• Quem somos
  • Apoie
  • Política de Privacidade
  • Contato
11 de agosto de 2022
  • Login
Sem Resultados
Veja Todos Resultados
Escotilha
  • Cinema & TV
    • Canal Zero
    • Central de Cinema
    • Espanto
    • Olhar em Série
  • Literatura
    • Contracapa
    • Ponto e Vírgula
  • Música
    • Caixa Acústica
    • Prata da Casa
    • Radar
    • Vitrola
  • Teatro
    • Em Cena
    • Intersecção
  • Artes Visuais
    • Mirante
    • Visualidades
  • Crônicas
    • Helena Perdiz
    • Henrique Fendrich
    • Paulo Camargo
    • Yuri Al’Hanati
  • Colunas
    • À Margem
    • Vale um Like
  • Cinema & TV
    • Canal Zero
    • Central de Cinema
    • Espanto
    • Olhar em Série
  • Literatura
    • Contracapa
    • Ponto e Vírgula
  • Música
    • Caixa Acústica
    • Prata da Casa
    • Radar
    • Vitrola
  • Teatro
    • Em Cena
    • Intersecção
  • Artes Visuais
    • Mirante
    • Visualidades
  • Crônicas
    • Helena Perdiz
    • Henrique Fendrich
    • Paulo Camargo
    • Yuri Al’Hanati
  • Colunas
    • À Margem
    • Vale um Like
Escotilha
Sem Resultados
Veja Todos Resultados
Home Música Caixa Acústica

O que restou de nossos amores?

Raphaella Lira por Raphaella Lira
2 de setembro de 2017
em Caixa Acústica
A A
Indie rock dos anos 2000

Foto: StockSanp/Pixabay.

Compartilhe no TwitterEnvie pelo WhatsAppCompartilhe no Facebook

Talvez devêssemos nos lembrar com exatidão, mas minha vida circa 2000, preciso confessar, é um enorme borrão. Os fatos da memória se sucedem sem muita cronologia, enquanto a trilha sonora se mistura ao fundo sem grande critério. O que eu queria me lembrar mesmo era quando o indie se tornou isso que é hoje, quando foi que demos à década musical de 1990 como oficialmente encerrada e a música conforme a conhecemos hoje se transformou no lugar-comum. Eu gostaria de me lembrar.

O que me recordo, porém, foi de como comprei meu primeiro CD do The Strokes e como cada uma daquelas faixas influenciou grupos que povoam minhas playlists até os dias de hoje. E bem, esse questionamento que hoje me assola passa por algo que foi uma parte determinante da minha formação musical e a de todos os meus amigos também.

Anúncio. Deslize para continuar lendo.

No Rio de Janeiro, desde de meados dos anos 90, sempre foi difícil buscar um lugar ao sol, pois quem não se enquadrava muito no repertório padrão, que sempre envolveu uma combinação de samba, funk e boates que só tocavam hip hop descontextualizado. Durante esses anos, houve a Bunker, boate em Copacabana onde grande parte dos meus amigos tomou seus primeiros porres e ouviu a maior parte das coisas que até hoje se encontra nas listas que fazemos para as festinhas. Depois de findo o reinado da Bunker, iniciaram-se os anos da Casa da Matriz, boate que resiste até os dias de hoje, apesar de já ter perdido grande parte da sua força e charme, sem contar festas e repertório. A fim de continuar viva, a Matriz nem de perto se parece com o lugar onde eu passava todas as minhas segundas-feiras, dançando ao som de indie rocks duvidosos, com The Shins e The Bravery.

A questão é que por melhores que sejam as memórias que meus amigos e eu temos desses anos perdidos, e que por mais resistentes – e também persistentes – que tenham sidos os arquétipos musicais nascidos sob a geração de Julian Casablancas e cia, é quase que inevitável que nos perguntemos hoje para onde caminha o cenário da música alternativa.

Em fevereiro desse ano, uma discussão um tanto quanto polêmica envolvendo Dave Longstreth, do Dirty Projectors, e Robin Pecknold, frontman do Fleet Foxes, foi o centro das atenções no Instagram, quando os músicos se questionaram sobre o futuro do indie rock enquanto gênero. O líder do Dirty Projectors não hesitou em afirmar que o indie se tornou simultaneamente ruim, burguês e medíocre, e que tudo que faz parte do que consideramos paradigmático nesse gênero musical se tornou ultrapassado e não faz muito sentido em ser reproduzido hoje.

É preciso lembrar também que há muito tempo os riffs soam repetitivos e mesmo bandas que já foram consideradas vanguardistas enquanto arrastavam quantidades inimagináveis de pessoas a shows não gravam nenhuma faixa verdadeiramente boa há anos.

Por mais que se queira problematizar as afirmações de Longstreth, sem deixar de entrever que, apesar dos altos e baixos, ainda há muita música consistente sendo gerada sob a alcunha do indie (que há tanto tempo deixou de significar estritamente independente e se transformou em algo mais), é preciso lembrar também que há muito tempo os riffs soam repetitivos e mesmo bandas que já foram consideradas vanguardistas enquanto arrastavam quantidades inimagináveis de pessoas a shows não gravam nenhuma faixa verdadeiramente boa há anos.

É salutar que regularmente reflitamos não só sobre a qualidade do que andamos ouvindo, lendo, assistindo, como também se de fato os artistas que se encontram hoje no olho do furacão ainda poderão ser tomados como representantes válidos de um gênero ou uma época daqui a 40 ou 50 anos ou se serão meras notas de rodapé. É nesse ponto também que eu me coloco apenas como alguém que ouve música o tempo todo e se sente curiosa.

Talvez, secretamente, eu ainda esteja alimentando a fantasia de que, da mesma maneira que o rock foi uma ruptura no cenário da música popular há quase 60 anos atrás, o indie siga pelo mesmo caminho, ainda que possamos não estar mais vivendo numa realidade que comporte mudanças tão radicais de paradigma. Não obstante, é provável que nesse ponto eu esteja parcialmente de acordo com o líder do Dirty Projectors e ache que, sim, talvez seja importante que os músicos tenham menos apreço pelas formas herdadas em um determinado contexto do que a aventura que possa vir a ser a busca por um som único e especial.

Claro que muitas das perguntas que eu estou fazendo aqui só poderão ser respondidas pelo tempo. O que não invalida, no entanto, a necessidade de que as façamos mesmo assim, e que por maior que seja nossa preferência por determinado artista, por mais estreita que seja nossa identificação pessoal com suas letras ou suas músicas, isso jamais será capaz de se sobrepor à relevância real dele no cenário popular ou contra o pano de fundo da história da música. Bem, dito isso, confesso que tanto nas minhas playlists quanto na dos amigos pouco sobrou de grandes amores da década passada, ou mesmo de 20 anos atrás. Vida que segue.

Tags: Anos 2000BunkerCasa da Matrizcrítica musicalDave LongstrethDirty ProjectorsFleet Foxesindie rockJulian CasablancasmúsicaRobin PecknoldrockThe Strokes
Post Anterior

Luiz Antonio Simas é flâneur de um Rio peculiar em ‘Coisas Nossas’

Próximo Post

Cinemarden: Baby Driver

Posts Relacionados

‘Mercedes Sosa: A Voz da Esperança’ é mais tributo do que biografia

‘Mercedes Sosa: A Voz da Esperança’ é mais tributo do que biografia

15 de julho de 2022
‘Sobre Viver’ é disco para mais versados em rap

‘Sobre Viver’ é disco do rapper Criolo para mais versados em rap

17 de junho de 2022

Antonina Blues Festival começa hoje

16 de junho de 2022

Banda-fôrra elucida quem cantará a salvação do mundo em novo disco

8 de junho de 2022

O Coolritiba é amanhã; o que esperar do festival

20 de maio de 2022

‘Love Sux’, novo álbum de Avril Lavigne, é pop punk empoeirado

3 de março de 2022

Deixe um comentário Cancelar resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Esse site utiliza o Akismet para reduzir spam. Aprenda como seus dados de comentários são processados.

  • O primeiro episódio de WandaVision nos leva a uma sitcom da década de 1950.

    4 coisas que você precisa saber para entender ‘WandaVision’

    0 shares
    Share 0 Tweet 0
  • ‘Tudo é rio’, de Carla Madeira, é uma obra sobre o imperdoável

    0 shares
    Share 0 Tweet 0
  • ‘Procura-se’ trabalha suspense a partir do desespero de casal com filha desaparecida

    0 shares
    Share 0 Tweet 0
  • ‘A Ilha’ traz personagens perturbados para elevar e manter o suspense

    0 shares
    Share 0 Tweet 0
  • ‘A Casa Mágica da Gabby’: por muito mais gatinhos fofinhos e coloridos

    0 shares
    Share 0 Tweet 0
Instagram Twitter Facebook YouTube
Escotilha

  • Quem somos
  • Apoie
  • Política de Privacidade
  • Contato
  • Artes Visuais
    • Mirante
    • Visualidades
  • Cinema & TV
    • Canal Zero
    • Central de Cinema
    • Espanto
    • Olhar em Série
  • Colunas
    • Cultura Crítica
    • Vale um Like
  • Crônicas
  • Literatura
    • Contracapa
    • Ponto e Vírgula
  • Música
    • Caixa Acústica
    • Prata da Casa
    • Radar
    • Vitrola
  • Teatro
    • Em Cena
    • Intersecção

© 2015-2022 Escotilha - Cultura, diálogo e informação.

Sem Resultados
Veja Todos Resultados
  • Cinema & TV
  • Literatura
  • Música
  • Teatro
  • Colunas
  • Artes Visuais
  • Crônicas
  • Sobre a Escotilha
  • Contato

© 2015-2022 Escotilha - Cultura, diálogo e informação.

Welcome Back!

Login to your account below

Forgotten Password?

Retrieve your password

Please enter your username or email address to reset your password.

Log In