• Quem somos
  • Apoie
  • Política de Privacidade
  • Contato
27 de junho de 2022
  • Login
Sem Resultados
Veja Todos Resultados
Escotilha
  • Cinema & TV
    • Canal Zero
    • Central de Cinema
    • Espanto
    • Olhar em Série
  • Literatura
    • Contracapa
    • Ponto e Vírgula
  • Música
    • Caixa Acústica
    • Prata da Casa
    • Radar
    • Vitrola
  • Teatro
    • Em Cena
    • Intersecção
  • Artes Visuais
    • Mirante
    • Visualidades
  • Crônicas
    • Helena Perdiz
    • Henrique Fendrich
    • Paulo Camargo
    • Yuri Al’Hanati
  • Colunas
    • À Margem
    • Vale um Like
  • Cinema & TV
    • Canal Zero
    • Central de Cinema
    • Espanto
    • Olhar em Série
  • Literatura
    • Contracapa
    • Ponto e Vírgula
  • Música
    • Caixa Acústica
    • Prata da Casa
    • Radar
    • Vitrola
  • Teatro
    • Em Cena
    • Intersecção
  • Artes Visuais
    • Mirante
    • Visualidades
  • Crônicas
    • Helena Perdiz
    • Henrique Fendrich
    • Paulo Camargo
    • Yuri Al’Hanati
  • Colunas
    • À Margem
    • Vale um Like
Escotilha
Sem Resultados
Veja Todos Resultados
Home Literatura Ponto e Vírgula

Julián Fuks e a literatura de ocupação

Em 'A Ocupação', Julián Fuks retoma Sebastián, personagem de 'A Resistência', para criar um romance contra a barbárie.

Jonatan Silva por Jonatan Silva
24 de janeiro de 2020
em Ponto e Vírgula
A A
Julián Fuks retorna em 'A ocupação'

Julián Fuks. Imagem: Reprodução.

Compartilhe no TwitterEnvie pelo WhatsAppCompartilhe no Facebook

O homem é o lobo do homem. Ou a ruína, como afirma Julián Fuks em A Ocupação. Se em A Resistência – livro que recebeu três prêmios Jabuti – o autor investiga a própria história, em seu romance mais recente cria aquilo que chama de literatura de ocupação, que faz da cidade personagem, mas também um meio para uma mensagem contra a barbárie, capaz de transformar as vidas de homens e mulheres à deriva em um canto de guerra em defesa da realidade e do presente.

Sem se esquivar da discussão política, Fuks transcende a ideia de pontos de fuga, e como Orwell (1903 – 1950) em Na Pior em Paris e Londres, mergulha no outro. Quando Sebastián, solapado pela perspectiva da morte do pai e pelo nascimento do primeiro filho, participa da ocupação de antigo hotel no centro de São Paulo não é o prédio abandonado – que um dia recebeu entre seus hóspedes Nat King Cole – que acaba por ser ocupado, mas o próprio narrador.

Anúncio. Deslize para continuar lendo.

N’A Ocupação, cujo tratamento realista e autoficcional dão o tom da narrativa, o Brasil é um país de contrastes, praticamente impossível de ser compreendido, e explica a impossibilidade de comunicação e interação entre as classes.

O romance, que resulta de uma residência artística que Fuks participou no Hotel Cambridge e também da mentoria do escritor moçambicano Mia Couto – patrocinada, por sinal, pela Rolex –, é o retrato das fragilidades de uma terra em transe: de um lado a população sem teto e os refugiados, de outro, um voyeur de classe média em ruínas. Por meio desses paradoxos, Fuks coloca luz sobre as diferentes experiências que dão forma – e, em muitos casos, até deformam – a sociedade.

N’A Ocupação, cujo tratamento realista e autoficcional dão o tom da narrativa, o Brasil é um país de contrastes, praticamente impossível de ser compreendido, e explica a impossibilidade de comunicação e interação entre as classes. “Não olhei os seus olhos, nos seus olhos não cheguei a procurar a minha própria imagem”, comenta o narrador ao ser abordado por um homem embriagado em uma cadeira de rodas.

A impressão, em um sentido explícito de mea culpa, é muito clara: não fomos feitos à imagem e semelhança daquele com quem nós não nos identificamos.

Dentro dos escombros

À medida que Sebastián se deixa invadir pela ocupação – e aceitar aquilo que é seu, da sua natureza e também da sua família –, a inércia que o levava ralo abaixo passa a colocar suas certezas em xeque, construindo um novo homem dentro dos escombros. É a partir desse processo de ressignificação, por meio das histórias dos moradores e do porquê integram o movimento – permeiando o livro como pequenos contos –, que o romance ganha força e potência. “A literatura é para toda gente, foi-se o tempo em que se acreditava confinada em círculos restritos”, explica Fúks em entrevista à revista Quatro Cinco Um. “É sobretudo para gente desocupada de preconceitos e certezas equívocas”.

Mesmo que à revelia, A Ocupação é uma espécie de continuação de A Resistência, entretanto, é em seu último romance que Fúks faz da literatura um manifesto de sobrevivência e de reflexão, impondo ao leitor um exercício de contínuo de alteridade e empatia.

Isso faz d’A Ocupação uma tentativa bem-sucedida de humanizar o invisível e de trazer à tona uma discussão que, apesar de cada vez mais premente, está longe dos holofotes e ainda muito distante do universo literário.

A OCUPAÇÃO | Julián Fuks

Editora: Companhia das Letras;
Tamanho: 136 págs.;
Lançamento: Dezembro, 2019.

Compre na Amazon

link para a página do facebook do portal de jornalismo cultural a escotilha

Tags: A OcupaçãoA ResistênciaCompanhia das LetrasCríticacrítica literáriaGeorge OrwellHotel CambridgeJulián FuksliteraturaMia CoutoNa pior em Paris em Londresresenha
Post Anterior

‘Adoráveis Mulheres’ é mais atual e relevante do que nunca

Próximo Post

São Paulo recebe festival “Verão sem Censura” em defesa da liberdade de expressão

Posts Relacionados

'Os Coadjuvantes', de Clara Drummond, é um petardo ácido sobre as elites brasileiras

‘Os Coadjuvantes’, de Clara Drummond, é um petardo ácido sobre as elites brasileiras

24 de junho de 2022
A literatura e a morte: conheça 5 livros sobre o processo do luto

A literatura e a morte: conheça 5 livros sobre o processo do luto

30 de maio de 2022

Aline Bei: “Preencho a página da forma mais poética que conseguir”

23 de maio de 2022

‘Animal’, de Lisa Taddeo: o retrato de uma mulher violada

16 de maio de 2022

‘A Vida Mentirosa dos Adultos’: um pequeno grande romance sobre as dores do crescimento

20 de abril de 2022

Em ‘Arrastados’, Daniela Arbex reconstitui o tsunami de lama em Brumadinho

15 de março de 2022
  • O primeiro episódio de WandaVision nos leva a uma sitcom da década de 1950.

    4 coisas que você precisa saber para entender ‘WandaVision’

    0 shares
    Share 0 Tweet 0
  • ‘Tudo é rio’, de Carla Madeira, é uma obra sobre o imperdoável

    0 shares
    Share 0 Tweet 0
  • De quem é a casa do ‘É de Casa’?

    0 shares
    Share 0 Tweet 0
  • ‘A Vida Secreta de Zoe’ fica entre o apelo erótico e a prestação de serviço

    0 shares
    Share 0 Tweet 0
  • ‘Ilusões Perdidas’ é brilhante adaptação do clássico de Balzac, mais atual do que nunca

    0 shares
    Share 0 Tweet 0
Instagram Twitter Facebook YouTube
Escotilha

  • Quem somos
  • Apoie
  • Política de Privacidade
  • Contato
  • Artes Visuais
    • Mirante
    • Visualidades
  • Cinema & TV
    • Canal Zero
    • Central de Cinema
    • Espanto
    • Olhar em Série
  • Colunas
    • Cultura Crítica
    • Vale um Like
  • Crônicas
  • Literatura
    • Contracapa
    • Ponto e Vírgula
  • Música
    • Caixa Acústica
    • Prata da Casa
    • Radar
    • Vitrola
  • Teatro
    • Em Cena
    • Intersecção

© 2015-2021 Escotilha - Cultura, diálogo e informação.

Sem Resultados
Veja Todos Resultados
  • Cinema & TV
  • Literatura
  • Música
  • Teatro
  • Colunas
  • Artes Visuais
  • Crônicas
  • Sobre a Escotilha
  • Contato

© 2015-2021 Escotilha - Cultura, diálogo e informação.

Welcome Back!

Login to your account below

Forgotten Password?

Retrieve your password

Please enter your username or email address to reset your password.

Log In