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Na ofensiva, Chvrches lança segundo disco e se consolida como uma das grandes bandas da nova geração

porLucas Paraizo
1 de outubro de 2015
em Música
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Nunca na música a moda do momento durou tão pouco tempo. Uma cena que aparece e explode dificilmente se mantém fazendo sucesso por anos nesta era de bombardeio de informações, catálogos infinitos em streaming e novos lançamentos diários ao alcance de qualquer um. Nessa confusão que é a música atual, muitos artistas largam mão do seu norte e se sujeitam a adaptar o seu som com o padrão do produtor do momento que garante um hit homogêneo com o resto da música pop. Há quem consiga deslizar por meio das tendências, podar galhos mas manter o tronco da árvore intacto e seguir relevante, mas, num lugar de destaque aos olhos de quem vê esse quadro, há quem tem uma confiança tão grande em quem é e no que quer fazer, que não há tendência que o molde, mesmo ao andar nos meios da música pop e radio friendly.

O Chvrches (ou CHVRCHΞS na forma estilizada) é uma das bandas da nova geração mais irredutíveis quanto ao seu som. O trio formado por Lauren Mayberry, Iain Cook e Martin Doherty reúne em uma banda de synthpop três músicos de idades diferentes, carreiras diferentes e passados musicais diferentes (Lauren tocava bateria e cantava numa banda de rock alternativo, Iain era guitarrista de uma banda de post-rock e Martin tocava em turnês da banda quase-shoegaze The Twilight Sad), que juntos explodiram com um disco de estreia arrebatador em 2013. The Bones of What You Believe era completamente seguro de si e o trio sabia exatamente o que estava fazendo. Exatamente dois anos depois, o Chvrches chega com Every Open Eye, um novo álbum que garante a banda como uma das melhores da nova geração sem ceder espaço algum para pressões da fama.

São vários os pontos que o Chvrches se apega para afirmar, sempre na ofensiva, sua posição como banda. Os três rebatem críticas à música eletrônica que fazem hoje em dia após tocarem em bandas “instrumentais”; quebram qualquer tentativa de destacar apenas um membro – Lauren, no caso; e mantém opiniões fortes e criticam até mesmo os próprios fãs quando se trata da maneira com que a vocalista é tratada. Jornalista de formação antes de embarcar na música, Lauren é ativista feminista e faz questão de lutar contra casos de misoginia e machismo que sofre na internet por ser a menina bonita da banda.

“Leave a Trace”, segunda faixa de Every Open Eye é, nas palavras de Lauren, “um dedo do meio em forma de música” e traz a banda nessa postura ofensiva. O disco abre com pelo menos quatro chutes na porta, entra elas “Make Them Gold”, que diz muito sobre a pretensão do Chvrches aqui: “We’ll take the best part of ourselves and make them gold”. Sabendo o que quer fazer e quem quer ser, o trio pega o que fez de melhor na estreia e eleva ao nível de shows lotados que alcançaram em dois anos. A quinta faixa é “Clearest Blue”, que cresce aos poucos até explodir no minuto final quase como uma música do New Order.

Every Open Eye não tem uma “The Mother We Share” como o disco de estreia, música responsável por tirar o trio de um porão na Escócia e levar ao mundo inteiro, mas talvez tenha até mais grandes músicas que The Bones of What You Believe.

No meio do álbum há “High Enough to Carry You Over”, faixa cantada por Martin Doherty, para deixar claro que a banda não é somente de Lauren Mayberry, e na sequência mais cinco pancadas rápidas e potentes com uma chuva de synths carregam o álbum, que encerra na lenta “Afterglow”.

Every Open Eye não tem uma “The Mother We Share” como o disco de estreia tinha, música responsável por tirar o trio de um porão na Escócia e levar ao mundo inteiro, mas talvez tenha até mais grandes músicas que The Bones of What You Believe. Se o Chvrches já era seguro e extremamente eficiente no começo, agora eles já soam como uma banda madura o suficiente para fazer um disco inteiro que não gagueja em momento algum do seu discurso.

Dá para comparar o Chvrches com outras bandas eletrônicas que surgiram na mesma época. O Disclosure, por exemplo, fez até mais sucesso em 2013 com seu Settle cheio de hits que tocaram em pistas do mundo todo, e também retornou neste mês com um segundo disco que, ao contrário do trio escocês, decepciona ao fazer uma parcela do que a dupla é capaz, embora traga bons convidados. Em um lado mais alternativo, o Purity Ring nunca conseguiu fazer seu synthpop com traços de trip-hop ecoar como o Chvrches fez. Com Every Open Eye, é fácil imaginar Lauren, Iain e Martin enchendo festivais e virando as próximas inspirações para bandas eletrônicas. Talvez a banda possa até sair da ofensiva e parar de precisar explicar quem são, a música já diz por si só.

Tags: ChvrchesCrítica MusicalEvery Open EyeLauren MayberryMúsicaMúsica Alternativamúsica internacionalsynthpop

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