socialismo, dois temas delicados em uma sociedade polarizada – mas muito caros ao autor.

Kaos Total é explosivo já em sua abertura: uma coleção de detalhes de pinturas naif de Mautner, pinturas estas que permaneceram inéditas até agora. A organização do livro ficou a cargo de João Paulo Reyes e Maria Borba, curadores exigentes de um trabalho tão intenso. As pérolas são tantas, os encantos também. Ainda que Mautner seja um artista para artistas – como Vila-Matas é um escritor para escritores, por exemplo –, não é difícil entender essa admiração e respeito. “Desde que conheci Jorge Mautner, em Londres, chamo-o de mestre”, diz Caetano no livro.

Conhecer o seu trabalho é estar consciente da história cultural brasileira e da sua importância.

Mas o que mais chama a atenção do leitor, principalmente dos mais jovens, é a atemporalidade de Mautner. Como em “Maracatu Atômico”, música da década de 1970 mas imortalizada 20 anos mais tarde no manguebeat, o autor está internamente ligado a um futuro, a algo que não pode ser medido. É isso que dá sustentação à poética de Jorge Mautner, que permite a ele fazer todo sentido ainda hoje.

Filho do Holocausto

Jorge Mautner nasceu no Rio de Janeiro. Seus pais chegaram ao Brasil fugidos do terror que foi a caça aos judeus. Por isso, em nada surpreende que seus trabalhos sejam manifestos à sobrevivência. O seu primeiro livro, Deus da chuva e Deus da morte (1962), começou a ser escrito aos 15 anos. Com os dois livros seguintes, Kaos (1964) e Narciso em Tarde Cinza (1966), cria a trilogia chamada Mitologia do Kaos.

Não é difícil perceber que os fragmentos que encerram Kaos Total, e que parecem desconexos, estão ligados a um quê maior e mais denso, invisível a muitos. Conhecer o seu trabalho é estar consciente da história cultural brasileira e da sua importância. É impossível não celebrá-lo: “salve o nosso guia Jorge Mautner”.

KAOS TOTAL | Jorge Mautner

Editora: Companhia das Letras;
Tamanho: 416 págs.;
Lançamento: Janeiro, 2016.

COMPRE O LIVRO E AJUDE A ESCOTILHA

Tags: Caetano VelosoCompanhia das LetrasGilberto GilJorge MautnerKaos Totalletra de mpusicaLiteraturaLiteratura BrasileiraPoesiaRaul Seixas

VEJA TAMBÉM

A artista visual Mariana Valente. Imagem: Reprodução.
Entrevistas

Mariana Valente: “Clarice Lispector escrevia como quem cria um rasgo na linguagem”

16 de maio de 2025
Primeira edição de O Eternauta, publicada na revista Hora Cero Semanal. Imagem: Reprodução.
Entrevistas

HQ ‘O Eternauta’ traduz décadas da história da Argentina

9 de maio de 2025
Please login to join discussion

FIQUE POR DENTRO

A artista visual Mariana Valente. Imagem: Reprodução.

Mariana Valente: “Clarice Lispector escrevia como quem cria um rasgo na linguagem”

16 de maio de 2025
Stephen Sanchez traz seu som nostálgico ao C6 Fest. Imagem: Divulgação.

C6 Fest – Desvendando o lineup: Stephen Sanchez

15 de maio de 2025
Claudio Cataño dá vida ao Coronel Aureliano Buendía na adaptação de 'Cem Anos de Solidão'. Imagem: Netflix / Divulgação.

‘Cem Anos de Solidão’ transforma o tempo em linguagem

15 de maio de 2025
Aos 24 anos, Cat Burns vem ao Brasil pela primeira vez. Imagem: Divulgação.

C6 Fest – Desvendando o lineup: Cat Burns

14 de maio de 2025
Instagram Twitter Facebook YouTube TikTok
Escotilha

  • Sobre
  • Apoie
  • Política de Privacidade
  • Contato
  • Agenda
  • Artes Visuais
  • Colunas
  • Cinema
  • Entrevistas
  • Literatura
  • Crônicas
  • Música
  • Teatro
  • Política
  • Reportagem
  • Televisão

© 2015-2023 Escotilha - Cultura, diálogo e informação.

Sem Resultados
Veja Todos Resultados
  • Reportagem
  • Política
  • Cinema
  • Televisão
  • Literatura
  • Música
  • Teatro
  • Artes Visuais
  • Sobre a Escotilha
  • Contato

© 2015-2023 Escotilha - Cultura, diálogo e informação.